Claude Berri, cineasta e produtor francês, era um respeitado personagem da sétima arte.

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Claude Berri (Claude Berel Langmann, Paris, 1° de julho de 1934 – Paris, 12 de janeiro de 2009), cineasta e produtor francês. Apelidado de “o último sultão” ou “chefão do cinema francês”, Berri era um respeitado personagem da sétima arte, não apenas como diretor, mas principalmente como poderoso produtor.

Claude Langmann, seu verdadeiro nome, nasceu em 1° de julho de 1934 em Paris, filho de um peleteiro e uma operária.

Exerceu por pouco tempo o ofício do pai enquanto fazia cursos de teatro e estudava para ser ator. Atuou na década de 50 em filmes como “Rue de lEstrapade”, de Jacques Becker, e “Le blé en herbe”, de Claude Autant-Lara.

Resolveu passar para trás das câmera e logo obteve reconhecimento em seu primeiro curta-metragem, “Le Poulet”, realizado em 1962 e vencedor do Oscar da categoria em 1965.

Seu primeiro longa e um de seus mais belos filmes, “Le vieil homme et lenfant” (1967), se inspira em sua própria história, o que levou a explorar esse filão.

Depois dirigiu “O casamento”, “Quem tem pistolão, tem tudo”, “Le cinéma de papá” e “A loja do sexo”, filmes impregnados de uma ternura melancólica.

Em 1983 obteve um grande sucesso de público e de crítica com “Tchao Pantin”, que levou o até então comediante Coluche ganhar um prêmio César de melhor ator em 1984.

Dedicou-se em seguida a filmes de inspiração literária ou histórica, como “Jean de Florette”, “A vingança de Manon”, “Germinal”, “A era de Uranus”, “Amor em tempo de guerra”, onde trabalhou com os grandes nomes do cinema francês como Gerard Depardieu, Emmanuelle Beart, Miou-Miou e Daniel Auteuil.

“Ele era um homem triste, mas capaz de ser alegre, dizia a atriz Carole Bouquet”; o diretor espanhol Pedro Almodóvar teve muitos de seus filmes produzidos por Berri.

Como produtor, todo-poderoso no mundo do cinema francês, alternou filmes populares com obras mais exigentes: “Tess”, de Roman Polanski, “A infância nua”, de Maurice Pialat, “Rainha Margot”, de Patrice Chéreau, “Ladra e sedutora”, de Claude Miller, “O uros” e “O amante”, de Jean-Jacques Annaud, e as primeiras adaptações dos quadrinhos de Astérix para o cinema.

Recentemente, produziu “La graine et le mulet” (Couscous), do franco-tunisiano Abdellatif Kechiche, César de melhor filme em 2008, e “Bienvenue chez les Chtis”, de Dany Boon, o maior sucesso de bilheteria francês de 2008.

Berri produziu também filmes de Eric Rohmer, Maurice Pialat, André Téchiné, Patrick Chéreau, Jean-Jacques Annaud, Claude Zidi, Alain Chabat, Costa-Gavras.

Claude Berri foi presidente da Cinemateca Francesa de setembro de 2003 a junho de 2007.

Em 2003, publicou uma autobiografia, “Auto-retrato”, na qual evocava os dramas de sua vida: o suicídio de sua primeira esposa em 1997, o acidente em 1998 com um de seus filhos, o ator Julien Rassam, que ficou tetraplégico até sua morte em 2002, e suas constantes depressões.

Em 2006, nas filmagens “Juntos, nada mais”, seu último filme como diretor, sofreu um primeiro acidente vascular cerebral que diminuiu suas capacidades.

Colecionador de arte desde os anos 1970, amante da arte contemporânea e da fotografia, com uma predileção pelo pintor americano Robert Ryman, abriu em março de 2008, em Paris, o Espace Claude Berri, dedicado à arte.

“Não sei o que mais posso aprender com o cinema, mas na pintura aprendo todos os dias”, declarou, em 2003.

Claude Berri faleceu em 12 de janeiro de 2009, em Paris, aos 74 anos de idade, vítima de um acidente vascular cerebral. Berri vivia com a escritora Nathalie Rheims e era pai de três filhos, nascidos de duas uniões anteriores.

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL952531-7084,00- POP & ARTE – Da France Presse PARIS, 12 Jan 2009 (AFP) – 12/01/09)

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