Dominguinhos, foi considerado o sanfoneiro mais importante do país e herdeiro artístico de Luiz Gonzaga (1912-1989)

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Músico Dominguinhos  (Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem/AE)

Músico Dominguinhos (Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem/AE)

DOMINGUINHOS (1941-2013), considerado o sanfoneiro mais importante do país e herdeiro artístico de Luiz Gonzaga (1912-1989)

Neném do Acordeon

12/2/1941 – Nasce José Domingos de Morais, em Garanhuns, no agreste pernambucano. É filho de mestre Chicão, tocador e afinador de sanfonas de oito baixos (como Januário, pai de Gonzaga).

Ainda criança, toca triângulo com os irmãos no grupo Os Três Pinguins, formado por Moraes (sanfona) e Valdomiro (zabumba). Neném do Acordeon é seu apelido de infância

1949 – Aos 7 anos, conhece Luiz Gonzaga enquanto toca na frente do hotel em que este estava hospedado, em Garanhuns. O Rei do Baião promete uma sanfona de presente ao garoto se um dia ele fosse ao Rio de Janeiro

Nasce Dominguinhos

1954 – Muda-se para o Rio acompanhado do pai e de um dos irmãos. Radicado no subúrbio de Nilópolis, aprende outros estilos para tocar em casas noturnas da cidade, em especial o chorinho.

1957 – Aos 16 anos, é apadrinhado por Gonzaga, que o chama de seu “herdeiro artístico”. Gonzagão ainda lhe daria depois o apelido que o tornaria famoso no Brasil. No mesmo ano, faz sua primeira gravação profissional ao tocar sanfona na música “Moça de feira”, em álbum de Luiz Gonzaga.

1958 – Aos 17 anos, casa com Janete, sua primeira mulher. Com ela tem os filhos Mauro e Madeleine.

Trio Nordestino e Anastácia

1958 – Forma, ao lado de Zito Borborema e Miudinho, o grupo de forró Trio Nordestino. Nos anos seguintes, interessa-se por outros gêneros, como o samba, a gafieira e o bolero.

1965 – É convidado por Pedro Sertanejo a gravar na gravadora Cantagalo, um disco que tinha como alvo os imigrantes nordestinos que viviam no Rio de Janeiro.

1967 – De volta aos xotes e baiões, integra excursão de Gonzagão no nordeste, dividindo-se entre sanfoneiro e motorista (Dominguinhos, aliás, tinha medo de avião). Nesta turnê, conhece a cantora pernambucana Anastácia, sua futura esposa e coautora de mais 200 canções.

Xodó baiano

1972 – A convite do empresário Guilherme Araújo, acompanha Gal Costa no show “Índia”. No ano seguinte, Gil grava “Eu só quero um xodó”, hit que depois ganharia mais de 250 regravações.

1975 – Participa da turnê de “Refazenda” de Gilberto Gil, que também grava “Tenho sede”. Passa a colaborar com mais frequência com o universo da MPB. Em 1979, compõe com o poeta Manduka “Quem me levará sou eu”, vencedor do Festival da TV Tupi.

1985 – Emplaca duas músicas na novela “Roque Santeiro”: “De volta pro meu aconchego”, e “Isso aqui tá bom demais”, assinada junto com Nando Cordel.

Invasão do forró universitário

1990 – Durante a década inteira, Dominguinhos lança um álbum por ano. Durante esses dez anos, mostrou-se crítico ao forró universitário e eletrônico – chamando este último de “descartável”.

1997 – Assina as canções do filme “O cangaceiro”, de Anibal Massaini Neto. Ele também participa cantando as músicas de Zé do Norte, presente no longa original de 1953.

1999 – Dez anos depois da morte de Luiz Gonzaga, grava o disco “Você vai ver o que é bom”, que traz uma música inédita do compositor Zé Dantas (parceiro de Gonzagão).

100 anos de Gonzagão

2002 – O CD “Chegando de mansinho” dá a Dominguinhos seu primeiro Grammy Latino (é premiado novamente em 2010, por “Iluminado”)

2004/2007 – Inicia temporada de shows com Elba Ramalho, que rende um CD. Em 2007, inicia uma parceria com o violonista gaúcho Yamandu Costa, que vira depois dois álbuns e um DVD.

2012 – É figura atuante nas comemorações de 100 anos de Luiz Gonzaga, apesar dos problemas de saúde agravados por um câncer de pulmão. No final do ano, chega a ser internado em Recife.

(Fonte: http://g1.globo.com/pernambuco/musica/infografico-dominguinhos/platb – PERNAMBUCO – MÚSICA – 26/07/13)

CréditosInfografia: Daniel Roda, Dalton Soares, Elvis Martuchelli e Leo Aragão
Desenvolvedores: Rafael Soares e Thiago Bittencourt
Edição: Gustavo Miller

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