Teatrólogo e jornalista
Ícone da dramaturgia alagoana
Bráulio Leite Júnior (Maceió, 24 de dezembro de 1932 – Maceió, 27 de fevereiro de 2013), ator, teatrólogo, escritor e jornalista. O artista contribuiu durante muitos anos não só para o engradecimento da dramaturgia em Alagoas, mas também para as várias vertentes das artes.
Bráulio Leite Júnior
Bráulio Leite Júnior passou muito tempo contribuindo para a cultura do estado e mesmo aposentado quando escolheu um sítio em Paripueira para morar – , não deixava de se atualizar sobre o que estava acontecendo. Ele tinha 81 anos e após uma semana internado, faleceu em decorrência de problemas respiratórios.
O ator dirigiu o Teatro Deodoro durante três décadas e contribuiu para a implantação do Teatro de Arena, Centro de Belas Artes, Museu da Imagem e do Som (Misa) e a Sala de Concertos Heckel Tavares. Ele também é autor de várias obras literárias como As artes cênicas nas Alagoas nas décadas de 20/30 e Histórias de Maceió.
Bráulio Leite morreu em 27 de fevereiro de 2013, vítima de insuficiência respiratória, aos 81 anos em Maceió.
Segundo Ricardo Nogueira, amigo de Braúlio, o ator era apaixonado por Alagoas e pelo teatro. Ele já havia recebido vários convites para atuar no Rio de Janeiro, São Paulo e até Portugal, mas nunca aceitou, escolheu ficar no estado . Sua morte foi uma perda muito grande não só para nós, mas também para a dramaturgia alagoana, afirmou.
Entre as lembranças do amigo, Nogueira conta causos a exemplo dos relatos feitos pelo próprio Bráulio. Ele sempre contava uma história de que quando o ator Procópio Ferreira vinha atuar em Maceió e estava no camarim, pedia um chá, que na verdade era aguardente, e que a Bibi Ferreira ficava atenta a movimentação para impedir o pai de beber. Bráulio dizia para ela que não poderia fazer nada já que era o desejo de Procópio diz.
O teatrólogo Ronaldo de Andrade vê a morte de Bráulio como uma perda de parte da memória do teatro no estado. O Braúlio vinha há muito tempo sendo uma memória viva do teatro, principalmente para pesquisadores do gênero. Ele era um artista que sempre estava fomentando e desenvolvendo a cultura em Alagoas. Quem precisasse pedir ajuda ao Bráulio, não era desamparado disse.
Nas décadas de 70 e 80 Braúlio se tornou um burocrata de importância grande para as artes em Alagoas. Ele conseguiu junto ao governador a criação do Museu da Imagem e do Som, do Teatro de Arena e do Centro de Belas Artes. Com sua morte, um pedaço da história do teatro morre com ele relata Andrade.
(Fonte: http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/02 – Do G1 AL – 27 de fevereiro de 2013)