Bernard Haitink, liderou grandes orquestras internacionais, como a Orquestra Real do Concertgebouw, a Orquestra Filarmônica de Londres, a Ópera Estatal de Dresden, a Orquestra Sinfônica de Boston, e foi membro honorário da Filarmônica de Berlim

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Maestro holandês

O renomado maestro holandês Bernard Haitink, foi líder de grandes orquestras internacionais

 

Bernard Johan Herman Haitink (Amsterdã, 4 de março de 1929 – Londres, 21 de outubro de 2021), renomado maestro holandês, liderou as melhores orquestras do mundo em Londres, Amsterdã, Chicago e Dresden, em uma carreira de 65 anos.

 

Bernard Haitink liderou grandes orquestras internacionais, como a Orquestra Real do Concertgebouw, a Orquestra Filarmônica de Londres, a Ópera Estatal de Dresden, a Orquestra Sinfônica de Boston, e foi membro honorário da Filarmônica de Berlim. O repertório dele é extenso, e inclui sinfonias completas de Beethoven, Brahms, Schumann, Tchaikovsky, Bruckner, Mahler, Shostakovich e Ralph Vaughan Williams.

 

Nascido em Amsterdã em 1929, Haitink ganhou muitos prêmios e foi uma figura importante na cena da música clássica do Reino Unido.

Mesmo em seus últimos meses no pódio, suas apresentações com a Orquestra Sinfônica de Londres foram descritas como “arrebatadoras”.

Haitink fez mais de 450 gravações e viu em seu trabalho abraçar a orquestra sem sufocá-la.

Foi na Holanda que Bernard Haitink construiu sua reputação como maestro, iniciando sua carreira musical como violinista após passar grande parte de sua infância sob ocupação nazista.

Sua grande oportunidade veio com a Rádio Filarmônica da Holanda e em seis anos ele foi convidado para assumir o comando da Orquestra Concertgebouw em Amsterdã.

Haitink tocou com quase todas as grandes orquestras do mundo, notadamente no Reino Unido com a Filarmônica de Londres, Royal Opera e Glyndebourne Festival Opera.

O primeiro baile de formatura de Haitink no Royal Albert Hall foi a Sétima Sinfonia de 65 minutos de Bruckner em 1966, e 53 anos depois ele executou a mesma sinfonia lá pela última vez.

Haitink era bem conhecido nos Estados Unidos por seu tempo nas orquestras Sinfônicas de Chicago e Boston e na Alemanha por liderar a Staatskapelle Dresden e a Filarmônica de Berlim.

O maestro-chefe do Staatskapelle, Christian Thielemann, disse na sexta-feira que ele foi “um dos maestros mais importantes do nosso tempo”.

Bernard Haitink faleceu em 21 de outubro, aos 92 anos, em Londres.

Bernard Haitink foi um maestro de poucas palavras e de conquistas que outros regentes de egos inflados teriam espalhado mundo afora. Quebrou paradigmas ao gravar a primeira integral da Sinfonia de Shostakovich com a Orquestra do Concertgebouw. A opinião é do crítico musical João Marcos Coelho, ao examinar o legado do regente holandês.

João Marcos falou sobre Bernard Haitink na coluna musical do dia 18 de outubro, quando abordou o concerto histórico da Filarmônica da Rádio Holandesa, gravado em 2019 e recém-lançado em CD. A apresentação da Sinfonia  7 de Bruckner fez parte dos concertos de despedida do maestro, antes de sua aposentadoria oficial.

“Ainda adolescente, estudante de música, conheci Shostakovich, Bruckner e Mahler – a sério – com Haitink”, destaca o crítico musical. Segundo ele, o holandês foi um dos últimos de uma linhagem ilustre de maestros que dominaram a era de ouro da gravação do século 20: desde os Lps de 10 e 12 polegadas, o CD, até o streaming e a música digital. Ao todo foram mais de 400 gravações.

Por 27 anos ele foi o maestro-chefe, famoso por suas interpretações de Mahler e Bruckner. O Concertgebouw disse na sexta-feira que lamenta a perda de seu “amado maestro honorário”.

“Quando ele pega o bastão, é como se a eletricidade fosse ligada”, disse certa vez sua esposa Patricia. “Quando acaba, ele se confronta consigo mesmo novamente.”

A Royal Opera House disse que ele era mais conhecido durante seu período lá, de 1987 a 2002, por sua interpretação de Wagner. O CEO Alex Beard falou de um verdadeiro cavalheiro cuja “autoridade silenciosa e profundo cuidado e respeito por seus colegas artistas inspiraram e foram além das palavras”.

A família real holandesa afirmou em comunicado que “o ímpeto e a finesse musical de Haitink são inesquecíveis”, revelando a alma de compositores como Mahler, Bruckner, Beethoven e muitos outros.

(Fonte: https://www.bbc.com/news/entertainment-arts- ENTRETENIMENTO / ARTES – 22 de outubro de 2021)

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/entretenimento/noticias – ENTRETENIMENTO / NOTÍCIAS / por Cirley Ribeiro por Cultura FM – 103,3 – 22/10/2021)

O jornalista e crítico musical João Marcos Coelho fala sobre música diariamente no Estação Cultura.

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