Dick Smith, foi um grande maquiador cinematográfico, responsável por fantáticas transformações de personagens marcantes do cinema

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Ao lado de James Earl Jones e Oprah Winfrey, Dick Smith (direita) recebe Oscar de honra em 2012 por sua carreira - (Foto: Al Seib / Los Angeles Times/Divulgação DickSmith.com)

Ao lado de James Earl Jones e Oprah Winfrey, Dick Smith (direita) recebe Oscar de honra em 2012 por sua carreira – (Foto: Al Seib / Los Angeles Times/Divulgação DickSmith.com)

 

 

Famoso por promover mudanças radicais no visual de atores, artista recebeu Oscar pelo trabalho no longa ‘Amadeus’

Dick Smith (Larchmont, Nova York, 26 de junho de 1922 – Los Angeles, Califórnia, 30 de julho de 2014),  maquiador de clássicos do cinema, artista foi considerado o “Poderoso Chefão da maquiagem” em Hollywood

Dick Smith foi um grande maquiador cinematográfico. Ele é responsável por fantáticas transformações de algumas personagens marcantes do cinema.

Marlon Brando não era o idoso Vito Corleone que parecia ser em “O poderoso chefão”, Linda Blair (“O exorcista”) não estava realmente possuída pelo demônio e Robert de Niro não cortou de verdade o cabelo moicano em “Taxi driver”. Foi Dick Smith que fez cada um dos atores mudar completamente. Maquiador de clássicos do cinema, com mais de cinco décadas de trabalhos com transformações assombrosas.

Nascido em 1922 em Larchmont, no estado de Nova York, Smith começou sua carreira ainda na década de 1940. Após se apaixonar pela ideia de caracterizar pessoas ao ler um livro sobre o tema, Smith começou a trabalhar na rede NBC, mas logo migrou para o cinema. Seu trabalho logo chamou a atenção por juntar materiais de látex que permitiam aos atores manter melhor suas expressões faciais.

Smith foi responsável pelo departamento de maquiagem em mais de 60 longas, muitos deles de terror e ficção científica. “O Exorcista” (1973) é um deles. Linda Blair, para fazer a antes angelical Regan McNeil, passou por cinco hroas de maquiagem por dia para ficar “possuída”. O vômito verde e o giro de cabeça de 360 graus também são de Smith. Mas não era só horror. No faroeste “Pequeno grande homem”, de 1970, caracterizou Dustin Hoffman, então com 32 anos, como um ancião.

Dois anos depois, um de seus maiores feitos foi realizado: a icônica expressão cansada de Marlon Brando como Don Corleone em “O poderoso chefão”. Com uma mistura de um látex finíssimo com próteses bucais improvisadas, o ator ficou completamente diferente do que se veria em seu outro clássico daquele ano, o polêmico “O último tango em Paris”.

Marlon Brando na clássica trilogia O Poderoso Chefão

Marlon Brando na clássica trilogia O Poderoso Chefão

Em mais um de seus trabalhos clássicos de sucesso, até menos conhecido que os demais, fez F. Murray Abraham envelhecer décadas em “Amadeus” (1984), de Milos Forman. O trabalho rendeu a ele seu único Oscar “pontual”: em 2012, recebeu outro prêmio da Academia por seu trabalho ao longo da carreira.

Outros dos trabalhos de sucesso de Smith foram “Taxi driver” (1976), com o fatídico moicano de Robert de Niro (também ilusão do látex) pensado por Martin Scorsese, e “Scanners”, de David Cronenberg. Pelo conjunto, é considerado um ícone para os novos maquiadores e até para cineastas “científicos” do naipe de J.J. Abrams.

 

Linda Blair 'possuída' com a arte de Dick Smith - (Foto: AP/Warner)

Linda Blair ‘possuída’ com a arte de Dick Smith – (Foto: AP/Warner)

 

O artista morreu aos 92 anos dia 30 de julho de 2014, em Los Angeles, Califórnia.

 

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/filmes/ -13448579 – CULTURA – FILMES – POR O GLOBO COM EL PAÍS – 31/07/2014)

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