Chris Cornell, cantor americano, vocalista do Soundgarden e do Audioslave

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A voz do grunge, uma das melhores surgidas durante a virada das décadas de 1980 e 1990

 

Foto de março de 2017 registra participação de Chris Cornell em evento de aniversário de Elton John (Foto: Danny Moloshok/Reuters)

 

Chris Cornell (Seattle, 20 de julho de 1964 – Detroit, 17 de maio de 2017), cantor americano, vocalista do Soundgarden e do Audioslave

Cornell começou no mundo da música com sete anos quando se interessou a tocar piano. Sua carreira musical, dentro da cena do rock, teve início em sua cidade natal, quando formou o Soundgarden, em 1984, que teve um papel importante no movimento “grunge” dos anos 1990.

Nome forte do movimento grunge em Seattle, nos anos 1990, Cornell iniciou sua carreira em 1984, em sua cidade natal, quando formou o Soundgarden.

Cornell ganhou notoriedade na música ao ser o frontman do Soundgarden e, mais tarde, do Audioslave, além de ter cantado no Temple of the Dog. Entre outras coisas, ele era conhecido também pela canção “You Know My Name”, a música tema de 007 – Cassino Royale, de 2006.

 

Chris Cornell

Cornell foi um dos grandes nomes do movimento grunge no final dos anos 1980 e nos anos 1990 (Foto: Reprodução/Facebook
/Divulgação)

 

Cornell foi um dos grandes nomes do movimento grunge no final dos anos 1980 e nos anos 1990. Em 1984, ele formou o Soundgarden ao lado do guitarrista Kim Thyail e do baixista Hiro Yamamoto.

O Soundgarden abriu caminho para outras bandas do grunge – como Nirvana, Pearl Jam e Alice in Chains – ao ser a primeira do gênero a assinar a uma grande gravadora, selando contrato com a A&M em 1988. Em seis álbuns, mais notavelmente Badmotorfinger, de 1991, e Superunknown, de 1994, o Soundgarden foi uma das bandas de rock mais influentes dos últimos 25 anos, com “Spoonman,” “Outshined,” “Rusty Cage” e “Black Hole Sun” como hits cravados na história do gênero.

Em 1990, Cornell iniciou o projeto Temple of the Dog, um supergrupo formado por ele, Stone Gossard e Jeff Ament, ambos ex-integrantes do Mother Love Bone, Mike McCready, Matt Cameron e Eddie Vedder. O propósito da iniciativa era fazer um tributo a Andrew Wood, que era amigo de Cornell e vocalista do Malfunkshun e do Mother Love Bone. A banda lançou um único disco, autointitulado, em 1991 pela A&M.

 

Chris Cornell, vocalista do Soundgarden e Audioslave (Foto: Jeff Lipsky/Divulgação)

 

TRAJETÓRIA

 

Christopher John Boyle, nascido em Seattle, no estado de Washington, em julho de 1964, há alguns anos, havia se convertido à religião católica ortodoxa grega.

Foi à frente do Soundgarden que Cornell fez história. Viveu, naqueles anos em Seattle, no epicentro do grunge, com o melhor e pior que o rock poderia trazer. Dividia um apartamento com Andrew Wood, vocalista da banda Mother Love Bone, morto ainda antes de lançar o primeiro disco do grupo, após uma overdose de heroína, em 1990.

Quando criou o Soundgarden, Cornell dividia as responsabilidades de baterista e vocalista. Para a sorte do mundo, ele deixou as baquetas de lado para se tornar um dos maiores cantores de rock que já se teve notícia.

Na explosão do grunge, o que era considerado música alternativa rompia sua bolha e chegava ao mainstream, nas rádios e TVs. Uma voz como a de Cornell, rouca e de alcance invejável nas áreas mais altas e notas mais agudas, era mais palatável do que outros vocalistas notáveis do movimento que ebulia em Seattle, como Eddie Vedder, do Pearl Jam, e, depois, Kurt Cobain, com seu arrebatador Nirvana.

Por isso, diante do potencial da voz de Cornell, o Soundgarden se tornou a primeira banda do grunge a assinar contrato com uma grande gravadora, depois de ter lançado o disco de estreia, Ultramega OK, de 1988, pelo selo indie SST Records.

Ao ingressarem no casting da A&M Records, a mesma do Guns N’ Roses, os integrantes foram rejeitados por parte dos fãs. Foram considerados vendidos para o sistema e para a indústria fonográfica. O segundo disco, Louder Than Love, de 1989, contudo, foi determinante para a caminhada de sucesso do grupo na rádios e na MTV.

Foi com Superunknown, álbum de 1994, que o Soundgarden atingiu seu ápice. O disco tinha singles como Spoonman, The Day I Tried to Live, Fell on Black Days e Black Hole Sun. Com ele, Chris Cornell e sua trupe chegaram ao topo da parada norte-americana.

Cornell culpou a indústria fonográfica como responsável pela tensão entre os integrantes do Soundgarden em meados da década de 1990. Em 1997, a banda anunciou que entraria em recesso por tempo indeterminado.

Uma voz como a de Cornell não ficaria calada por muito tempo. Logo, em 1999, ele lançou seu primeiro disco solo, Euphoria Morning, um trabalho com menos pancadas guitarreiras. Era o gogó aveludado de Cornell que ditaria as regras da sua carreira dali para frente.

Até mesmo ao se juntar com os integrantes do Rage Against the Machine, Tom Morello (guitarra), Tim Commerford (baixo) e Brad Wilk (bateria), para formar o Audioslave, Cornell não caiu no erro de esconder o potencial vocal que tinha. Pelo contrário, os anos que vieram, mesmo diante do abuso das cordas vocais ao longo das apresentações em público constante, mostraram um cantor cada vez mais capaz.

A carreira solo dele, seguida com discos Carry On (2007), Scream (2009), Songbook (2011) e Higher Truth (2015), se construiu em torno do que Cornell poderia fazer diante do microfone. Era avassalador.

Na última passagem pelo Brasil, ele seguiu por Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo. Veio acompanhado apenas por Bryan Gibson, que se revezava entre guitarra, piano e outros acompanhamentos sutis.

Mesmo que Cornell e o Soundgarden tenham feito as pazes, lançado um novo disco, chamado King Animal, em 2012, e até tocado no País no Lollapalooza, ele não tinha mais interesse naquela pancada sonora.

Em entrevista ao Estado, em novembro de 2016, Cornell dizia se divertir com a experiência de performances mais intimistas. “Talvez o Chris Cornell de 25 anos atrás não tivesse a mesma tranquilidade para fazer uma apresentação dessas como hoje”, admitiu o músico.

Com o Soundgarden, dizia ele, era necessário “seguir certos padrões de comportamento”. “Meu eu anterior possivelmente estaria preocupado demais em como estaria me apresentando, pensando em coisas que não deveria fazer. Minha posição como vocalista de uma banda como o Soundgarden não funciona como artista solo. Devo respeitar que se tratam de dois animais diferentes.”

Recentemente, ele promoveu reuniões de Audioslave e Temple of the Dog e ainda lançou um disco solo, Higher Truth, em 2015.

O músico lidou com vício em drogas e álcool durante muitos anos, chegando a se internar em uma clínica de reabilitação em 2013. Em 2012, ele e a esposa, Vicky, criaram a Chris & Vicky Cornell Foundation para trabalhar com crianças em situações vulneráveis. A ação foi baseada na experiência pessoal dos dois na tenra idade.

Cornell esteve no Brasil mais de uma vez para fazer shows. Em 2014, ele foi uma das atrações do festival Lollapalooza. Em dezembro de 2016, ele fez shows no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba.

Chris Cornell morreu em 17 de maio de 2017, aos 52 anos em Detroit, horas depois de se apresentar na cidade com o Soundargen, em uma turnê da banda pelos Estados Unidos.

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica – MÚSICA – CULTURA/ Por Pedro Antunes, O Estado de S. Paulo – 18 Maio 2017)

(Fonte: https://musica.uol.com.br/noticias – ENTRETENIMENTO – MÚSICA/ Com agências internacionais Do UOL, em São Paulo 18/05/2017)

(Fonte: http://rollingstone.uol.com.br/noticia – ROLLING STONE BRASIL – NOTÍCIA/ por REDAÇÃO 18 de Maio de 2017)

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