Casimiro Xavier de Mendonça, crítico de arte e curador. Revelou pintores, Siron Franco e Leonilson.

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Casimiro Xavier de Mendonça, crítico de arte, curador e um dos nomes mais respeitados do país em sua área. Desde que trocou o curso de Direito – e o projeto de ingressar na carreira diplomática – pelo jornalismo, em 1972, passou a imprimir sua marca nas artes plásticas do país. Curioso de ateliê, revelou pintores como Siron Franco e Leonilson. Pesquisador da arte brasileira, montou a sala mais elogiada da Bienal de São Paulo de 1989, uma retrospectiva do abstracionismo no país. Atento ao que os artistas brasileiros poderiam exportar, montou exposições na Europa, entre elas a da representação nacional na Bienal de Veneza de 1990. Analista minucioso do assunto que o apaixonava e capaz de escrever de uma forma que os leigos entendessem, Casimiro deixou livros marcantes sobre a obra da pintora Tomie Ohtake e da escultora Jeanete Musatti. Como jornalista, trabalhou no Jornal da Tarde e, entre 1981 e 1986, em Veja, onde além de escrever críticas ocupou o cargo de editor de artes e espetáculos.
Sempre demonstrou habilidade para separar o modismo do que é destinado à permanência.
Na vida pessoal, revelava um encanto especial que o tornava inesquecível para quem o conhecia. Nos últimos meses de sua vida, mesmo com a saúde abalada, desenvolvia projetos para um livro sobre a arte da Região Centro-Oeste, uma exposição sobre a cor branca na arte brasileira e outra sobre o vestuário no modernismo – temas típicos de sua personalidade inquieta.
Casimiro morreu dia 11 de janeiro de 1992, aos 44 anos, de meningite em consequência da Aids, em São Paulo.

(Fonte: Veja, 22 de janeiro, 1992 – Edição 1218 – Datas – Pág; 79)

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