Clifford Irving, romancista americano que foi para a prisão depois de afirmar que havia colaborado em uma autobiografia do excêntrico bilionário Howard Hughes, posteriormente sendo revelado que era uma farsa

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Romancista americano Clifford Irving foi preso por fraude nos anos 1970 por mentir que tinha entrevistado Howard Hughes para fazer biografia do bilionário.

 

Clifford Irving entra em tribunal em Nova York em 1972 (Foto: Jim Wells/AP Photo)

 

Autor da falsa biografia de Howard Hughes

Clifford Michael Irving (Manhattan, Nova York, 5 de novembro de 1930 – Sarasota, na Flórida, 19 de dezembro de 2017), foi um romancista americano que foi para a prisão depois de afirmar que havia colaborado em uma autobiografia do excêntrico bilionário Howard Hughes (1905-1976), famoso e isolado produtor de Hollywood e aviador, que depois foi desmascarado como uma farsa.

Irving era um romancista pouco conhecido quando fez o anúncio em 1970 de que havia feito uma série de entrevistas com Hughes para uma autobiografia autorizada.

Seu nome foi associado a um dos grandes escândalos literários dos EUA no século passado, a autobiografia do bilionário norte-americano Howard Hughes, que rendeu ao autor uma fortuna (US$ 750 mil de adiantamento da editora McGraw-Hill, mais US$ 250 mil pelos direitos de publicação em série pela revista Life e mais outros US$ 400 mil pelos direitos do livro).

O excêntrico e recluso Hughes veio a público, em 1971, desmentir Irving quando o livro foi anunciado, provocando uma ação judicial na qual o escritor foi condenado a dois anos e meio de prisão (cumpriu 17 meses).

Clifford Irving, um romancista americano que foi para a prisão depois de afirmar que havia colaborado em uma autobiografia do excêntrico bilionário Howard Hughes – (AFP/Arquivos)

Irving era um romancista pouco conhecido quando fez o anúncio em 1970 de que havia feito uma série de entrevistas com Hughes para uma autobiografia autorizada.

Irving recebeu uma proposta da editora McGraw-Hill pelo livro e sua publicação foi ansiosamente aguardada pelo público pelos detalhes sobre o famoso e isolado produtor de Hollywood e aviador.

De fato, Irving não teve contato algum com Hughes e estava perpetrando o que o “Times” chamou de “uma das maiores farsas literárias do século XX”.

Tudo foi revelado quando Hughes quebrou o silêncio e negou qualquer colaboração com Irving.

Acusado de fraude, “minha recompensa em 1972 por essa loucura de Hughes foram 16 meses em três prisões federais”, escreveu Irving.

Richard Gere estrelou um filme de 2006 sobre o caso chamado “O Vigarista do Ano”.

Irving também é autor de um livro sobre Elmyr de Hory, que falsificava quadros de pintores modernos e inspirou Orson Welles a filmar For Fake (Verdades e Mentiras, 1973), com François Reichenbach.

Clifford Irving morreu dia 19 de dezembro de 2017, aos 87 anos.

Julie Irving, sexta esposa do autor, afirmou ao jornal “The New York Times” que Irving morreu em uma casa de repouso em Sarasota, na Flórida, apenas uma semana depois de ser diagnosticado com câncer de pâncreas.

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia – POP & ARTE – NOTÍCIA / Por France Presse – 21/12/2017)

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura – LITERATURA – NOTÍCIAS – CULTURA / Por NYT, O Estado de S. Paulo – 21 Dezembro 2017)

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