Dulce Figueiredo, última primeira-dama do regime militar, mulher do ex-presidente João B. Figueiredo

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Dulce Figueiredo (11 de maio de 1928 – Rio de Janeiro, 6 de junho de 2011), a última primeira-dama do regime militar (1964-1985), mulher do ex-presidente João Baptista Figueiredo (1918-1999).
Ela foi primeira-dama do País entre os anos de 1979 e 1985. Figueiredo, morto em 1999, foi o último presidente do período da ditadura militar (1964-1985) e um dos principais responsáveis pela abertura política que culminou na redemocratização do país. Foi ele quem encaminhou ao Congresso Nacional o projeto de lei que dispunha sobre a Anistia.

Dulce Figueiredo, nascida Dulce Maria de Guimarães Castro foi casada com o general João Batista Figueiredo, que governou o país entre 1979 e 1985. Viúva desde 1999, dois anos mais tarde voltou aos noticiários quando, por necessidade financeira, decidiu organizar um leilão para vender objetos pessoais do marido, parte deles ganha durante sua gestão como presidente, o que gerou críticas na imprensa na época. Entre os 218 objetos leiloados, havia uma escultura de caubói presenteada pelo ex-presidente americano Ronald Reagan, dois quadros de Di Cavalcanti, um tinteiro, presente dos reis Juan Carlos e Sofia, de Espanha, e uma bandeja de prata dada pelo ditador chileno Augusto Pinochet.
Algumas das 218 peças que pertenceram ao general que governou o Brasil entre 1979 e 1985 formam lotes com valores elevados – por exemplo, dois quadros de Di Cavalcanti, um dos quais terá lance mínimo de R$ 120 mil.

Vão ser negociados ainda tapetes persas e outras esculturas, muitas de cristal. Não se sabe quantos objetos foram amealhados durante a Presidência. Mas, além do caubói de bronze ofertado por Reagan, várias relíquias remontam à passagem do general pelo poder. Há uma estátua de São Roque, esculpida em Portugal no século XVIII, com 1 metro de altura, avaliada em R$ 20 mil. Foi um presente de Antonio Carlos Magalhães, então governador da Bahia.

Também estão à venda um tinteiro trazido pelo rei Juan Carlos da Espanha (o primeiro lance será de R$ 1.500), uma bandeja de prata ofertada pelo ex-ditador chileno Augusto Pinochet (R$ 2.000) e a caixa de charutos Chaumet, mimo do ex-presidente francês Giscard d”Estaing (R$ 600). Haddad acredita que o leilão renderá, no mínimo, R$ 800 mil. Ele ficará com 18% do arrecadado. O restante vai para a conta bancária da ex-primeira-dama Dulce Figueiredo. A viúva silencia sobre os motivos que a levaram a vender os objetos. Segundo o leiloeiro, a decisão foi tomada logo depois da morte do marido. Uma das primeiras-damas mais afeitas a eventos sociais, Dulce leva uma vida mais reclusa e não vê motivos para acumular tantos pertences.

O leilão de objetos de um ex-chefe de governo é novidade no Brasil, mas tem precedentes nos Estados Unidos. Em 1998, pertences do presidente John Kennedy renderam milhões de dólares. Só uma pasta de pele de crocodilo foi arrematada por US$ 714 mil – a cifra alta não foi alcançada por causa da grife, Hermès, mas pela importância do dono, assassinado a tiros em Dallas em 1963. Após a morte de Jacqueline Kennedy, os filhos do casal decidiram desfazer-se de algumas peças, que foram a leilão em 1997. O sucesso da empreitada inspirou novos pregões. Em 2000, foram leiloados 140 itens recolhidos nos baús de vários ex-presidentes, de George Washington a Bill Clinton.
Dona Dulce, como ficou conhecida e João Batista se conheceram na Tijuca e casaram-se em 1942. Tiveram dois filhos. A ex-primeira dama morava em um apartamento em São Conrado, zona sul.
O ex-presidente João Baptista Figueiredo morreu 1999, aos 81 anos, de parada cardíaca, consequência de uma crise renal. Por determinação de dona Dulce, o velório foi realizado no apartamento do casal, no condomínio Praia Guinle, em São Conrado, na zona sul do Rio. Ele foi o 30º presidente do Brasil. Dulce morreu no dia 6 de junho de 2011, aos 83 anos, de câncer, no Rio de Janeiro.

(Fonte: www.ultimosegundo.ig.com.br – Brasil/ Flávia Salme, iG Rio de Janeiro – 06/06/2011)
(Fonte: www.oglobo.globo.com – País – Rio – 07/06/2011)
(Fonte: www.epoca.globo.com – Sociedade – Edição 147 – 12/03/2001)

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