Audrey Hepburn, foi imortalizada como ícone do cinema e da moda por seu papel em Bonequinha de Luxo.

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Audrey Hepburn (4 de maio de 1929 – 20 de janeiro de 1993), a última heroína romântica na tela, modelo e embaixadora do Unicef, eleita em 2009 a atriz de Hollywood mais bonita da história.

Atriz foi imortalizada como ícone do cinema e da moda por seu papel em “Bonequinha de Luxo”

Imortalizada por filmes como “A Princesa e o Plebeu” (1953), “Sabrina” (1954) e “Bonequinha de Luxo” (1961), a atriz é um dios ícones da chamada Era de Ouro de Hollywood.

Audrey Kathleen Ruston nasceu na Bélgica e iniciou sua carreira como bailarina em 1944, aos 13 anos, momento em que a Europa vivenciava os momentos finais da Segunda Guerra Mundial. Nessa época, a jovem passou fome, sofrendo de anemia e problemas respiratórios causados pela má nutrição.

Ao término do conflito, Hepburn mudou-se com a família para Amsterdã, onde passou a estudar balé profissionalmente. Em 1948 a jovem foi para Londres, onde participou de dezenas de musicais e posteriormente ingressou no cinema. Seus primeiros papéis significantes foram em “Secret People” e “Monte Carlo Baby”, ambos de 1952.

No set de filmagens Hepburn conheceu a autora Colette, que a escalou para protagonizar o musical da Broadway “Gigi”. O sucesso da produção rendeu à atriz o papel principal em “A Princesa e o Plebeu”, filme pelo qual recebeu o Oscar, o Bafta e o Globo de Ouro de melhor atriz em 1953.

A partir daí Hepburn se tornou a queridinha de Hollywood. Suas produções seguintes foram “Sabrina” (1954), ao lado do galã Humphrey Bogart, e “Guerra e Paz” (1956), em que dividiu a tela com o astro Henry Fonda e seu marido na época, Mel Ferrer.

No restante dos anos 1950 Hepburn trabalhou ao lado de famosos de Hollywood no período, como Fred Astaire em “Cinderela em Paris” (1957), Gary Cooper em “Amor na Tarde” (1957), Anthony Perkins em “A Flor Que Não Morreu” (1959), e Burt Lancaster em “O Passado Não Perdoa” (1960).

Mas seu maior sucesso ainda estava por vir. Em 1961 Hepburn foi convidada pelo diretor Blake Edwards para estrelar a adaptação do romance “Bonequinha de Luxo”, de Truman Capote. O filme, em que ela interpreta a acompanhante de luxo Holly Golightly, transformou a atriz não apenas em ícone do cinema, mas também da moda.

Apesar de protagonizar outras produções importantes, como o thriller “Charada” (1963), ao lado de Cary Grant, e a adaptação do musical “Minha Bela Dama” (1964), Hepburn nunca conseguiu desvencilhar sua imagem a “Bonequinha de Luxo”.

Dos quase 30 filmes em que Audrey atuou, três foram rodados na capital italiana: “A Princesa e o Plebeu” (de 1953, que a lançou à fama), “Guerra e Paz” (1956) e “Uma Cruz à Beira do Abismo” (1959). No entanto, os laços efetivos de Audrey com esta cidade foram além de seu trabalho como atriz. Roma foi a cidade que a permitiu levar uma vida normal após deixar o cinema, em 1968, para se dedicar ao “sonho preferido”, o de mãe.

O último papel de Audrey Hepburn no cinema foi no drama sobrenatural “Além da Eternidade” (1989), de Steven Spielberg. A atriz morreu em 20 de janeiro de 1993, aos 63 anos. Naquele mesmo ano, ela recebeu o Prêmio Humanitário Jean Hersholt como homenagem póstuma no Oscar. Audrey Hepburn dedicou os últimos cinco anos de sua vida às viagens. Ao todo, Audrey passou por mais de 20 países como embaixadora da Boa Vontade do Unicef, desde 1987 até sua morte, em 1993.
(Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema/2013-01-20 – CINEMA – iG São Paulo – 20/01/2013)

Biografia de Audrey Hepburn retrata sua ascensão e influência

Publicado na Espanha, livro sobre estrela hollywoodiana esmiuça vida e carreira

Não se sabe se foi sua elegância, seu rosto angelical, seu frescor na tela ou se foi o sangue aristocrático, o certo é que Audrey Hepburn, como em um conto de fadas, se transformou numa princesa de Hollywood. Tinha talento, graça e encantamento. “Audrey é um ícone, está acima da moda. Sua imagem é tão moderna como nos anos 60”, diz em entrevista à Agência Efe o escritor, jornalista e editor Juan Tejero, autor de “Audrey Hepburn, uma princesa na corte de Hollywood”, publicado na Espanha pela T&B Editores.

Embora sua vida sentimental tenha sido objeto de muitas biografias não autorizadas, a obra presta mais atenção na trajetória profissional e à infância da atriz do que a sua vida amorosa. “Ela teve uma infância difícil, mas após seu sucesso teve uma vida tranquila e discreta, alheia aos escândalos”, explica Tejero, especialista em cinema.

Nascida no seio de uma família aristocrática na Bélgica, Audrey Hepburn nunca gostou de falar sobre sua infância, um período muito pobre de afeto e que sempre foi tratado como tabu. “O abandono pelo pai foi o maior trauma de sua vida”, explica Tejero. O autor conta que a protagonista de “Bonequinha de Luxo” foi vítima da distante e severa personalidade de sua mãe. “Era fabulosa, tinha muito amor, mas era incapaz de expressá-lo”, garantiu a atriz em certa ocasião.

Infelizmente, a fome e a desnutrição tiveram presentes na infância da atriz. No final da Segunda Guerra Mundial, sua família não tinha leite, ovos, eletricidade ou água corrente. “Se alimentavam de tulipas, pão de ervilha e alimentos mais ou menos comestíveis”, relata Tejero. Nessa época, Audrey foi detida, mas, diante da distração de um soldado, conseguiu fugir e se esconder no porão de um prédio, onde permaneceu por um mês e “sobreviveu comendo maçãs e pão”.

Sua mãe pensava que houvesse morrido, mas Audrey saiu de seu esconderijo e voltou para casa, doente de icterícia. As duas decidiram se mudar para Londres, onde a protagonista de “Guerra e Paz” retomou suas aulas de balé e os estudos de Arte Dramática, enquanto a baronesa trabalhava como doméstica.

Com meia dúzia de papéis insignificantes no Reino Unido, a jovem atriz deslumbrou a Broadway com “Gigi”, papel que a transformou na mais promissora das estrelas da Paramount. E assim passou de Cinderela a princesa. “Era uma atriz completa, capaz de interpretar vários gêneros”, garante Tejero.

No início da carreira, com filmes como “A Princesa e o Pebleu” e “Sabrina”, correu o risco de ser classificada apenas como uma atriz de comédias românticas, mas após “Guerra e Paz”, demonstrou que era capaz de fazer papéis dramáticos. Nem sempre fez bons filmes, mas em todos deixou o selo pessoal de sua elegância, como “Quando Paris Alucina”, junto de seu primeiro marido, Mel Ferrer.

Em uma época dominada por atrizes voluptuosas e com curvas exuberantes, a atriz inovou com cabelo curto, sua magreza, calças corsários e os sapatos de salto alto. “Ela sabia olhar-se no espelho e amava a delicadeza. Seu estilo foi imitado por centenas de jovens. Enfeitiçou o mundo inteiro vestida por Givenchy”, diz Tejero.

O estilista cantava aos quatro ventos que a protagonista de “My Fair Lady” “tinha os ombros lindos, a cintura magra, os quadris estreitos e as pernas muito longas” e se questionava: “Há alguma mulher que não gostaria de ser Audrey Hepburn?”.

Poderia ter sido uma estrela maior, mas se aposentou para dar atenção à família. “Para ela, família era mais importante do que sua carreira”, acrescenta o autor. Embora tenha sofrido vários abortos, Audrey teve dois filhos e emprestou sua imagem para ajudar a crianças somalis como embaixadora da Unicef.

No entanto, apesar de dois casamentos, o segundo com o cirurgião Andrea Dotti, Audrey não teve sorte no amor. “Acho que amou mais do que a amaram”, conclui Tejero.

(Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema
EFE – CULTURA – CINEMA – 28/12/2010/25/10/12)

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