Cláudio Marzo, foi um dos maiores galãs da TV brasileira, fez parte do 1º time de atores contratados pela TV Globo

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Claudio Marzo em 'Coração de Estudante' - Gianne Carvalho / (Foto: Arquivo O Globo/2003)

Claudio Marzo em ‘Coração de Estudante’ – Gianne Carvalho / (Foto: Arquivo O Globo/2003)

 

Cláudio Marzo (São Paulo, 26 de setembro de 1940 – Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, 22 de março de 2015), foi um dos maiores galãs da TV brasileira, fez parte do primeiro time de atores contratados pela TV Globo, inaugurada em 26 de abril de 1965. O ator, então com 25 anos, morava em São Paulo, integrava o Grupo Oficina, e dublava filmes que, por coincidência, tinham sido comprados pela emissora. Já envolvido com as dublagens e o teatro, só pôde ser escalado para a segunda novela da emissora, no horário das 19h, “A Moreninha”, de Graça Mello.

 

Nascido em 26 de setembro de 1940, Marzo era filho de uma família de operários e descendente de italianos. O ator abandonou os estudos aos 17 anos para trabalhar como figurante na TV Paulista. Mais tarde, foi contratado pela TV Tupi, onde atuou numa produção sobre Chopin. Foi a partir do seu trabalho na TV Tupi que acabou no Teatro Oficina.

“Na época eu acreditava, ingenuamente até, que o teatro pudesse modificar o mundo”, disse o ator em entrevista ao site Memória Globo.

Marzo já era um nome conhecido da TV em 1969, quando atuou ao lado de Regina Duarte em “Véu de Noiva”, de Janete Clair. Foi a primeira telenovela contemporânea da Globo, uma resposta à tendência iniciada por “Beto Rockfeller”, sucesso da TV Tupi. O par formado por Cláudio Marzo e Regina Duarte caiu no gosto popular. E voltou a ser escalado em “Irmãos Coragem”, de Janete Clair, produzida em 1970. Na trama, ele interpretou um dos irmãos do título: Duda, um craque de futebol.

“Carinhoso”, de Lauro César Muniz, lançada em 1973, trouxe de volta Cláudio Marzo e Regina Duarte. Mas foi na década de 1980 que ele participou de duas produções que marcariam sua carreira. Em “Brilhante”, de Gilberto Braga, exibida em 1981, ele viveu o motorista Carlos, que vivia um romance com sua patroa, Chica Newman, papel Fernanda Montenegro. Já na minissérie “Quem Ama Não Mata”, de Euclydes Marinho, de 1982, o ator contracenou com Marília Pêra.

No início de 1988, Marzo trocou de emissora e participou de duas novelas na extinta TV Manchete: “Kananga do Japão” (1989), de Wilson Aguiar Filho (1951-1991), e “Pantanal” (1990), de Benedito Ruy Barbosa. Essa última marcou a carreira do ator, que costumava destacar como um dos mais bonitos trabalhos que já fez na TV.

De volta à Globo em 1993, atuou em “Fera Ferida”, de Walther Negrão, no papel do coveiro Orestes Fronteira. Dois anos depois foi convidado para participar do remake de “Irmãos Coragem”, dessa vez vivendo o coronel Pedro Barros. Em 2007, na Globo, atuou na novela “Desejo Proibido”, de Walther Negrão, e na minissérie “Amazônia – De Galvez a Chico Mendes”, de Gloria Perez.

A carreira de Cláudio Marzo também inclui trabalhos no cinema. Foram nada menos do que 35 longas-metragens, entre os quais “O Homem Nu”, dirigido por Hugo Carvana. Com roteiro de Fernando Sabino, o filme lançado em 1990 lhe rendeu o prêmio de melhor ator no conceituado Festival de Gramado.

Primeiro time da Globo
Marzo tinha 25 anos quando recebeu o convite para trabalhar na TV Globo. Ele morava em São Paulo e fazia parte do Grupo Oficina. Ele ainda atuava como dublador da série americana “Mr. Novac”. Foi quando se mudou para o Rio e assinou contrato. Ele fez parte do primeiro grupo de atores contratados pela Globo, inaugurada em 26 de abril de 1965.

“Por coincidência, a Globo tinha comprado esses filmes que eu dublava. Então, já contratado, eu continuava em São Paulo, até terminar as dublagens. Queria ter vindo antes, estava doido para vir para o Rio”, lembrou o ator, em depoimento ao site Memória Globo.

Foi por conta desse pequeno atraso que o ator acabou escalado não para a primeira, mas para a segunda novela da emissora no horário das 19h. Era “A Moreninha”, de Graça Mello, com 35 capítulos.

Ele nasceu no dia 26 de setembro de 1940, em São Paulo, filho de uma família de operários e descendente de italianos. O ator abandonou os estudos aos 17 anos para trabalhar como figurante na TV Paulista. Depois, foi contratado pela TV Tupi. “Deixei até o cabelo crescer para viver o músico, ninguém naquela época tinha cabelo comprido”, disse.

“Sempre tive vontade de ser ator, achava uma coisa fantástica. Os atores me emocionavam. Achava interessante você transmitir emoções e consciência de mundo para as pessoas. Na época, eu acreditava, ingenuamente até, que o teatro pudesse modificar o mundo.”

Par com Regina Duarte
O ator participou de várias novelas nos anos 60, sendo “Véu de Noiva” um de seus momentos mais marcantes, Ele atuou ao lado de Regina Duarte, na trama de Janete Clair. A novela é considerada importante por ter sido uma resposta à tendência iniciada por “Beto Rockfeller”, exibida pela TV Tupi. Foi ainda a primeira a ganhar uma trilha sonora original, com músicas escolhidas por Nelson Motta.

O par romântico Cláudio Marzo e Regina Duarte caiu no gosto popular. E voltou a ser escalado em “Irmãos Coragem”, de Janete Clair, produzida em 1970. Na trama, o ator viveu um dos irmãos Coragem, Duda, um craque dos campos de futebol. Foi mais um sucesso de público. “Eu não queria fazer sucesso em televisão. Eu queria ser ator de teatro, entende? E achava que, na minha cabeça, na época, fazer sucesso em televisão era uma coisa que te queimava. Novela, televisão, isso era uma coisa inferior. Mas eu precisava trabalhar”, confessa.

“Carinhoso”, de Lauro César Muniz, lançada em 1973, trouxe de volta Cláudio Marzo e Regina Duarte. Mas foi na década de 1980 que ele participou de duas produções que marcariam sua carreira. Em “Brilhante”, novela de Gilberto Braga exibida em 1981, interpretou o motorista Carlos, que vivia um romance com sua patroa, Chica Newman, interpretada por Fernanda Montenegro.

Manchete e filmes
Marzo também participou de duas novelas na extinta TV Manchete. Ele esteve em “Kananga do Japão”, de Wilson Aguiar Filho, em 1989; e “Pantanal”, de Benedito Ruy Barbosa, no ano seguinte. A carreira de Marzo também inclui trabalhos no cinema. Foram 35 longas-metragens, com destaque para “O Homem Nu”, dirigido por Hugo Carvana, com roteiro de Fernando Sabino, em 1990.

Retorno à TV Globo
De volta à Globo em 1993, atuou em “Fera Ferida”, de Walther Negrão, no papel do coveiro Orestes Fronteira. Dois anos depois, foi convidado para participar do remake de “Irmãos Coragem”, dessa vez vivendo o poderoso coronel Pedro Barros, justamente quem perseguia a família Coragem. Em 2007, na Globo, atuou na novela “Desejo Proibido”, de Walther Negrão, e na minissérie “Amazônia – De Galvez a Chico Mendes”, de Gloria Perez, no papel de Ramalho Jr, ex-governador do Acre. O último trabalho na Globo foi no seriado “Guerra e Paz”, em 2009. O ator interpretou o capitão Guerra.

O ator Cláudio Marzo, de 74 anos, morreu às 5h39 dia 22 de março de 2015 na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo a assessoria da unidade, ele estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) com quadro de pneumonia desde o dia 4 de março.

 

 

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura -15667843#ixzz3V8dmhRMj – CULTURA – POR O GLOBO – 22/03/2015)
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(Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/03 – RIO DE JANEIRO – Do G1 Rio – 22/03/2015 )

 

 

 

 

 

 

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