Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra pioneira no tratamento dos desenganados e na preparação para morte

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Elisabeth Kübler-Ross (Zurique (Suíça), 8 de julho de 1926 – Scottsdale, Arizona, 24 de agosto de 2004), psiquiatra pioneira no tratamento dos desenganados e na preparação para a morte.

O maior trabalho científico e prático de Kübler Ross representou há quatro décadas uma inovação para a medicina ocidental e uma quebra do tabu sobre a morte: o uso de técnicas para que o fim da vida seja mais ameno para os doentes, os médicos que os atendem e os familiares que os cercam.

A publicação em 1969 de seu livro mais bem-sucedido “On Death and Dying” (Sobre a morte e o processo de morrer) marcou o rumo de seu trabalho, que depois foi enriquecido com contribuições de vários especialistas a uma área específica da profissão médica, a tanatologia.

Nesse livro, Kübler Ross, nascida em 1926 em Zurique (Suíça), identificou períodos definidos no processo da morte, e métodos para que médicos, enfermeiros e familiares acompanhem e ajudem a pessoa em seus últimos dias.

O primeiro dos períodos identificados por Kübler Ross no processo de morte é a negação, quando o paciente se recusa a aceitar que tem uma condição fatal. Depois se seguem a raiva, a negociação, a depressão e a aceitação de que a morte é inevitável.

Os períodos, advertiu Kübler Ross, não se sucedem de forma ordenada e excludente, mas podem misturar-se, em particular durante o da negociação, quando o paciente pensa que caso se submeta a um determinado tratamento, ou se fizer dieta ou exercício, talvez possa reverter sua condição.

O reconhecimento de que a negociação não é possível com a morte, freqüentemente leva à quarta fase, que é a depressão. A etapa final é a aceitação, quando a pessoa reconhece sua mortalidade e a proximidade do fim.

A Kübler Ross é atribuído o impulso inicial para a criação do sistema de asilos específicos para doentes nos Estados Unidos, que são estabelecimentos para internar e cuidar de pessoas desenganadas. Percy Wooten, presidente da Associação Médica dos Estados Unidos, disse hoje, quinta-feira, que “Kübler Ross foi uma verdadeira pioneira que despertou a consciência da comunidade médica e do público em geral sobre a importância dos assuntos que cercam a morte, o processo de morrer e a luta”.

Na última parte de sua carreira, Kübler Ross dedicou sua pesquisa à verificação da suposta “vida após a morte”, e fez com sua equipe milhares de entrevistas com pessoas que relataram experiências próximas da morte.

Mas este novo interesse da especialista foi recebido com ceticismo pela maioria dos cientistas e médicos e, de certo modo, prejudicou sua reputação.

Kübler Ross afirmou que tinha obtido provas de uma “vida após a morte”, mas outros pesquisadores consideraram que ela tinha abandonado o rigor do método científico e sucumbido a seu próprio medo da morte.

Elisabeth Kübler-Ross morreu em 26 de agosto de 2004, em sua casa no Arizona aos 78 anos de idade.

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna – NOTÍCIAS – CIÊNCIA – 26 de agosto de 2004)
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