Carlito Carvalhosa, foi um dos maiores fenômenos da arte brasileira contemporânea, tendo conquistado curadores e colecionadores internacionais com sua obra

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Carlito Carvalhosa, um dos principais nomes da arte contemporânea no Brasil

Herdeiro estético de Hélio Oiticica e o primeiro artista brasileiro vivo a ter uma exposição solo no MoMA, em Nova York

 

Carlito Carvalhosa (São Paulo, 1961 – em São Paulo, 15 de maio de 2021), pintor e escultor, artista plástico foi um dos mais renomados contemporâneos brasileiros, teve obras expostas em São Paulo, Havana e em Nova York.

 

Aclamado no mercado internacional de curadores e colecionadores, Carvalhosa foi parte de um grupo importante da arte brasileira, formado a partir de um ateliê coletivo, montado em São Paulo entre 1982 e 1985, o Casa 7. De lá, também vieram nomes, como Nuno Ramos, Paulo Monteiro, Rodrigo Andrade, Fábio Miguez e Antonio Malta.

 

Carlito Carvalhosa foi um dos maiores fenômenos da arte brasileira contemporânea, tendo conquistado curadores e colecionadores internacionais com sua obra. Há dois dias o Museu Guggenheim de Nova York comprou um trabalho do artista, que participou de várias bienais, entre elas a 18ª. Bienal Internacional de Arte de São Paulo, em 1985, a Bienal de Havana, no ano seguinte, e a Bienal do Mercosul, em 2001 e 2009. É um dos poucos brasileiros que expôs no Museu de Arte Moderna de Nova York – sua exposição, em 2011, foi um marco histórico.

 

O início de sua carreira foi nitidamente marcado pela influência do construtivismo. Seus primeiros trabalhos, dos anos 1980, usam a cera sobre tela, criando peças translúcidas. O processo de construção dessas peças revelam as etapas de sua produção, assim como, nos anos 1990, suas esculturas tornam evidentes as formas dos cilindros que as moldavam.

 

Carlito estudou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), de 1980 a 1984. Fez um curso de gravura em metal no ateliê de Sérgio Fingermann (1953), entre 1980 e 1982, década em que integrou o grupo Casa 7, com Rodrigo Andrade (1962), Fábio Miguez (1962), Nuno Ramos (1960) e Paulo Monteiro (1961). Eles produziam, na época, pinturas gestuais de grandes dimensões, como era comum entre os neoexpressionistas alemães e a transvanguarda italiana.

 

O artista morou na Alemanha entre 1989 e 1992 com uma bolsa do Deutscher Akademischer Austauch Dienst (DAAD), o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico, trabalhando em Colônia. A extinta editora Cosac Naify publicou uma monografia a respeito de seu trabalho em 2.000, com textos de Alberto Tassinari, Rodrigo Naves e Lorenzo Mammì.

 

O artista participou das Bienais de São Paulo, Havana e do Mercosul. Junto com o fotógrafo Mauro Restiffe foi o primeiro a ocupar em 2016 o antigo prédio do Detran, que viria a ser a sede do Museu de Arte Contemporânea da USP, próximo ao Parque Ibirapuera. Na época, ele criou por lá a instalação Sala de Espera (2016).  Um de seus trabalhos mais recentes, Já Estava Assim Quando Cheguei (2019), pode ser visto no Sesc Guarulhos.

 

Ao lado de Paulo Monteiro, Fábio Miguez, Nuno Ramos e Rodrigo Andrade, Carvalhosa foi integrante da Casa 7, um grupo de amigos artistas que se reuniu na década de 1980 em um ateliê para trabalhar suas propostas estéticas comuns. Fortemente influenciados pelos neoexpressionistas alemães e a transvanguarda italiana, eles faziam, na época, pinturas gestuais de grandes dimensões. Construtivista, Carvalhosa trabalhava principalmente com cera sobre tela, criando peças translúcidas.

 

Na década seguinte, o artista paulista passaria a criar esculturas feitas em materiais diversos, consagrando-se como um herdeiro dos ideais plásticos de Hélio Oiticica, como aponta Luis Pérez-Oramas, que analisou sua obra em um livro e foi curador da mostra de Carvalhosa no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), em 2011 —o artista paulista tornou-se o primeiro artista brasileiro vivo a ter uma exposição solo no museu e ainda hoje é um dos poucos nomes que apresentaram seu trabalho na renomada instituição.

 

Tanto nos anos oitenta quanto nos anos noventa, o processo de construção de suas obras revelavam etapas da produção de cada uma delas —no caso das esculturas, por exemplo, é possível contemplar a forma dos cilindros que as moldaram.

Além da mostra histórica no MoMA, as obras de Carvalhosa também foram expostas em várias bienais, entre elas a 18ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, em 1985, a Bienal de Havana, em Cuba, no ano seguinte, e a Bienal do Mercosul, em 2001 e 2009.

Carlito Carvalhosa faleceu em 15 de maio de 2021 no Hospital Nova Star, em São Paulo, aos 59 anos, em decorrência de um câncer contra o qual lutou por mais de oito anos.

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – NOTÍCIAS / BRASIL / por Antonio Gonçalves Filho / fornecido por Microsoft News – 14/05/2021)

(Fonte: GAÚCHAZH – ANO 58 – N° 20.023 – 17 DE MAIO DE 2021 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 22)

(Fonte: https://brasil.elpais.com/cultura/2021-05-14 – CULTURA / ARTE / por JOANA OLIVEIRA – São Paulo – 14 MAI 2021)

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