Edward Said, ativista palestino, incansável porta-voz da causa palestina, o autor de Orientalismo

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Edward Wadie Said (Jerusalém, 1° de novembro de 1935 – Nova York, 24 de setembro de 2003), intelectual e ativista palestino, incansável porta-voz da causa palestina, o autor de Orientalismo.

Edward Wadie Said, professor, crítico literário e porta-voz da causa palestina nos Estados Unidos.

Nascido em 1935 em Jerusalém, que então era uma parte da colônia britânica na Palestina, Said passou a maior parte de sua vida nos Estados Unidos, onde escreveu incansavelmente em favor da causa palestina e sobre literatura inglesa, sua especialidade.

Uma das características mais reconhecidas em Said foi a capacidade de unir os papéis de acadêmico rigoroso e ativista implacável, cobrindo uma ampla gama de assuntos e interesses. Daí ser chamado, oportunamente, de “palestino renascentista”. Tem um longa lista de livros publicados. No Brasil, saíram Cultura e Política, Elaborações Musicais, Reflexões sobre o Exílio e Outros Ensaios, e, talvez sua obra mais conhecida, Orientalismo. Nesta obra, traduzida mais de 30 idiomas, Said defende a tese de que acadêmicos ocidentais que se debruçaram sobre temas orientais serviram como peça-chave do processo de dominação por parte da Europa e Estados Unidos.

O intelectual assumiu o papel de ativista durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e nunca mais abandonou a causa palestina. Foi confidente de Yasser Arafat e o ajudou a formular seu famoso discurso na ONU, em 1974. Morando nos Estados Unidos, foi também consultor do governo para a questão, fazendo a ponte entre a Casa Branca e organizações palestinas. Defendia a tese de um único país para judeus e palestinos e condenava veementemente o governo israelense pelo tratamento dispensado a seu povo.

No ano passado, foi premiado com o troféu Príncipe de Astúrias da Concórdia 2003, junto com o maestro israelense Daniel Barenboim, também um porta-voz da tolerância entre judeus e palestinos. Ambos apaixonados por música, criaram em 1999 uma orquestra aberta a árabes e israelenses, a West Eastern Divan. Lançaram ainda o livro Parallels & Paradoxes, reunindo conversas sobre tema.

Edward Said morreu em 24 de setembro de 2003, aos 67 anos, em Nova York. Ele sofria de leucemia há pelo menos dez anos.

(Fonte: http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2003 – CADERNO 2 – VARIEDADES – ARTE E LAZER – 25 de Setembro de 2003)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/218/aconteceu – Edição 218 – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 06/10/2003)

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