Carl Gustav Jung, foi um dos pioneiros da arteterapia, que aplicou a arte à psicopatologia

0
Powered by Rock Convert

Foi fundador da escola analítica da psicologia

 

 

 

Carl Gustav Jung (Kesswil, Suíça, 26 de julho de 1875 – Küsnacht, Suíça, 6 de junho de 1961), célebre psicólogo e psquiatra suíço, a princípio discípulo e depois desafeto de Sigmund Freud, foi pioneiro da arteterapia, aplicou a arte à psicopatologia de forma mais estruturada e mais abrangente do que o modelo desenvolvido por Johann Christian Reil (1759-1813). Para Jung, a arte é parte integradora da personalidade, “a expressão mais pura para a demonstração do inconsciente de cada um”.

 

Em sua autobiografia Memórias, Sonhos, Reflexões (1955), Jung dedicou algumas linhas ao relato do caso de uma mulher que o deixara francamente intrigado. Contrariamente a seu hábito, Jung nem datou o caso nem, muito menos, declinou o nome da paciente. Sempre esteve claro, contudo, que raras vezes alguém que se deitara em seu divã o perturbara tanto.

 

(Fonte: ÉPOCA NEGÓCIOS – ANO 5 – N° 60 – Fevereiro de 2012 – INSPIRAÇÃO PARA INOVAR – Pág: 120/121)

 

(Fonte: Veja, 5 de outubro de 1983 – Edição 787 – LIVROS/ Por PAULO LEMINSKI – Pág: 128/129)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6 reflexões para entender o pensamento de Carl Jung

 

Nascido em 26 de julho de 1875, Carl Jung foi o psiquiatra suíço responsável por fundar a psicologia analítica, que explora a importância da psique individual e sua busca pela totalidade. Jung ajudou a popularizar termos comuns da psicologia, como “arquétipo”, o significado de “ego” e a existência de um “inconsciente coletivo”. Seu trabalho influenciou vários campos além da psicologia, como a antropologia, filosofia e teologia.

 

Como pesquisador em um hospital psiquiátrico na Suíça, Jung chamou a atenção de Sigmund Freud, fundador da psicanálise, e vários conceitos desenvolvidos pelos dois apresentam semelhanças, embora eles não tenham chegado a trabalhar juntos. Conheça as conclusões mais notáveis observadas por ele:

Nenhum indivíduo é totalmente introvertido ou extrovertido

Em Tipos Psicológicos, um de seus livros mais influentes, Jung analisa os padrões da personalidade e comportamento que compõem as singularidades de um indivíduo. Para o psiquiatra, todas essas características são resultado da maneira única como cada pessoa opta por utilizar suas capacidades mentais.

 

Como exemplo, Jung afirma que existem duas “atitudes” opostas, conhecidas como extroversão e introversão: cada indivíduo parece dividir sua energia entre o mundo externo e interno, em diferentes escalas. O introvertido se sente mais confortável com seus próprios pensamentos e sentimentos enquanto o extrovertido se sente “em casa” quando lida com outras pessoas e objetos, além de prestar mais atenção sobre seu impacto diante do mundo — introvertidos, por sua vez, costumam observar como o mundo ao seu redor os afeta. Jung foi um dos principais estudiosos sobre esse traço de personalidade e ajudou a popularizar o conceito.

 

 

Todas as pessoas carregam quatro funções cognitivas principais

 

 

Ao contribuir com sua teoria sobre “tipos” psicológicos, Jung também mostrou que pessoas pensam, sentem e experimentam o mundo de maneiras distintas. Ele identificou quatro funções psicológicas fundamentais: a sensação, pensamento, sentimento e intuição. Cada uma delas pode operar tanto através do indivíduo introvertido como do extrovertido. Normalmente, apenas uma dessas características é mais dominante — a chamada “função superior”. As demais funções são mantidas no inconsciente, menos notáveis e desenvolvidas.

 

 

Em poucas palavras, devemos ter uma função que indique algo que existe — a sensação —, outra, o pensamento, estabelece o que isso significa; a terceira declara se aquilo nos convém e se queremos aceitar essa coisa ou não — o “sentir” — e a última, a intuição, serve como uma percepção inconsciente das coisas, indicando “de onde vieram e para onde estão indo”.

 

 

Seres da mesma espécie compartilham semelhanças em suas “mentes inconscientes”

 

Segundo Jung, nascemos com uma herança psicológica, assim como a herança biológica. As duas são importantes para determinar traços de comportamento: “assim como o corpo humano representa um ‘museu de órgãos’, cada um com um longo período evolutivo por trás dele, devemos esperar que a mente também esteja organizada desta forma”, explicou. O psiquiatra enfatiza que o inconsciente coletivo é o centro de todo aquele material psíquico que não surge a partir da experiência pessoal. Seu conteúdo e imagens parecem ser compartilhados por pessoas de todas as épocas e culturas, enquanto o inconsciente pessoal envolve o passado e memórias de cada indivíduo. O conceito afirma que nossa mente já nasce com uma estrutura capaz de determinar seu desenvolvimento no futuro e sua interação com o meio em que vive.

 

 

Os elementos comuns no inconsciente coletivo são chamados de arquétipos, ideias e imagens herdadas para responder ao mundo de certas maneiras. Jung identificou-os ao notar que vários pacientes descreviam sonhos e fantasias que incluíam referências que não poderiam ser rastreadas em seus passados pessoais. O estudioso também observou que muitos desses elementos envolvem figuras e temas religiosos encontrados em diversas culturas e mitologias.

 

 

O ego é o centro do consciente humano

 

 

Para Jung, o ego é um dos principais arquétipos da personalidade e o centro da consciência. Ele fornece direção às nossas “vidas conscientes” e tenta nos convencer de que devemos sempre planejar e analisar nossas experiências conscientemente. A explicação é parecida com a versão do psicanalista Sigmund Freud: o ego surge do inconsciente e reúne várias memórias e experiências, desenvolvendo assim a verdadeira divisão entre o inconsciente e consciente.

 

 

Todo indivíduo assume uma “máscara” sobre o inconsciente coletivo

 

 

Outro arquétipo, a persona é a aparência que apresentamos ao mundo, o personagem que assumimos perante a sociedade, incluindo nossos papéis sociais, as roupas que vestimos e a maneira como nos expressamos. Todos os indivíduos passam por essa adaptação, que tem aspectos negativos e positivos. A persona pode ser crucial para o desenvolvimento da personalidade, quando o ego passa a se identificar com o papel que desempenhamos. De acordo com Jung, é comum derrubarmos essa identificação para aprender quem somos de verdade no processo de individualização, mas é possível que as pessoas também passem a acreditar de verdade nessa “máscara” ilusória da persona. Membros de grupos minoritários tendem a ter problemas de identidade causados pelo preconceito cultural e a rejeição social de seus personagens, por exemplo.

 

 

“Mesmo uma vida feliz não pode existir sem um pouco de escuridão”

 

Em entrevista ao jornalista Gordon Young, feita em 1960, Jung observa que a palavra “felicidade” perderia seu significado se não fosse equilibrada por um pouco de tristeza. “É compreensível que busquemos a felicidade e evitemos os momentos de pouca sorte”, explica. “Mesmo assim, a razão nos ensina que essa atitude não é razoável e o melhor seria encarar as coisas conforme elas surgem, com paciência e tranquilidade.”

(Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/02/6- CIÊNCIA / NOTÍCIA /  POR HUMBERTO ABDO – 23/02/2017)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Fonte: Veja, 29 de setembro de 1976 – Edição 421 – LIVROS/ Por Nirlando Beirão – Pág: 142/143)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Powered by Rock Convert
Share.