Elinor Ostrom, norte-americana galardoada com o Nobel da Economia em 2009, com Oliver E. Williamson.

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A primeira economista mulher a ganhar o premio Nobel de economia.

Elinor Ostrom(Los Angeles, 7 de agosto de 1933 – Bloomington (Indiana), 12 de junho de 2012), norte-americana galardoada com o Nobel da Economia em 2009, com Oliver E. Williamson, da Universidade da Califórnia, Berkeley.

Ambas as pesquisas foram premiadas por estudar as regras de governança econômica, pelas quais os indivíduos exercem autoridade em empresas e sistemas econômicos. A especialista também se empenhou no desenvolvimento de pesquisas sobre a relação entre sustentabilidade, economia e arranjos sociais do desenvolvimento da humanidade.

A acadêmica Elinor trabalhava desde 1965 onde lecionava ciência política na Universidade de Indiana.

Em abril de 2012, ela foi listada pela revista “Time” como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.

Ostrom recebeu o Nobel da Ciência Econômica de 2009 em conjunto com Williamson, também norte-americano, pelo trabalho desenvolvido na área de investigação e análise da governação econômica.

Ostrom demonstrou, nas suas investigações, como a propriedade comum pode ser gerida de uma forma rentável pelas associações de utilizadores. A ideia por trás deste conceito é a de que, quando existe um bem comum finito, como o recurso da água, e uma série de indivíduos a procurar maximizar o seu interesse próprio, o resultado é que cada um dos indivíduos vai utilizar o mais que pode esse recurso comum.

Numa entrevista à revista francesa Le Nouvel Observateur, publicada pela Visão em Novembro do ano passado, Elinor Ostrom sublinhava que, quando “a gestão de determinado recurso é feita a longo prazo e quando as várias partes envolvidas se conhecem e ganham confiança recíproca”, a gestão dos bens comuns corre bem. “Quando o serviço funciona em pequena escala, os cidadãos conhecem a sua polícia e têm confiança nela”, acrescentava.

Elinor Ostrom lembrava ainda que, apesar de os economistas já se interessarem pelo estudo dos bens comuns, “eram incapazes de sair dos modelos tradicionais e partiam sempre do princípio de que a autogestão era impossível”.

O universo dos economistas, sustentava, ruiu em 1980, “quando estudos demonstraram que a autogestão funcionava em todo o mundo, por muito pouco que utilizadores conseguissem organizar-se para racionalizar a gestão”.

“Agora, que estamos na iminência de grandes alterações climáticas e da destruição de recursos ecológicos essenciais, como o ar, a água ou a biodiversidade, as ciências sociais dedicam-se cada vez mais à gestão dos bens comuns. Para enfrentar a questão de forma dinâmica podemos usar a teoria da policentricidade”.

Quando, em 2009, o Nobel foi atribuído a Ostrom e Williamson, o economista João César das Neves, que escreveu um livro sobre os prêmios e os premiados na história do Nobel da Economia, comentou que a escolha dos dois acadêmicos era um prêmio ao “controle interno da empresa, a sua organização e o seu funcionamento, numa tentativa de reação à crise”.

Elinor Ostrom faleceu em 12 de junho de 2012, aos 78 anos, de cancro no pâncreas.

(Fonte: http://www.publico.pt/economia/noticia – ECONOMIA – PÚBLICO e LUSA – 12/06/2012)

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