Cirurgiões realizam primeiro transplante de bexiga humana

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Cirurgiões dos EUA realizam primeiro transplante de bexiga humana

A operação, feita por dois cirurgiões no hospital da UCLA em paciente de 41 anos, tem potencial transformador para pessoas com condições renais debilitantes

Milhões de pessoas sofrem de algum grau de disfunção da bexiga ou doenças que podem causar dores constantes, infecções recorrentes e outras complicações.

Os médicos durante a cirurgia “histórica” de transplante duplo de bexiga e rim. (Crédito da fotografia: Cortesia © Copyright All Rights Reserved/ Nick Carranza/UCLA ®/ REPRODUÇÃO/ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS)

 

 

 

Cirurgia foi realizada no início de maio por dois cirurgiões, marcando um avanço inédito para o tratamento de doenças graves

Uma equipe médica no sul da Califórnia realizou o primeiro transplante de bexiga em um ser humano, marcando um avanço inédito para o tratamento de doenças graves do órgão.

A cirurgia foi conduzida no início deste mês por dois cirurgiões, um da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e outro da Universidade do Sul da Califórnia (USC), em Oscar Larrainzar, de 41 anos, cuja bexiga havia sido comprometida por um câncer raro.

“Eu era uma bomba-relógio” disse Oscar, durante uma consulta recente. “Mas agora tenho esperança”, destacou, segundo informações do The New York Times.

De acordo com a fonte, a equipe planeja mais quatro transplantes como parte de um estudo clínico que avalia segurança e eficácia antes de uma aplicação mais ampla. Segundo o Dr. Inderbir Gill, chefe da urologia da USC e um dos responsáveis pelo procedimento, a operação representa a abertura de uma nova porta para pacientes com dores incapacitantes, infecções urinárias recorrentes e inflamações crônicas.

Até então, os pacientes com bexiga removida geralmente recebiam segmentos do intestino para desviar ou armazenar urina — procedimentos que, apesar de funcionais, carregam altos índices de complicações, já que o tecido intestinal, naturalmente contaminado, é inserido no trato urinário, normalmente estéril.

O desenvolvimento da nova técnica, é importante destacar, levou anos. A dupla treinou em modelos animais, depois em cadáveres e, finalmente, em doadores com morte cerebral. O grande desafio era preservar os vasos sanguíneos da bexiga, que possui vascularização complexa. Para facilitar o implante, os cirurgiões uniram artérias e veias ainda durante a conservação do órgão, reduzindo o número de conexões no receptor.

Oscar, o primeiro paciente, era o candidato ideal. Ele já usava imunossupressores por causa de um transplante de rim anterior, o que contornava um dos principais riscos da cirurgia. Além disso, sua bexiga original havia sido quase totalmente removida, com capacidade reduzida a 30 ml — contra os mais de 300 ml de uma bexiga saudável.

Resultado surpreendente

cirurgia durou oito horas. Os rins transplantados podem demorar dias para funcionar, mas o de Oscar começou a produzir urina imediatamente. Dois dias após a alta, ele surpreendeu a equipe ao conseguir urinar espontaneamente, sem cateter. O Dr. NimaNassiri, que operou ao lado de Gill, chamou de milagre: “É a primeira vez que ele consegue urinar em sete anos.”

“Estou boquiaberto”, reagiu Gill, ao ser informado durante outra cirurgia. Oscar sorriu, aliviado, e brindou com uma garrafa d’água. O futuro ainda exige cautela, mas para ele — e também para a medicina — o momento é histórico.

(Créditos autorais: https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje – Aventuras na História/ NOTÍCIAS/ CIÊNCIA/ Primeiro transplante humano de bexiga é realizado na Califórnia/ Redação – 19/05/2025)

(Créditos autorais: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2025/05 – FOLHA DE S.PAULO/ EQUILÍBRIO E SAÚDE/ por Emily Baumgaertner Nunn/ The New York Times – 19.mai.2025)

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