Dianne Feinstein, senadora com mandato mais longo dos EUA, que liderou a primeira proibição federal de armas de assalto e documentou a tortura de suspeitos de terrorismo estrangeiro pela CIA

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Dianne Feinstein, senadora com mandato mais longo dos EUA

(© Thomson Reuters/ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS)

 

Dianne Feinstein, foi a senadora com mandato mais longo dos Estados Unidos, uma senadora democrata de longa data da Califórnia que liderou a primeira proibição federal de armas de assalto e documentou a tortura de suspeitos de terrorismo estrangeiro pela CIA.

Feinstein atou mais de 30 anos no Senado americano. Ela marcou sua trajetória política na defesa ferrenha da proibição federal de armas de alto poder de fogo, como fuzis -bandeira história dos parlamentares democratas.

Ela foi a primeira mulher a chefiar o influente comitê de inteligência do Senado. Entre seus feitos, ficou conhecida por documentar a tortura de estrangeiros suspeitos de terrorismo pela CIA.

Feinstein foi uma pioneira em Washington que, entre outras realizações, tornou-se a primeira mulher a chefiar o influente Comitê de Inteligência do Senado.

Durante os quase 31 anos no Senado, ela acumulou um histórico de posições moderadas a progressistas, por vezes sendo desprezada pela esquerda. Feinstein entrou para o Senado em 1992, depois de vencer uma eleição especial, e foi reeleita cinco vezes, inclusive em 2018, tornando-se a senadora há mais tempo no cargo.

A carreira política de Feinstein foi moldada pelas armas.

Ela se tornou prefeita de San Francisco em 1978, após os assassinatos do prefeito George Moscone e do supervisor Harvey Milk. Feinstein era presidente do Conselho de Supervisores do Condado de San Francisco quando Moscone e Milk foram mortos a tiros por um ex-supervisor, Dan White. Depois de ouvir os tiros, ela correu para o escritório de Milk. Enquanto procurava o pulso dele, seu dedo encontrou um buraco de bala.

Feinstein disse que o horror daquela experiência nunca a abandonou, o que fez ela virar a autora da proibição federal de armas de assalto de estilo militar que durou de 1994 até sua expiração em 2004.

“Esta é uma nação feliz com as armas, e todo mundo pode ter sua arma”, disse Feinstein após um ataque a tiros em maio de 2021 em seu Estado natal, lamentando anos de fracasso do Congresso em aprovar novas leis de controle de armas para se proteger contra “a matança de inocentes”.

Feinstein liderou um esforço renovado por leis mais rígidas sobre armas, incluindo uma nova proibição de armas de assalto após um massacre em 2012 de 20 crianças e seis adultos em uma escola primária de Connecticut. A legislação enfrentou uma oposição furiosa dos republicanos e dos defensores dos direitos das armas e fracassou no Senado.

Como presidente do Comitê de Inteligência, Feinstein superou a resistência de autoridades de segurança nacional e parlamentares republicanos em 2014, quando seu painel divulgou um relatório detalhando a detenção secreta da CIA no exterior e o interrogatório de suspeitos estrangeiros de terrorismo após os ataques de 11 de setembro de 2001.

“As ações da CIA são uma mancha em nossos valores e em nossa história”, disse Feinstein, defendendo a divulgação de um relatório que revelou o uso pela CIA de “técnicas coercitivas de interrogatório, em alguns casos equivalentes à tortura” em pelo menos 119 detentos.

Problemas de saúde prejudicaram Feinstein no final de sua carreira.

Dianne Feinstein faleceu na noite da quinta-feira (29) aos 90 anos, segundo o jornal americano The New York Times.

A parlamentar sofria de problemas de saúde e perda de memória que dificultavam sua autonomia no Congresso. As dificuldades geraram pedidos para que ela renunciasse, os quais foram rejeitados veementemente.

(Direito autoral: https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo – Folha de S.Paulo / NOTÍCIAS / MUNDO/ por (FOLHAPRESS) – SÃO PAULO, SP – 30/09/23)

(Crédito autoral: https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo – Reuters/ NOTÍCIAS / MUNDO/ História por Por Will Dunham/ WASHINGTON (Reuters) – 30/09/23)

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