Consuelo de Castro, dramaturga foi ganhadora do Molière em 1975, era uma das profissionais mais premiadas do teatro no país

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Autora escreveu ‘À Prova de Fogo’, ‘À Flor da Pele’ e ‘Caminho de Volta’.

Dramaturga Consuelo de Castro (1946-2016), autora de 'À Prova de Fogo' e 'À Flor da Pele'. (Foto: MONALISA LINS/ESTADÃO CONTEÚDO)

Dramaturga Consuelo de Castro (1946-2016), autora de ‘À Prova de Fogo’ e ‘À Flor da Pele’. (Foto: MONALISA LINS/ESTADÃO CONTEÚDO)

 

Consuelo de Castro (Araguari, 1946 – São Paulo, 30 de junho de 2016), escritora e dramaturga, foi ganhadora do Molière em 1975, era uma das profissionais mais premiadas do teatro no país

Na segunda metade da década de 60, as mulheres se impuseram como elementos inovadores da dramaturgia brasileira. Entre elas estavam Leilah Assumpção, Isabel Câmara e Consuelo de Castro. Em meio aos conflitos políticos e ao autoritarismo da época, essas autoras chamaram a atenção do público e da crítica por dosar em seus textos personagens intimistas sem fazer vistas grossas à onda repressiva que o Brasil atravessava.

Depois de cursar ciências sociais na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e ser militante ativa do movimento estudantil, a mineira radicada em São Paulo, Consuelo de Castro escreveu seu texto de estreia, “Prova de Fogo”, em 1968, que mostrava os bastidores da agitação política no meio escolar.

A censura não perdoou, e a obra ficou conhecida apenas em leituras clandestinas, ganhando uma montagem só em 1993. O seu nome, no entanto, teve reconhecimento no trabalho seguinte. Em “À Flor da Pele”, de 1969, Miriam Mehler e Perry Salles representavam os papéis de uma jovem aluna e um professor conservador que vivem um caso de amor. Adaptada para o cinema em 1976, o filme de Francisco Ramalho Jr. trouxe Denise Bandeira e Juca de Oliveira no elenco.

Consuelo foi uma das principais autoras da geração de 1968. Ganhou o prêmio Molière por Caminho de Volta em 1975, (recebeu o premio em Paris, grávida). Sua primeira obra, A Prova de Fogo, foi proibida pela censura durante a ditadura militar. Foi também publicitária e autora de novelas.

Uma das mais premiadas do teatro no país, a dramaturga estudou Ciências Sociais na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Lá, participou do movimento estudantil nos anos 1960, que inspirou “Prova de Fogo”, seu primeiro texto, de 1968, e que foi censurado pela ditadura.

Sua segunda peça, “À Flor da Pele”, foi a primeira a ser encenada. A narrativa conta o embate ideológico e amoroso entre um intelectual de esquerda e uma estudante de teatro. Por ela, Consuelo recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT).

Em 1975, com a peça “Caminho de Volta”, ela voltou a ganhar o prêmio da APCT e também levou o prêmio Molière, um dos principais do teatro. O texto foi levado ao palco por por Fernando Peixoto.

Premiada com o Molière e o Governador do Estado de melhor autora em 1974, Consuelo conheceu a consagração com “Caminho de Volta”, dirigida por Fernando Peixoto, sobre a crise financeira de uma empresa gerando conflito em seus funcionários.

Nos anos 80, a dramaturga escreveu “Louco Circo do Desejo”, que tinha uma prostituta e um jovem empresário no centro da trama, “Script-Tease”, “Marcha à Ré”, “Mel de Pedra” e “Uma Caixa de Outras Coisas”, protagonizado por Clarisse Abujamra sob o comando de Antonio Abujamra.

Para o diretor, ela ainda faria uma nova adaptação do musical “Hair”, em 1987. Em 2004, “Memórias do Mar Aberto – Medeia Conta sua História”, ganhou encenação no Teatro Sérgio Cardoso, com os atores Leona Cavalli, Cassio Scapin e Rubens Caribé. Seu último trabalho foi um livro infantil dedicado ao neto.

Consuelo morreu ao 70 anos, em São Paulo, em 30 de junho de 2016, vítima de um câncer. Ela enfrentava a doença há seis anos.

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-fonte – DIRETO DA FONTE/ Por Sonia Racy – 30/06/2016)

(Fonte: http://vejasp.abril.com.br/blogs/dirceu-alves-jr/2016/06/30 – NA PLATEIA/ por Dirceu Alves Jr – 30/06/2016)

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/06 – POP & ARTE – Do G1, em São Paulo – 30/06/2016)

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