Campos Machado, era advogado criminalista e foi deputado estadual por São Paulo por oito mandatos consecutivos, de 1987 até o início de 2023

0
Powered by Rock Convert

Ex-deputado Campos Machado

Advogado criminalista foi deputado estadual de São Paulo por 8 mandatos consecutivos.

Campos Machado no plenário da Alesp na época em que ocupou cargo no Poder Legislativo. (Foto: Daniel Teixeira/Estadão© Fornecido por Estadão)

 

 

Antônio Carlos de Campos Machado (nasceu em Cerqueira César, no Interior de São Paulo, em 31 de outubro de 1939 – faleceu em 6 de dezembro de 2024), ex-deputado estadual

Campos Machado era advogado criminalista e foi deputado estadual de São Paulo por 8 mandatos consecutivos, entre 1987 e 2023. Em 2023, se filiou ao Partido Social Democrático (PSD).

Perfil

Advogado criminalista, Antonio Carlos de Campos Machado nasceu em Cerqueira César, no centro-oeste paulista, e foi líder estudantil na juventude, quando presidiu a União Operária Estudantil e o Movimento Jovem Jânio Quadros. Campos era um admirador do ex-presidente, de quem foi advogado, e foi por meio de Jânio que entrou na política.

Líder histórico do PTB em São Paulo, Campos Machado teve 35 anos de atuação como parlamentar, de 1987 a 2022. Nesse período, participou da elaboração de mais de 250 leis estaduais, entre elas uma das primeiras legislações antitabagistas do estado, em 1995, e o pacote de medidas contra a Covid-19, em 2020.

Campos Machado disputou ainda a Prefeitura de São Paulo em 1996 e foi candidato a vice-prefeito da capital na chapa de Geraldo Alckmin, em 2000 e 2008.

Em 1988, em uma chapa puro sangue, Campos Machado foi vice na chapa de Marco Antonio Mastrobuono na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Eles terminaram na sexta colocação com 35.225 (0,84%) votos. Já em 1996, o político foi candidato a prefeito da capital paulista e terminou na 7ª posição com 28.479 (0,54%) dos votos.

Em 2000, Campos Machado foi vice na chapa de Geraldo Alckmin. Eles terminaram na terceira posição com 952.890 votos (17,26%). Na ocasião, por pouco a dupla não foi ao segundo turno contra Marta Suplicy (à época no PT). O segundo colocado foi Paulo Maluf, com 960.581eleitores (17,40%).

Em 2020, com a radicalização de Roberto Jefferson no comando do PTB em apoio a Jair Bolsonaro, o parlamentar rompeu com a legenda que integrou por três décadas. Teve uma breve passagem pelo Avante, partido pelo qual disputou sua última eleição, em 2022, mas não se reelegeu. Em 2023, filiou-se ao PSD. Nos últimos meses, dedicou-se à criação de uma frente política apartidária, a SP Frente Cidadã, com o apoio de Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab.

Deputado estadual, Campos Machado disputou a Prefeitura de SP e trabalhou com Jânio Quadros

Antonio Carlos Campos Machado nasceu em Cerqueira César, no Interior de São Paulo, no dia 31 de outubro de 1939. Advogado, tornou-se conhecido ao trabalhar para o ex-presidente da República Jânio Quadros – seu padrinho político.

Campos Machado estreou como deputado estadual na 11ª Legislatura, em 1987, segundo dados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Depois, ele foi eleito nas eleições seguintes (1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018).

A dupla Alckmin-Machado voltou a disputar a Prefeitura de São Paulo em 2008. Eles terminaram aquele pleito na terceira posição com 22,48% (1.431.670) dos votos válidos. O político foi filiado ao PTB (do fim da década de 1980 até 2020). Depois, tornou-se filiado do Avante e, desde agosto do ano passado, estava no PSD.

Campos Machado foi influente na política paulista enquanto ocupou cargo de deputado estadual. Articulado, ganhou respeito de figuras notáveis do mundo político, como o hoje vice-presidente Geraldo Alckmin e o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.

Em 2023, entre seus últimos atos na política, lançou a Frente Parlamentar “SP Frente Cidadã”. A ideia de Campos Machado era formar novas lideranças políticas e fortalecer a democracia por meio de um movimento apartidário.

Em 2013, Campos Machado apresentou a Proposta de Emenda à Constituição do Estado de São Paulo 1/2013, que retirava poderes de investigação por parte de promotores de Justiça. A habilidade para articular fez com que a proposta tramitasse por meses na Alesp e recebesse parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça do Poder Legislativo.

À época, Campos Machado afirmava que muitos promotores cometiam “abusos” em suas investigações. A PEC de Campos Machado previa que as investigações sobre improbidade que envolvam secretários de Estado, prefeitos e deputados ficassem sob responsabilidade exclusiva do procurador-geral de Justiça, chefe do Ministério Público.

Com a pressão popular, a PEC foi deixada de lado por parlamentares da Alesp. À época, Campos Machado tentou manter a tramitação da proposta, mas sem apoio não foi adiante. Ele se referia ao projeto como “PEC da Dignidade”, enquanto popularmente a proposta ficou conhecido como “PEC da Impunidade”.

Campos Machado faleceu no sábado (6), aos 84 anos. Em nota, a família informou que o parlamentar “lutou bravamente nos últimos dias contra um quadro grave de leucemia”.

O corpo do ex-deputado foi velado na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp). A despedida foi aberta ao público. O sepultamento acontecru no domingo (7), às 10h, no Cemitério Parque Morumby, na Zona Sul da capital paulista.

Felicio Ramuth, vice-governador de São Paulo, também homenageou o ex-deputado nas redes sociais. “É com muita tristeza que recebemos hoje a notícia do falecimento do ex-deputado estadual Campos Machado, um grande nome da política que trabalhou muito em prol de SP e Brasil. Em todas minhas campanhas recebi o apoio dele e transmito meus sentimentos aos familiares e amigos”.

Campos Machado deixa a esposa, Wilma, e três filhos.

(Direitos autorais: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/01/06 – SÃO PAULO/ NOTÍCIA/ Por g1 — São Paulo – 

(Direitos autorais: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – Estadão Conteúdo/ NOTÍCIAS/ BRASIL/ História por Heitor Mazzoco e Juliano Galisi – 06/01/2024)

Powered by Rock Convert
Share.