Benedito Nunes, escritor e filósofo paraense, crítico literário e de arte.

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Benedito Nunes(Belém do Pará (PA), 21 de novembro de 1929 – Belém do Pará (PA), 27 de fevereiro de 2011), escritor e filósofo paraense, crítico literário e de arte.

Benedito José Viana da Costa Nunes foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará, posteriormente incorporada à Universidade Federal do Pará (UFPA). Por A Clave do Poético, ele recebeu o prêmio Jabuti na categoria crítica literária, em 2010. Também em 2010, ganhou o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras (ABL) pelo conjunto da obra. Em 1989, publicou O Drama da Linguagem – Uma Leitura de Clarice Lispector, um ensaio literário sobre a escritora.

Nunes era crítico literário e de arte, e sua primeira análise foi sobre as obras da escritora Clarice Lispector.

Benedito Nunes, 81 anos, morreu no dia 27 de fevereiro de 2011, em Belém (PA).
(Fonte: Zero Hora – Memória – 03/03/2011)

Benedito José Viana da Costa Nunes ou, simplesmente, Benedito Nunes, nascido em
Belém do Pará, em 21 de novembro de 1929, é uma daquelas inteligências fulgurantes
que, de tempos em tempos, riscam o firmamento intelectual brasileiro, deixando atrás de
si um pensamento original, inovador, capaz de modificar a percepção que os contemporâneos
têm de seu tempo, de como ele chegou a ser o que é e do que pode vir a ser.

Um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará, fez mestrado na Sorbonne, em
Paris, quando assistiu a cursos de Merleau-Ponty e Paul Ricoeur. Ensinou depois literatura
e filosofia na Universidade Federal do Pará (UFPA) e em outras universidades do
Brasil, da França e dos Estados Unidos.

Com Maria Sylvia Nunes, sua mulher, e Angelita Silva, sua cunhada, foi fundador
do Norte Teatro-Escola, posteriormente encampado pela UFPA. A encenação de Morte e
vida severina, de João Cabral de Melo Neto, no 1º Festival Nacional de Teatro Amador
(1958), no Recife, valeu a Benedito Nunes prêmio de melhor adaptação teatral e a Maria
Sylvia, o de melhor direção.

O intelectual paraense publicou grande número de artigos e resenhas em jornais
regionais e de circulação nacional sobre filosofia e manifestações da cultura popular e
erudita: cinema, dança, artes plásticas, literatura etc. Sua obra em livro foi inaugurada
com Passagem para o poético: filosofia e poesia em Heidegger (1968). Vieram a seguir O
dorso do tigre (ensaios literários e filosóficos) (1969); João Cabral de Melo Neto (1974); Oswald
Canibal (1979); O tempo na narrativa (1988); O drama da linguagem, uma leitura de Clarice
Lispector (1989); Introdução à filosofia da arte (1989); A filosofia contemporânea (1991); No
tempo do niilismo e outros ensaios (1993).

Em 1998 Benedito Nunes aposentou-se como professor titular de Filosofia pela UFPA
e recebeu o título de Professor Emérito. No mesmo ano foi agraciado com o Prêmio
Multicultural Estadão. Veio a lume então Crivo de papel (ensaios literários e filosóficos);
no ano seguinte, em co-autoria com Maria José Campos, organizou Hermenêutica e poesia:
o pensamento poético, reeditado em 2001 e 2007. Em 2000 publicou Dois ensaios e
duas lembranças e O Nietzsche de Heidegger. Em 2002 saiu Heidegger e Ser e Tempo. E Crônica
de duas cidades: Belém e Manaus, escrito com o romancista amazonense Milton Hatoum,
foi lançado em 2006.

(Fonte: www.scielo.br – outubro de 2006)

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