Ejnar Mikkelsen, explorador do Ártico e autor dinamarquês, foi membro da expedição polar Baldwin-Ziegler de 1901 a 1903 e oficial-chefe da expedição hidrográfica internacional ao Atlântico Norte em 1903-1904

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EJNAR MIKKELSEN, EXPLORADOR DO ÁRTICO

 

Cap. Ejnar Mikkelsen (Bronderslev, Dinamarca, 23 de dezembro de 1880 – Copenhague, Dinamarca, 1° de maio de 1971), explorador do Ártico dinamarquês e autor que se juntou à expedição de seu grupo aos 19 anos. Foi o líder da expedição de 1909-1912 ao leste da Groenlândia, cujo objetivo era buscar informações sobre as pesquisas do autor, viajante e explorador dinamarquês Ludwig Mulius-Eriksen, que morreu em 1907.

 

O capitão Mikkelsen foi para o mar aos 14 anos e juntou-se à expedição internacional ao leste da Groenlândia em 1900. Ele foi membro da expedição polar Baldwin-Ziegler de 1901 a 1903 e oficial-chefe da expedição hidrográfica internacional ao Atlântico Norte em 1903-1904.

 

Ele rapidamente se tornou um “explorador internacional” e mais tarde foi nomeado para liderar a expedição anglo-americana ao norte do Alasca. Depois, ele liderou uma expedição de três anos ao leste da Groenlândia.

 

Na década de 1920, o capitão MikKelsen fez uma expedição ao Ártico e liderou um cruzeiro de pesca experimental para o oeste da Groenlândia. Foi gerente da Faroe Whaling Company de 1927 a 1930. Em 1934 foi nomeado inspetor geral da Groenlândia Oriental.

 

Entre seus livros estavam “Conquering the Arctic Ice”, publicado em 1908; “Lost in the Arctic”, 1913, “Frozen Justice”, 1920, e “The East Green Landers, Possibilities of Existence”, 1947.

 

O capitão Mikkelsen estabeleceu-se permanentemente na Dinamarca na década de 1960.

 

Cap. Ejnar Mikkelsen faleceu em 1° de maio de 1971, à noite em sua casa em Copenhague. Ele tinha 90 anos.

(Fonte: https://www.nytimes.com/1971/05/05/archives – New York Times Company / ARQUIVOS / Os arquivos do New York Times / por (AP) – COPENHAGUE, 4 de maio — 5 de maio de 1971)

Sobre o Arquivo

Esta é uma versão digitalizada de um artigo do arquivo impresso do The Times, antes do início da publicação on-line em 1996. Para preservar esses artigos como eles apareceram originalmente, o The Times não os altera, edita ou atualiza.
Ocasionalmente, o processo de digitalização apresenta erros de transcrição ou outros problemas; continuamos a trabalhar para melhorar essas versões arquivadas.

A CURIOSA HISTÓRIA REAL POR TRÁS DE “CONTRA O GELO”, DA NETFLIX

No filme, no ano de 1909, a Expedição Alabama da Dinamarca, liderada pelo capitão Ejnar Mikkelsen, estava tentando refutar a reivindicação dos Estados Unidos ao nordeste da Groenlândia, uma reivindicação que estava enraizada na ideia de que a Groenlândia foi dividida em dois pedaços diferentes de terra.

Deixando sua tripulação para trás com o navio, Mikkelsen atravessa o gelo com seu inexperiente membro da tripulação, Iver Iversen. Os dois homens conseguem encontrar a prova de que a Groenlândia é uma ilha, mas o retorno ao navio leva mais tempo e é muito mais difícil do que o esperado.

Lutando contra a fome extrema, fadiga e um ataque de urso polar, eles finalmente chegam para encontrar seu navio esmagado no gelo e o acampamento abandonado.

O filme está fazendo bastante sucesso e por se tratar de uma história muito envolvente, muitos ficaram se questionando se Contra o Gelo foi baseado em fatos reais.

 

Contra o Gelo é baseado em fatos históricos. O filme é uma adaptação do livro Two Against the Ice, as memórias do pesquisador Ejnar Mikkelsen, que liderou uma missão de resgate dinamarquesa à Groenlândia, chamada de Expedição do Alabama, de 1909-12.

A expedição recebeu o nome do navio de mesmo nome e visava em parte encontrar os membros desaparecidos da famosa Expedição Dinamarquesa à Groenlândia, liderada por Ludvig Mylius-Erichsen.

Depois que Erichsen e seus dois companheiros foram dados como mortos, Ejnar tentou encontrar os corpos com os membros de sua tripulação.

Em 20 de junho de 1909, Ejnar partiu com sua tripulação de Copenhague, junto com 50 cães groenlandeses, em direção ao Danmarks-Fjorden. Em sua parada na Islândia em julho de 1909, seu engenheiro adoeceu e foi substituído pelo maquinista Iven P. Iversen.

Ao chegar à ilha de Shannon, na Groenlândia, o navio atracou no porto do Alabama, a 170 km de Danmarkshavn, onde os membros da expedição dinamarquesa estavam estacionados no inverno.

 

No outono de 1909, a tripulação embarcou em um passeio de trenó de 900 km com 21 cães e encontrou o corpo de Brønlund. Incapaz de encontrar os outros dois homens, eles retornaram ao Alabama após 84 dias. O terreno era excepcionalmente difícil e 14 dos cães sucumbiram.

Em 3 de março de 1990, Ejnar, Iver e três homens comandados pelo primeiro-tenente Laub iniciaram a expedição principal de 1.900 km, uma das mais difíceis da história.

Ao longo do caminho, Laub e seus três homens se separaram perto do manto de gelo através de Storstrømmen e retornaram ao navio, apenas para descobrir que ele havia afundado por volta de 13 de março de 1990.

Assim, eles construíram uma residência temporária com os restos do navio e começaram a esperar um navio para resgatá-los. Em 27 de junho de 1990, um navio próximo chegou e concordou em levá-los a bordo. Depois de esperar um pouco por Ejnar e Iver, eles partiram para Aalesund, Noruega, em 7 de agosto de 1909.

Enquanto isso, Ejnar e Iver , acompanhados por 15 cães, traçaram o caminho através da camada de gelo e chegaram a um lago no fundo do Danmarks-Fjorden. Logo encontraram o relatório de Eriksen, datado de 12 de setembro de 1907, que detalhava suas experiências.

Mais à frente, eles encontraram pegadas e restos de tendas e, finalmente, o relatório crucial de Eriksen que provou que o Canal Peary não existe.

Este documento foi fundamental para estabelecer que a Groenlândia está sob o território da Dinamarca, e não faz parte da América, como o país alegava. Salientou ainda que Eriksen e seus dois homens chegaram à Terra de Lambert no caminho de volta, onde morreram.

Depois de ter essa descoberta inovadora, Ejnar e Iver começaram sua jornada de volta para casa, mas enfrentaram desafios extremos, como doença, falta de alimento e terreno perigoso.

Além disso, eles tiveram que abater o cachorro restante e arrastar o trenó manualmente, enquanto viajavam a pé. Eles ainda tiveram que deixar para trás seus diários e pertences devido ao peso inadequado para o terreno gelado e não conseguiram recuperá-los.

Em 25 de novembro de 1909, eles chegaram ao Alabama, apenas para descobrir que ele havia afundado e que sua tripulação havia partido.

No entanto, Ejnar e Iver encontraram algum descanso no abrigo temporário e suprimentos deixados por eles. Depois de passar o inverno rigoroso no abrigo, eles embarcaram em outra jornada em 24 de abril de 1911.

Eles voltaram em 6 de junho de 1911 e, em novembro do mesmo ano, mudaram-se para outro depósito em Bass Rock. Depois de passar outro inverno cruel lá, eles foram finalmente resgatados pelo navio norueguês Sjøblomsten, em 19 de julho de 1912.

Ao voltar para casa, o mundo elogiou a perseverança e a coragem heroica de Ejnar e Iver, que os ajudaram a sobreviver por três anos na Groenlândia.

Além disso, a contribuição dos homens para a recuperação da Groenlândia pela Dinamarca está gravada para sempre nas páginas da história.

Nikolaj Coster-Waldau, que protagoniza Ejnar em Contra o Gelo e co-escreveu o roteiro, afirmou em uma entrevista que ficou profundamente tocado pelo livro Two Against the Ice quando o leu pela primeira vez.

 

Isso levou o ator e seu co-roteirista, Joe Derrick, a tecer a magia na tela com o filme. Assim, Contra o Gelo é uma ode ao trabalho árduo de Ejnar e Iver, e dá uma visão detalhada de sua jornada e desafios na Groenlândia.

Além disso, também mergulha profundamente em suas psiques e explora de forma realista suas prováveis ​​condições mentais nesses tempos difíceis.

(Fonte: https://temalguemassistindo.com.br – CURIOSIDADES / por Natália Augusto – 2 de março de 2022)

 

 

Mais de cem anos atrás, dois homens ficaram presos na Groenlândia durante uma expedição suicida.

No último dia 15 de fevereiro, a Netflix lançou o “Contra o Gelo”, um filme de tirar o fôlego que narra a difícil jornada de sobrevivência de dois membros de uma expedição à Groenlândia que se perdem em meio ao infinito gelo do local.

A produção traz Nikolaj Coster-Waldau no papel do protagonista, o dinamarquês Ejnar Mikkelsen. O ator, vale lembrar, é mais conhecido pelo seu papel na famosa série Game of Thrones, em que deu vida ao personagem James Lannister.

Já Iver Iversen, o jovem acompanhante do explorador, é interpretado por Joe Cole, que viveu John Shelby na icônica série Peaky Blinders.

“Contra o Gelo”, que foi um sucesso imediato entre os assinantes da plataforma de streaming. Um detalhe de relevância que ajuda a recontextualizar os preocupantes eventos do filme não são apenas mera ficção: o longa reconta uma história real narrada pelo Ejnar Mikkelsen original em seu livro de memórias, “Dois contra o gelo”, que foi lançado em 1957.

Jornada suicida

A expedição que mais tarde se transformaria em uma luta pela sobrevivência para a dupla de exploradores saiu da Dinamarca em 1909.

Na época, o país e os Estados Unidos disputavam pela soberania sobre a Groenlândia, e a melhor forma para o governo dinamarquês vencer era através do mapeamento do território gelado.

Infelizmente, os últimos exploradores enviados ao local acabaram nunca voltando. Os diários e mapas que teriam escrito, portanto, se perderam — isso caso tivessem sobrevivido por tempo suficiente para entender a geografia do lugar.

A missão dos integrantes da nova excursão, portanto, era encontrar e completar esses documentos de cartografia, além de confirmar as mortes dos últimos exploradores, conforme documentado pelo site Briannica.

A certo ponto da jornada, ela precisou ser continuada a pé, de forma que alguns voluntários precisariam se retirar da segurança do navio e se aventurar em meio ao gelo. Foi Ejnar, o capitão, que assumiu essa tarefa, juntamente com um jovem mecânico de navios, Iver.

 

Dois contra o gelo

 

Fotografia de Mikkelsen e Iversen / Crédito: Domínio Público

Fotografia de Mikkelsen e Iversen / Crédito: Domínio Público

Após um ano de dura luta contra o ambiente inóspito e frio da Groenlândia, a dupla finalmente foi capaz de cumprir o que o governo dinamarquês havia pedido.

No entanto, suas dificuldades estavam longe de terminarem: ao voltarem para o navio, os exploradores o descobriram esmagado por um iceberg e completamente vazio.

Eles ainda não sabiam àquele ponto, mas o restante da tripulação havia escapado com a ajuda de marinheiro norueguês que navegava pela região, ainda conforme o site Britannica.

Assim, Ejnar e Iver precisaram sobreviver por mais dois invernos à própria conta. Ao fim desse tortuoso período, quando os dinamarqueses sem dúvida não possuíam mais esperanças de serem resgatados, eles conseguiram a mesma carona de volta à civilização que seus antigos companheiros: a bordo de um navio norueguês de caça.

(Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem – MATÉRIAS / PERSONAGEM / por INGREDI BRUNATO, SOB SUPERVISÃO DE THIAGO LINCOLINS – PUBLICADO EM 13/03/2022)

*Com informações de: Britannica.

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