Clarival do Prado Valladares (Salvador, 26 de setembro de 1918 – Rio de Janeiro, 14 de maio de 1983), foi um dos mais conhecidos críticos de arte do Brasil, médico (sanitarista), se diplomou em (1941). Pesquisador e historiador da arte, filho de um dos mais conceituados médicos da Bahia, o professor Antônio do Prado Valladares. Nasceu em 1918, em Salvador, Bahia. Em viagens pelo interior do Brasil, levantou uma documentação inédita sobre arte religiosa e o estilo barroco.
Entre seus livros, destacam-se “Arte e Sociedade nos Cemitérios Brasileiros”. Ultimamente, preparava o terceiro volume de Nordeste Histórico e Monumental. Por sua ligação com as artes, foi indicado pela congregação da Escola de Belas Artes da mesma universidade para o ensino de História da Arte (1962).
Valladares dedicou a vida à reconstrução da história e das artes no Nordeste e na Bahia. Um dos nomes de maior respeitabilidade na historiografia e crítica de arte no Brasil, foi crítico do Jornal do Brasil e editor dos Cadernos Brasileiros.
Formado em medicina, especializado em patologia em universidades americanas, desde 1957 ele misturou telas e esculturas com as lâminas de microscópio, em seu universo de interesses.
E, em 1962, trocou definitivamente de setor. Considerando-se “um profissional da crítica”, Valladares a exerce de preferência científica. Interessava-se sobretudo pelo que denominou “comportamento arcaico brasileiro”, englobando no rótulo manifestações tanto eruditas como populares. E, além de um estudo antigo sobre o escultor primitivo Agnaldo Manuel dos Santos, publicou em 1967 o volume “Riscadores de Milagres” (a respeito dos desenhistas de ex-votos) e um curioso e extenso levantamento sobre a “Arte Cemiterial Brasileira”, editado pelo Conselho Federal de Cultura em 1972.
A fotografia sempre fascinou Valladares, como forma de complementar sua visão. Entre 1970 e 1972, ele percorreu as cidades históricas de Minas Gerais, registrando monumentos e pinturas de maior interesse.
Em vários casos, além de possibilitar um estudo mais minucioso da obra de Manuel da Costa Ataíde, o principal pintor do barroco mineiro, eles acabam fornecendo revelações inesperadas – como a da utilização, pelos músicos ouro-pretanos, de todos os instrumentos europeus da época.
Valladares morreu no dia 14 de maio de 1983, aos 64 anos, de pneumonia aguda, no Rio de Janeiro.
(Fonte: Veja, 25 de maio de 1983 Edição 768 Datas Pág; 108)
(Fonte: Veja, 12 de janeiro de 1983 – Edição 749 – Arte – Pág: 116/117/118)
(Fonte: Veja, 24 de outubro de 1973 – Edição 268 – ARTE / Por Marinho de Azevedo – Pág: 132/134)