Carlos Soria, primeiro político peronista a governar Río Negro desde a redemocratização da Argentina

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Carlos Soria (1° de março de 1949 – General Roca, 1° de janeiro de 2012), governador argentino da província de Rio Negro.

O governador da província de Rio Negro, que tinha assumido o cargo no dia 10 de dezembro de 2011, foi prefeito durante oito anos antes de assumir o novo posto, em General Roca no sul da Argentina.
Soria era do Partido Justicialista (peronista), o mesmo da presidente Cristina Kirchner, e foi o primeiro político peronista a governar Río Negro desde a redemocratização da Argentina em 1984.

Com 62 anos, ele venceu as eleições para governador por ampla margem em outubro de 2011, e tomou posse em 10 de dezembro de 2011. Ele venceu as eleições participando da coalizão Frente para a Vitória, derrotando o Partido Radical, que governava Río Negro. O filho de Soria, Martín, substituiu o pai como prefeito de General Roca após ele ter sido eleito governador.

Soria tinha assumido no dia 10 de dezembro, após ganhar as eleições de setembro com 50% dos votos e se transformar no primeiro peronista a chegar ao Governo de Rio Negro desde a restauração da democracia, no fim de 1983.

O governo de Rio Negro, na Patagônia argentina e uma das províncias fronteiriças com o Chile, passou às mãos de Alberto Weretilneck, que até agora era vice-governador e provém de uma força de centro-esquerda aliada ao peronismo.

Carlos Soria morreu após comemorações de Ano Novo com um tiro no rosto, foi um acidente doméstico com uma arma de fogo em sua casa. Soria e sua esposa haviam passado a festa de Ano Novo na chácara do casal, perto da cidade de General Roca. Por volta das 4h da madrugada, uma equipe de emergência recebeu uma chamada e foi até o local, onde encontrou o governador baleado na cama. Ele foi levado ainda com vida ao hospital mas morreu pouco antes das 5h, aos 62 anos.

Pouco antes da meia noite, Soria deu uma entrevista a uma estação local de rádio, expressando confiança e dizendo que 2012 será um grande ano para Río Negro, província patagônica que desenvolve rapidamente a mineração e a exploração petrolífera com investimentos estrangeiros. Rio Negro também tem estâncias turísticas na, sua parte andina, como Bariloche.

Empresas chinesas reativaram uma mina de minério de ferro e estão investindo mais de US$ 1 bilhão em projetos de irrigação para a produção agrícola, com o objetivo de exportar os alimentos à China. Río Negro também possui 1.400 fazendas pecuárias, com rebanhos de centenas de milhares de cabeças de gado.

Passado político

Embora Soria fosse um político destacado do Partido Justicialista, no passado ele entrou em choque com a presidente Cristina Kirchner. De acordo com o jornal Clarín, Cristina acusou Soria em 2002 de espionar seu marido, Néstor Kirchner. Na época, Soria chefiava a inteligência argentina e o presidente era Eduardo Duhalde, de outra facção do peronismo e rival do casal Kirchner.
Eles deixaram as diferenças de lado e Soria se elegeu prefeito da sua cidade natal, General Roca, cargo que ocupou durante oito anos e desafiando os radicais no governo da província, até conseguiu derrotá-los nas eleições do ano passado.

Na década de 1990, Soria liderou uma comissão do Congresso argentino que investigou o ataque a bomba em 1994 contra um centro judaico em Buenos Aires. Como ministro de segurança regional da capital argentina, na mesma época, ele também supervisionou a busca por corpos de desaparecidos durante a ditadura militar (1976-1983).
A presidente argentina, Cristina Kirchner, que depois de passar as festas de Ano Novo em sua casa na vila turística de Calafate, se comunicou com os familiares de Soria e transmitiu seu pesar.

(Fonte: www.oglobo.globo.com/mundo – BUENOS AIRES – 02/01/12)
(Fonte: www.br.noticias.yahoo.com – As informações são da Associated Press – Por AE – Agência Estado – dom, 1 de jan de 2012)

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