Bruce Jay Friedman, roteirista de ‘Splash – uma sereia em minha vida’
Friedman escreveu romances inspirados na vida, cheios de comédia irônica e sutil. Foi roteirista de ‘Rapaz solitário’ e ‘Antes só do que mal casado’.
Bruce Jay Friedman (Bronx, Nova York, 26 de abril de 1930 – 3 de junho de 2020), autor, dramaturgo e escritor, que disputou o Oscar por “Splash: Uma Sereia em Minha Vida” (1984).
O escritor, dramaturgo e roteirist, mais conhecido por sua contribuição ao script de “Splash: Uma Sereia em Minha Vida” (1984), foi indicado ao Oscar por seu trabalho no clássico oitentista, em que Tom Hanks interpretou um homem que se apaixona por uma sereia (Daryl Hannah). O escritor assinou o script com Lowell Ganz, Babaloo Mandel e Brian Grazer.
Inspiração autobiográfica
Nascido e criado em Nova York, Friedman estreou como novelista em 1962, com “Stern”, que escreveu enquanto trabalhava como editor de revistas na metrópole americana. A história de um casamento atribulado era autobiográfica — sua mulher na época era a modelo Ginger Howard.
Apesar dos problemas conjugais, os dois só se separaram em 1978, e Friedman eventualmente se casou novamente, com a fotógrafa Patricia O’Donohue.
Cinema
As tramas de comédia afiadas de Friedman logo chamaram a atenção de Hollywood. O conto “A Change of Plan”, em que um rapaz descobria após o casamento todos os defeitos de sua nova mulher, virou o filme “Corações em Alta”, de 1972.
O longa, originalmente dirigido pela comediante Elaine May, foi indicado a dois Oscar e gerou o remake “Antes Só do que Mal Casado” (2008), com Ben Stiller no papel principal. A comédia “Rapaz Solitário” (1984), com Steve Martin, foi inspirada em outro de seus livros.
Friedman também assinou scripts para “Loucos de Dar Nó” (1980, com Gene Wilder e Richard Pryor) e “Doutor Detroit e as Mulheres” (1983, com Dan Aykroyd). Como ator, fez participações em filmes como “A Outra” (1988), “Maridos e Esposas” (1992) e “Mensagem Para Você” (1998).
Friedman escreveu romances de comédia irônica e sutil como “Stern” e “About Harry Towns”. Ficou conhecido por seus roteiros para “Splash – Uma sereia em minha vida”, para o qual foi indicado ao Oscar em 1985, e “Louco de dar nó”.
As histórias de angústia moderna de Bruce Jay Friedman atraíram fãs e críticos de peças, filmes e livros. Seus sucessos no palco incluíram “Scuba Duba” e “Steambath”, enquanto os leitores de ficção gostaram de “Stern”, uma infeliz transição de um judeu urbano para a vida suburbana; e “About Harry Towns”, as aventuras sexuais e de drogas de um roteirista que não é capaz de desfrutar de sua liberdade.
Autor de mais de uma dúzia de livros, Friedman era um enigmático favorito de Hollywood, fosse por seu trabalho em “Splash”, pelo qual ele compartilhou uma indicação ao Oscar, ou como autor de uma tirinha sobre a despedida de solteiro que se tornou a comédia de Steve Martin “Rapaz Solitário”. Seus créditos de ator incluíam “Você Recebeu e-mails”, de Nora Ephron, e “Maridos e Esposas”, de Woody Allen”.
Sua vida profissional foi refletida por uma vida social de primeira classe. Ele conversou com Philip Roth e William Styron, suportou as provocações bêbadas de Norman Mailer, almoçou com Mel Brooks e participou de uma festa de aniversário para Richard Pryor, ator de “Loucos de dar nó”.
Entre seus amigos mais íntimos estavam dois dos autores mais populares das décadas de 1960 e 1970, Joseph Heller e Mario Puzo. Em suas memórias de 2011, “Lucky Bruce”, Friedman lembrou-se de Puzo discutindo um livro em que estava trabalhando e perguntando a Friedman o que ele achava do título.
Friedman, descendente de imigrantes judeus, nasceu e cresceu na cidade de Nova York e estudou jornalismo na Universidade do Missouri. Ele adorava histórias de aventura quando criança e começou a pensar seriamente em escrever um romance na Força Aérea no início dos anos 50, quando um oficial comandante lhe deu cópias de “O apanhador no campo de centeio”, de JD Salinger, “Of time and river”, de Thomas Wolfe, e “From Here to Eternity”, de James Jones.
“Eu li os livros quase em um fim de semana e foi minha única epifania: um judeu pode ter uma epifania”, ele disse ao “The Believer” em 2008. “Eu pensei: ‘Não seria maravilhoso tentar algo assim?’”
O filme de 1984 foi uma recompensa mista para Friedman, que compartilhou uma indicação ao Oscar com outros três por melhor roteiro, mas cujo roteiro original foi substancialmente revisado.
“Eu senti que tinha sido barateado. Mas não havia como discutir com os resultados ”, ele escreveu mais tarde. “Ganhei algum dinheiro. As meninas continuavam me dizendo o quanto elas adoraram o filme”.
Bruce Jay Friedman faleceu aos 90 anos. O autor morreu em 3 de junho de 2020, em Nova York, nos Estados Unidos.
(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2020/06/04 – POP & ARTE / NOTÍCIA / Por Associated Press – 04/06/2020)
(Fonte: https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2020/06/04 – ENTRETENIMENTO / NOTÍCIAS / ENTRETÊ / FILMES E SÉRIES / Por Do UOL, em São Paulo – 04/06/2020)