Cantor foi o primeiro artista brasileiro a assumir ser portador de HIV

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Cazuza

Agenor de Miranda Araújo Neto nasceu no Rio de Janeiro em 4 de abril de 1958.

A palavra “Cazuza” quer dizer, no Nordeste, moleque. Já o dicionário a define como “vespídeo solitário, de ferroada dolorosa”.

Cazuza era filho do produtor fonográfico João Araújo, que trabalhou como divulgador da gravadora Odeon e depois se tornou presidente da Som Livre. O próprio cantor chegou a ocupar um cargo no departamento artístico e na assessoria de imprensa da gravadora, em 1976.

Quando adolescente, Cazuza foi expulso do Colégio Santo Ignacio, após ser pego fumando maconha no corredor.

Antes de tentar a carreira artística, Cazuza prestou vestibular para o curso de Comunicação Social. Aprovado, abandonou a faculdade com menos de um mês de aulas.

Ele também realizou um curso de fotografia de sete meses na Universidade de Berkeley, na Califórnia, Estados Unidos.

Cazuza começou a cantar durante o curso de teatro que fez no grupo “Asdrúbal Trouxe o Trombone”, do ator Perfeito Fortuna. Durante a peça “Para-quedas do coração”, o futuro cantor descobriu sua vocação.

Foi Léo Jaime que indicou Cazuza para a vaga de vocalista do Barão Vermelho, banda da qual faria parte até 1985. O primeiro álbum do grupo foi gravado em apenas dois dias.

Entre os grandes ídolos do cantor aparecem Janis Joplin, Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran e Maysa.

Além de comporem a música tema do filme “Bete Balanço”, sucesso que os tornou populares entre o grande público, Cazuza e os integrantes do Barão Vermelho também atuaram no longa. O cantor voltaria a escrever para o cinema anos mais tarde, em uma parceria com Gilberto Gil. A canção “Um Trem Para as Estrelas” faz parte do filme homônimo de Cacá Diegues.

O cantor Ney Matogrosso declarou no programa “Fantástico” em 2003 que teve um breve romance com Cazuza e que ele foi o grande amor de sua vida.

Cazuza ganhou em 1988 dois prêmios Sharp, um como Melhor Cantor Pop-Rock e outro como Melhor Música Pop-Rock por “Preciso Dizer que te Amo”.

Depois que se separou do Barão Vermelho, Cazuza lançou cinco trabalhos solo em menos de quatro anos.

Em 1989, o cantor assumiu publicamente que era portador do vírus HIV, se tornando o primeiro artista brasileiro a fazê-lo. Também colaborou, na época, com uma campanha de conscientização sobre a doença e seus efeitos.

A capa da edição 1077 da revista “Veja”, de 26 de abril de 1989, traz Cazuza, pesando 40 quilos por conta da Aids, com a manchete “Uma vítima da Aids em praça pública”. Na foto, o cantor está quase careca e com os braços cruzados, com as mãos nos ombros. A imagem foi criticada por ser apelativa. Na entrevista, Cazuza declara: “Me sinto livre, sem medo de morrer”.

Em 7 de julho de 1990, Cazuza morreu no Rio de Janeiro.

Depois da morte do cantor, sua mãe fundou a Sociedade Viva Cazuza, de apoio às crianças com Aids.

Cássia Eller, em 1997, prestou uma homenagem a Cazuza gravando um disco com seus maiores sucessos. O trabalho se chama “Veneno Antimonotonia”.

Outra homenagem prestada foi a ópera-rock “Cazas de Cazuza”, que estreou em 2000 e tinha personagens inspirados nas canções do músico.

A diretora Sandra Werneck e o produtor Daniel Filho assumiram em 2002 o projeto de levar para o cinema a vida do cantor, no longa chamado “Cazuza — O Tempo Não Para”, que estreou em 2004. O elenco contou com Daniel Oliveira, no papel do músico, e Marieta Severo, como a mãe de Cazuza.

No dia 7 de julho de 2010, no 20º aniversário de morte de Cazuza, morreu Ezequiel Neves, jornalista e produtor musical do grupo Barão Vermelho, que ajudou a lançar o cantor no mundo musical.

(Fonte: www.guiadoscuriosos.com.br – 4/04/12)

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