Edwin Ernest Salpeter, físico que ajudou a explicar a origem dos elementos, trabalhando de forma independente, juntamente com o soviético Yakov Zeldovich propuseram que um fluxo de gás caindo em um buraco negro poderia aquecer-se o suficiente para emitir raios X

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Físico que ajudou a explicar a origem dos elementos

Astrofísico e pioneiro na compreensão da evolução estelar pelo homem

Além de trabalhar na equação da fusão do hélio, Edwin Salpeter previu os raios X emanados de buracos negros

 

 

Edwin Ernest Salpeter (Viena, Áustria, 3 de dezembro de 1924 – Ithaca, Nova York, 26 de novembro de 2008), astrofísico austríaco, conhecido por seus estudos sobre as reações nucleares no interior das estrelas, incluindo a equação Salpeter-Bethe sobre como o hélio se converte em carbono.

Salpeter se mudou para os Estados Unidos em 1949 e fez carreira lá. Embora tenha se aposentado em 1997, continuava a publicar trabalhos científicos e a investigar novos campos de estudo, como a epidemiologia da tuberculose.

O cientista era admirado por sua capacidade de visualizar conceitos teóricos abstratos. ele descrevia o próprio cérebro como “rápido, mas preguiçoso”, ao afirmar que preferia o desafio de novos problemas teóricos à execução de cálculos detalhados.

Juntamente com Hans Bethe, um físico que ganhou o Nobel em 1967, Salpeter apresentou uma equação, em 1951, que mostrava como núcleos de hélio se fundem para formar carbono, no interior de estrelas envelhecidas.

Até então, a origem dos elementos mais pesados que o hélio era um mistério. Em 1964, trabalhando de forma independente, Salpeter e o soviético Yakov Zeldovich (1914 — 1987) propuseram que um fluxo de gás caindo em um buraco negro poderia aquecer-se o suficiente para emitir raios X.

Trinta anos mais tarde, quando o Telescópio Espacial Hubble confirmou a ideia, ele disse: “É bom finalmente ganhar a aposta”. Em 1997, Salpeter e o britânico Fred Hoyle (1915 — 2001) dividiram os US$ 500 mil do Prêmio Crafoord, da Real Academia Sueca de Ciências, por “suas contribuições pioneiras envolvendo o estudo de reações nucleares em estrelas e desenvolvimento estelar”.

O prêmio é concedido anualmente para cobrir avanços científicos que não são contemplados pelo Nobel, concedido pela mesma academia. Num estágio avançado da carreira, Salpeter e a mulher, a médica Miriam Salpeter, contribuíram com o estudo de problemas musculares, como a miastenia. Miriam morreu em 2000, aos 71 anos.

Salpeter faleceu em 26 de novembro de 2008, aos 83 anos. Ele sofria de leucemia.

(Créditos autorais: https://www.theguardian.com/science/2009/feb/04 – The Guardian/ ASTRONOMIA/ CIÊNCIA/ por Lawrence Krauss – 3 de fevereiro de 2009)

© 2009 Guardian News & Media Limited ou suas empresas afiliadas. Todos os direitos reservados.

(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias – CIÊNCIA – Notícias/ Ciência/ por AP – 28 de novembro de 2008)

(Fonte: Revista Super Interessante – ANO 13 – Nº 5 – Maio de 1999 – Dito & Feito – Pág; 98)

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