Emmeline Pankhurst, sufragista e militante, foi símbolo da luta das mulheres pelo direito de voto

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Emmeline liderou as britânicas para conquistar o direito ao voto

Ações espetaculares das sufragistas abalaram o país e influenciaram mulheres em outros países a defender seus direitos.

 

Emmeline Pankhurst, fundadora de grupo que lutava pelo direito de voto feminino, em foto feita em 1º de janeiro de 1908 (Foto: AFP)

 

Emmeline Pankhurst (Manchester, 14 de julho de 1858 – Londres, 14 de junho de 1928), sufragista e militante da União Social e Política das Mulheres. O grupo, fundado e coordenado pela feminista, lutava pelo direito ao voto feminino na Inglaterra que em 1913 havia intensificado sua campanha e suas ações.

Criadora e dirigente, durante décadas do mais combativo e massivo movimento pelos direitos das mulheres, a sufragista britânica.

Assim como outras organizações políticas do período, as sufragistas também fizeram sua incursão pelo incipiente território do terrorismo no início do século 20.

Emmeline Pankhurst foi símbolo da luta das mulheres pelo direito de voto e espalhou a mensagem de até onde as militantes iriam pela causa.

Bombas colocadas em lugares públicos na época foram creditadas às sufragistas, centenas de caixas de correio e correspondências foram destruídas pelas militantes, linhas de trens interrompidas, residências de figuras do governo foram vandalizadas, figuras públicas agredidas. Uma delas foi Winston Churchill, agredido por um delas com “chicote em punho”.

As imagens da passeata também foram registradas. Outras cenas e mensagens que correrram o mundo.

Só em 1918, após a Primeira Guerra Mundial, as inglesas adquiriram o direito ao voto.

Morreu em 1928, tendo atingido a maior de seus objetivos: o direito de voto para as mulheres no Reino Unido.

 

Foto divulgada pelo Museu de Londres em 30 de maio de 2013 mostra a procissão feita durante o funeral da militante Emily Davison (Foto: Museum of London / AFP)

 

 

Há um século (6 de fevereiro) as mulheres britânicas conquistaram o direito ao voto depois de anos de luta liderada pelas sufragistas. As ações espetaculares dessas ativistas abalaram o país e influenciaram mulheres em outros países a defender seus direitos.

Em 6 de fevereiro de 1918, o parlamento britânico adotou a “Lei de 1918 sobre a representação popular”, que fez com que oito milhões de mulheres, com mais de 30 anos, fossem inscritas nos registros eleitorais.

Foi preciso esperar, no entanto, dez anos para que as mulheres pudessem votar aos 21 anos, como faziam os homens.

Entre as militantes que lutaram por este direito, as sufragistas marcaram suas ações por uma violência desconhecida para a época, apesar de sua influência continuar sendo hoje em dia objeto de debate.

Uma mártir

 

As sufragistas se acorrentavam às linhas férreas, quebravam vitrines e sabotavam a fiação elétrica. Chegaram, inclusive, a detonar uma bomba na casa de um ministro.

A fundadora do grupo, Emmeline Pankhurst, defendia esta estratégia.

Uma das ações mais espetaculares foi o suicídio da militante Emily Davison, que se jogou sob as patas de um cavalo que corria pelo rei no Derby de Epsom, em 1913.

Centenas de militantes foram presas e, na prisão, realizavam greves de fome.

Muitas foram alimentadas à força, uma prática proibida por uma lei de 1913 que obrigava as autoridades a libertar as prisioneiras muito fracas. Assim que se recuperavam, eram devolvidas à prisão.

Emmeline Pankhurst, por exemplo, foi presa e libertada onze vezes.

Os detratores do direito ao voto feminino viam nessas práticas demonstrações de irresponsabilidade e fragilidade emotiva das mulheres.

Em 1999, a revista Time colocou Emmeline Pankhurst em sua lista de personalidades mais influentes do século XX.

“Ela modelou de uma certa forma a ideia da mulher contemporânea: mudou a ordem social marcando um ponto de inflexão”, afirmou, então, a revista.

“A campanha das militantes foi totalmente essencial para fazer avançar o voto feminino”, explicou à AFP Krista Cowman, professora de história da Universidade Lincoln, no Reino Unido. “Antes disso, houve 50 anos de campanha pacifista que, na realidade, não serviu para nada”.

Rei da guerra

 

Alguns historiados acreditam que o papel desempenhado pelas mulheres durante a Primeira Guerra Mundial contribuiu mais para a adoção da lei de 1918 do que as ações extremas das sufragistas.

Nos campos, nas fábricas, nos escritórios e nas lojas, as mulheres assumiram postos deixados pelos homens que partiram para o front. Seu papel na sociedade foi profundamente transformado.

“Muitas feministas esperavam que seu esforço patriótico durante a guerra apoiasse sua demanda de ter direito ao voto”, comenta o historiador Joshua Goldstein no livro “Guerra e gênero”.

De fato, ao final da guerra, foram aprovadas as primeiras reformas para uma igualdade de direitos. “Isto marcou um início”, afirmou historiador, especialista que assessorou o filme “As Sufragistas”, lançado em 2015.

“Na década de 1920, houve uma série de leis votadas no Reino Unido para melhorar as condições de vida das mulheres, como o divórcio e igualdade de acesso a algumas profissões”, afirmou.

No resto do mundo

A Nova Zelândia foi pioneira na matéria, aprovando o voto em 1893, seguida pela Austrália em 1902, Finlândia em 1906 e Noruega em 1913.

Depois, veio uma série de países: União Soviética em 1917, Alemanha, em 1918, Estados Unidos, em 1920, e Uruguai, em 1927.

No Brasil, as mulheres conquistam o direito de votar em fevereiro de 1932 através da publicação do decreto 21.076 do Código Eleitoral Provisório.

Outros países como a França tiveram de esperar até 1944 e as suíças só puderam exercer o voto em 1971, enquanto que nos países do Golfo esse direito continua sendo limitado.

(Fonte: http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo – ACERVO – NOTÍCIAS – Liz Batista – 14 de junho de 2013)
(Fonte: www.pco.org.br/publicacoes/mulheres/personalidades/emmeline)

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia – MUNDO – NOTÍCIA / Por France Presse – 06/02/2018)

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