Consuelo Leandro, uma das maiores comediantes brasileiras. Nasceu Costa Ortiz Nogueira.

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Emiliano Queiroz com Consuelo Leandro em Cambalacho (TV Globo, 1986), novela de Silvio de Abreu (Foto: Astros em Revista)

Emiliano Queiroz com Consuelo Leandro em Cambalacho (TV Globo, 1986), novela de Silvio de Abreu (Foto: Astros em Revista)

 

Consuelo Leandro (Lorena, 27 de maio de 1932 – São Paulo, 5 de julho de 1999), uma das maiores comediantes brasileiras. Nasceu Costa Ortiz Nogueira. Leandro era o sobrenome do avô, um militar austero. Homenagem de neta? Que nada! Com o deboche que lhe era peculiar, Consuelo adotou o Leandro por provocação. Em 1953, quando aos 17 anos decidiu entrar para o teatro de revista, o avô a expulsou de casa.

Paulista de Lorena, Maria Consuelo da Costa Ortiz Nogueira Gardemann dividiu seus 49 anos de carreira entre palco, teatro de revista, radionovelas e TV. Começou a freqüentar o balé do Theatro Municipal aos 7 anos. Cinco anos depois teve uma experiência traumática, quando seu pai foi assassinado.

Com a morte dele, foi morar com mae e com seus tios militares. A atriz chegou a comentar que sofreu muito durante este período. Mesmo assim, aos 17 anos Consuelo começou a rebolar como vedete nos teatros da cidade, iniciando assim sua carreira artística.

A fama veio na década de 60, na televisão. Em A Praça da Alegria, Consuelo interpretou uma de suas personagens mais famosas, a Cremilda, aquela que tinha por bordão o “meu marido Oscar”. Nascida em Lorena, no interior paulista, Consuelo contava que descobrira a vocação de artista aos 6 anos, quando foi convidada a se fazer de anjo em uma procissão.

Comédia – Conhecida pelos personagens cômicos, Consuelo extravasou sua alegria para além dos palcos, mesmo nos momentos difíceis de sua vida. Ela chegou a receber alguns prêmios pelos monólogos cômicos que interpretou.

Consuelo será lembrada como “a mulher do meu marido Oscar”, personagem do programa A praça é nossa, comando por Manoel de Nóbrega durante a década de 60. Outro tipo marcante foi a “podre de chique” de Balança mais nao cai, de Agildo Ribeiro (seu ex-marido), na Rede Globo.

O autor Sílvio de Abreu chegou a criar um papel especial, pensando em sua imagem cômica, na novela Cambalacho (Globo), quando a atriz interpretou a ex-vedete Lili Bolero, mae da personagem de Regina Casé.

No teatro, uma das peças mais recentes que encenou foi Splish splash. A atriz trabalhou com os galas Alexandre Frota e Raul Gazolla, e fazia uma professora de francês.

O último trabalho de Consuelo Leandro foi no humorístico A praça é nossa, do SBT, onde interpretava Francis Layde, mae da candidata à miss Creusa Eugênia. Antes, havia feito, no mesmo programa, a repórter Lola, uma esquerdista recém-saída da faculdade.

Carreira
Nascida em Lorena, interior de São Paulo, Maria Consuelo da Costa Ortiz Nogueira deve ao irmão, José Leandro, o nome que a consagrou em humor.

Consuelo Leandro acumulou ao longo de mais de 45 anos de carreira três prêmios Roquette Pinto, três Troféu Imprensa, duas medalhas de ouro de melhor atriz pela Associação de Críticos de Teatro do Rio de Janeiro e uma medalha de ouro pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, entre outros.

A atriz teve uma formação clássica, estudou em colégio de freiras, tocava piano, era bailarina formada, mas acabou mesmo ficando famosa por interpretar personagens populares.

A mais famosa de todas é Cremilda -a do “meu marido Oscar”-, idealizada por Manuel da Nóbrega na década de 60 para o programa “Praça da Alegria”, hoje exibido pelo SBT.

Consuelo começou sua carreira em 1953 na peça “Carrossel”. Foi contratada para o elenco fixo da Rádio Nacional, do Rio, logo depois. Em novelas, seu personagem mais marcante foi Lili Bolero, na novela “Cambalacho” (1986), de Sílvio de Abreu, da Globo.

Morreu no dia 5 de julho de 1999, aos 63 anos, decorrente de parada cardíaca. Ela estava internada desde o dia 29 de junho no Hospital Santa Rita, em São Paulo.

Consuelo, que estava internada para controle de sua pressão arterial, tinha diabetes, câncer na bexiga e um enfizema pulmonar. Em 87, ela foi operada para a implantação de três pontes de safena.

(Fonte: Veja, 14 de julho de 1999 – Edição 1606 – Datas – Pág; 119)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA/ da Reportagem Local / Por Adriana Bruno, do Banco de Dados – São Paulo, 7 de Julho de 1999)

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(Fonte: http://www.dgabc.com.br/Noticia/115663 – DIÁRIO DO GRANDE ABC – Cultura & Lazer –  Mércia Suzuki/ Por Com Agências – 6 de julho de 1999)

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