Doca Street, assassino confesso da socialite Ângela Diniz

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Doca Street, assassino de Ângela Diniz

 

 

© O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas – 20/6/73 O crime ocorreu em Búzios, em 1976, quando a mineira rompeu o relacionamento: ela foi atingida por quatro tiros no rosto

 

Raul Fernando do Amaral Street, o Doca Street, ficou nacionalmente conhecido por ter assassinado a socialite Ângela Diniz com quatro tiros no rosto em 1976.

 

 

Raul Fernando do Amaral Street (Novembro – São Paulo, 18 de dezembro de 2020), conhecido como Doca Street, assassino confesso da socialite Ângela Diniz, em 1976.

 

Doca Street matou Ângela Diniz com quatro tiros no rosto durante uma discussão em Búzios, quando ela tentou terminar o relacionamento. Ele pegou uma pena branda num primeiro julgamento, com a tese de legítima defesa da honra. Houve protestos e forte reação, que viraram um marco no movimento feminista brasileiro.

Depois, Doca Street foi julgado novamente e condenado a 15 anos de prisão por homicídio. Ele deixou a cadeia em 1987.

O assassinato de Ângela Diniz, completou 44 anos no dia 30 de dezembro, ocorreu em uma casa de veraneio na Praia dos Ossos, em Búzios-RJ, na Região dos Lagos. Naquele dia, a socialite havia decidido encerrar o relacionamento com Doca. Inconformado, ele foi até o carro, pegou uma arma e atirou quatro vezes contra o rosto dela.

 

Depois dos disparos, ele fugiu, permanecendo semanas escondido. Mas posteriormente se entregou à Justiça. O crime passional ganhou repercussão no Brasil. Doca havia abandonado a mulher e os dois filhos para morar com Ângela, socialite nascida em Belo Horizonte, em 1944. Mas o relacionamento foi marcado por ciúmes, brigas e violência.

 

O julgamento do caso aconteceu apenas em 1979. Doca Street foi representado pelo renomado advogado Evandro Lins e Silva, que usou como tese de defesa a “legítima defesa da honra“. Para convencer o júri, afirmou que Ângela Diniz era uma “mulher fatal”, capaz de levar qualquer homem à loucura.

 

 

© JORGE GONTIJO/EM/D.A PRESS – 4/11/81 Doca Street

 

 

Doca Street acabou condenado por cinco votos a dois a apenas 18 meses de prisão pelo assassinato, mais seis meses por ter fugido da Justiça, o que lhe possibilitou responder em liberdade. Após cumprir sete meses (um terço da pena), Doca foi liberado e pôde sair livre do tribunal.

 

A sentença branda, contudo, mobilizou o movimento feminista. Graças aos protestos, Doca Street foi levado novamente a julgamento, em 1981. Dessa vez, foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio. Ele cumpriu apenas quatro em regime fechado. Depois, progrediu para o semiaberto e acabou solto em 1987.

 

Street escreveu e publicou em 2006 o livro “Mea Culpa”, contando sua versão do assassinato. O livro foi rechaçado pela filha de Ângela, Cristiana, que quebrou um silêncio de vários anos e disse ser “aterrorizante” o “cinismo daquele homem”, em entrevista à Folha de S.Paulo.

A última entrevista de Doca Street foi concedida ao podcast Praia dos Ossos, da Rádio Novelo, em 2020. A produção reconstituiu os fatos relacionados ao assassinato, como os julgamentos e as repercussões, e entrevistou várias pessoas ligadas a Ângela e Doca.

O nome de Doca voltou à tona em 2020 com o lançamento do podcast Praia dos Ossos, da Rádio Novelo, que recontou a história de Ângela e do crime em oito episódios.

Doca Street faleceu em 18 de dezembro, aos 86 anos. Ele estava internado em São Paulo e sofreu uma parada cardíaca.

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – ENTRETENIMENTO / NOTÍCIAS / BRASIL / por Estado de Minas – 19/12/2020)

(Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/seguranca/noticia/2020/12 – SEGURANÇA / NOTÍCIA / por GZH – 18/12/2020)

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