Dom Geraldo Majella Agnelo, era Arcebispo Emérito de Salvador, na Bahia, fundou, junto com Zilda Arns, a Pastoral da Criança, recebeu o título de Cardeal pelo Papa João Paulo II

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Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, que participou da cerimônia de beatificação de Santa Dulce

Cardel Dom Geraldo Majella Agnelo, Arcebispo Emérito de Salvador — Foto: Arquidiocese de Londrina

Cardel Dom Geraldo Majella Agnelo, Arcebispo Emérito de Salvador — Foto: Arquidiocese de Londrina

 

Dom Geraldo recebeu o título de Cardeal pelo Papa João Paulo II, participou de dois conclaves e chegou a ser cotado para assumir o posto mais alto da igreja católica.

Dom Geraldo Majella Agnelo — Foto: Guto Honjo/Pascom Arquidiocese de Londrina

 

 

Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo (nasceu em 19 de outubro de 1933, em Juiz de Fora, Minas Gerais – faleceu em 26 de agosto, em Londrina, no norte do Paraná), era Arcebispo Emérito de Salvador, na Bahia. Ele permaneceu a frente da arquidiocese de Londrina por oito anos e meio, entre 1983 e 1991.

Nomeado pelo Papa João Paulo II como Arcebispo Metropolitano de São Salvador da Bahia em janeiro de 1999, Dom Geraldo participou ativamente do processo de beatificação da freira baiana Irmã Dulce, em 2011. O Arcebispo foi escolhido para escrever a oração da primeira santa nascida no Brasil, agora conhecida como Santa Dulce dos Pobres.

No mesmo ano, Dom Geraldo teve o pedido de renúncia aceito pelo Papa Bento XVI, assumindo então a posição que ocupou até sua morte. Além disso, ele ocupou posições como membro da Pontifícia Comissão dos Bens Culturais da Igreja e foi eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2003.

Ao lado da sanitarista e pediatra Zilda Arns Neumann, Dom Geraldo fundou a Pastoral da Criança, em 1983, instância presente hoje em todos os Estados brasileiros e em outros dez países da África, Ásia, América Latina e Caribe.

Dom Geraldo Majella Agnelo leu a carta apostólica na beatificação de Santa Dulce, em 2011, e foi responsável por escrever a oração da santa.

O Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo foi nomeado pelo Papa João Paulo II como Arcebispo Metropolitano de São Salvador da Bahia, em janeiro de 1999. A posse ocorreu no dia 11 de março do mesmo ano.

Em maio de 2001 foi nomeado membro da Pontifícia Comissão dos Bens Culturais da Igreja e eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dois anos depois.

Dom Geraldo teve o pedido de renúncia aceito pelo Papa Bento XVI, em 2011, tornando-se Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Salvador. Em 2014, por um desejo seu, passou a morar em Londrina.

 

Trajetória

Dom Geraldo nasceu em 19 de outubro de 1933, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Em 1957 foi ordenado Padre. Aos 12 anos ingressou no Seminário Menor Diocesano Santo Antônio, também em Juiz de Fora, onde ficou até completar 14 anos.

Fez doutorado em teologia em Roma e em 1978 foi nomeado Bispo de Toledo, no oeste do Paraná, onde ficou por quatro anos, até 1982.

Em 1983, Dom Geraldo foi ordenado Arcebispo de Londrina. Durante esse período, participou da construção da torre da catedral, onde foram colocados os sinos.

Foi também neste período que fundou, junto com Zilda Arns, a Pastoral da Criança. O programa começou na cidade de Florestópolis, no norte do estado, onde tinha uma das maiores taxas de mortalidade infantil na época.

Depois, o projeto se espalhou por todo o país e mais dez países da África, Ásia, América Latina e Caribe.

Dom Geraldo permaneceu a frente da Arquidiocese de Londrina por oito anos e meio, até 1991, quando foi chamado a Roma para trabalhar no Vaticano, junto ao Papa João Paulo II.

Depois de voltar de Roma, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Salvador, na Bahia, e recebeu o título de Cardeal pelo Papa João Paulo II.

Participou de muitos momentos importantes da Igreja Católica, como dois conclaves. O primeiro, em 2005, que elegeu o Papa Bento XVI. O segundo, a eleição do Papa Francisco.

Entre 2003 e 2007 presidiu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Em 2011 renunciou o cargo e retornou a Londrina, onde morava até os dias atuais.

Em 2022, Dom Geraldo completou 65 anos de ordenação sacerdotal. A data foi celebrada no Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Londrina e teve participação de padres, cardeais e arcebispos de várias regiões, além de centenas de fieis.

Quem foi Dom Geraldo Majella Agnelo

Dom Geraldo Majella Agnelo nasceu no dia 19 de outubro de 1933, em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Aos 12 anos ingressou no Seminário Menor Diocesano Santo Antônio, também em Juiz de Fora, onde ficou até completar 14 anos.

Ingressou no Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, em São Paulo, em 1951, onde cursou filosofia por dois anos. Em seguida, cursou a licenciatura do mesmo curso na Faculdade de Filosofia da Universidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo.

A licenciatura em teologia foi cursada na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, também em São Paulo, de 1954 a 1957.

Entre os anos de 1967 a 1969, Dom Geraldo Majella fez uma especialização em Liturgia, no Instituto Litúrgico do Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, em Roma. A ordenação sacerdotal aconteceu no dia 29 de junho de 1957, na Catedral de São Paulo, por Dom Antônio Maria Alves de Siqueira, Arcebispo Auxiliar de São Paulo.

Como presbítero recebeu os cargos:

  • diretor Espiritual e professor no Seminário Vestibular Santo Cura d’Ars, para vocações adultas, na Freguesia do Ó, São Paulo (1958-1959);
  • assistente Eclesiástico da Juventude Estudantil Católica Feminina (1959-1960);
  • notário do Tribunal Eclesiástico de São Paulo;
  • colaborador na Paróquia de Santo Antônio da Barra Funda em São Paulo (1958-1978);
  • diretor Espiritual do Seminário Filosófico da Arquidiocese de São Paulo em Aparecida (1960-1963);
  • diretor Espiritual e professor no curso teológico do Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, em São Paulo (1964 a 1967);
  • professor na Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1964-1967);
  • cônego do Cabido Metropolitano de São Paulo por S. E. o Sr. Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta (1964-1978);
  • cerimoniário da Catedral Metropolitana, em São Paulo.

Durante a permanência em Roma junto ao Pontifício Colégio Pio Brasileiro, entre 1967 e 1969. participou do programa para o Brasil intitulado “Liturgia e Vida”, semanalmente pela Rádio Vaticana.

Ainda em Roma, colaborou na Paróquia de São Clemente Papa de Montesacro, coordenou a Pastoral da Arquidiocese de São Paulo, foi professor de Teologia Sacramentária e Liturgia no Instituto Teológico Pio XI – Salesiano, e no Seminário Maior João XXIII – Scalabriniano.

Foi vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – Regional Sul II, em 1980. No dia 27 de outubro de 1982 foi nomeado pelo Papa João Paulo II como Arcebispo Metropolitano de Londrina, tomando posse em 28 de outubro de 1983.

Neste mesmo ano, assumiu a presidência da Comissão Litúrgica da CNBB, até 1987. Foi nomeado pelo Papa João Paulo II como secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos em 16 de setembro de 1991.

Também foi nomeado pelo Papa João Paulo II como membro da Pontifícia Comissão para a América Latina em 3 de junho de 1994; presidente da Comissão de Liturgia do Grande Jubileu em 2000 e membro do mesmo Comitê em 17 de março de 1995.

Foi ainda membro do Pontifício Comitê dos Congressos Eucarísticos Internacionais.

Dom Geraldo recebeu, ainda, as nomeações de: vice-presidente do Conselho Latino-Americano – CELAM, em 1999; membro do Pontifício Conselho de Migrantes e Itinerantes em (2000). Em 21 de fevereiro de 2001 recebeu o barrete cardinalício, tornando-se Cardeal, na via Magliana Nova – Roma.

Dom Geraldo faleceu na manhã do sábado (26), aos 89 anos, em Londrina, no norte do Paraná.

Segundo a Arquidiocese de Londrina, a saúde de Dom Geraldo se agravou em dezembro de 2022, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O Cardeal morava no Paraná desde 2014.

O Cardeal foi sepultado na Cripta da Catedral Metropolitana de Londrina, onde estão sepultados o primeiro bispo e arcebispo, dom Geraldo Fernandes Bijos, e o terceiro arcebispo, dom Albano Botoleto Cavalin.

Dom Geraldo prestou um “serviço valioso”, comenta arcebispo de Salvador

Em vídeo publicado nas redes sociais, o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, cardeal Dom Sérgio da Rocha, lamentou a morte de Dom Geraldo e sinalizou que ele prestou um “serviço valioso” enquanto esteve na Bahia e em postos de liderança como na CNBB.

(Créditos autorais: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2023/08/26 – NOTÍCIA/ Por g1 PR e RPC Londrina – 

(Créditos autorais: https://www.msn.com/pt-br/musica/noticias – Areavip/ NOTÍCIAS/ BRASIL/ História por Fernando Melo – 26/08/23)

(Créditos autorais: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – Estadão Conteúdo/ NOTÍCIAS/ BRASIL/ História por Gabriela Forte – 26/08/23)

(Créditos autorais: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2023/08/26 – BAHIA/ NOTÍCIA/ Por g1 BA – 

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