“Cada mulher que não tenho é uma música que faço.” Antonio Carlos Jobim (1927-1994), o maior compositor brasileiro do século XX

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Tom Jobim: Brasil ama Garrincha, mas precisa aprender a amar Pelé

Relembre frases do maior compositor brasileiro do século XX

 

Tom: "Garoto de Ipanema, cidadão do mundo" (Foto: Fernando Pimentel/VEJA)

Tom: “Garoto de Ipanema, cidadão do mundo” (Foto: Fernando Pimentel/VEJA)

 

O maestro Tom Jobim (1927-1994), foi também um grande frasista, contador de causos e piadista. 

Segue algumas de suas melhores tiradas – e também desabafos: 

“Vivo me justificando das coisas que não disse. O pessoal inventa tanta coisa que no fim você não tem tempo de ser todas elas.” 

“Hoje em dia eu sou arrimo de família. Tudo é comigo: papai, furou um pneu, vovô, eu estou chegando, etc. e tal.” 

“O voo direto para o Rio acabou. Precisa parar em São Paulo antes. Acabou o samba do avião.” 

“No Brasil é tudo é importado: eu, você, a língua, os índios, a cana-de-açúcar e o café.” 

“Dizem que eu fico copiando música dos outros. Isso me tiraria todo o prazer da criação.” 

“O que balança mesmo é a música dos Estados Unidos, Cuba, Caribe e arredores e Brasil. O resto é valsa.” 

“Minha vida é extraordinariamente monótona. Não tenho nem um robe roxo, que melhora a biografia de tantos compositores.” 

“Vou trocar as lentes dos meus óculos mais uma vez. Já estou na idade de olhar as garotas de longe. E o pior é que você vai ficando mais velho e as moças mais bonitas.” 

“Cada mulher que não tenho é uma música que faço.” 

“O louvor vem do povo, a canalhice da intelligentsia.” 

“Nunca fui um músico profissional, no sentido do compositor que só pensa em música.” 

“Não tenho muito tempo para ouvir música porque eu sou um músico. Como profissional, depois de um dia inteiro de trabalho, horas e horas sentado ao piano, você chega em casa exausto, não quer ouvir mais nada.” 

“Dediquei minha vida à música brasileira, porque já tem francês para escrever música francesa, americano para escrever música americana.” 

“Eu acho que universal mesmo é fazer samba. Quer dizer, um pintor universal é aquele que pinta bem o seu quintal. Agora, se o brasileiro vai querer pintar o quintal sueco, aí já fica mais difícil.” 

“Você ama, ama, ama o seu país. E o país te tortura, te prende, te tira as coisas. Que diabo é isso?” 

“Nunca vi país mais corrupto, mais burocrático do que o nosso.” 

“Quando desabafo digo coisas tristes, que sinto. Mas não sou eu quem fala mal do Brasil. É o Brasil que fala mal do Brasil.” 

“O Brasil tem tudo para dar certo, é um país riquíssimo, onde você pode ter cinco, seis colheitas por ano.” 

“Temos a mania da miséria. O Brasil não pode ver nada dar certo. O Brasil ama Garrincha, mas precisa aprender a amar Pelé. Ele deu certo e o Garrincha morreu na miséria.” 

“Tom e bom é a mesma coisa.” 

(Fonte: http://veja.abril.com.br – REVEJA – ENTRETENIMENTO/ Por Da redação – 25 jan 2017)

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