Annie Girardot (Paris, 25 de outubro de 1931 – Paris, 28 de fevereiro de 2011), atriz francesa
Vencedora do César o Oscar do cinema francês de melhor atriz coadjuvante por sua atuação em Les Misérables.
Annie Girardot começou a carreira em 1955 e conheceu o apogeu nos anos 1970, tendo participado de sucessos como Rocco e seus Irmãos.
Ganhou seu primeiro César em 1977 por Docteur François Gailland. A filmografia inclui Os Companheiros, Morrer de Amor e Viver por Viver. Annie morreu dia 28 de fevereiro de 2011, em Paris, aos 79 anos, vítima da doença de Alzheimer.
(Fonte: Zero Hora Memória – 01/03/2011)
Annie Girardot, atriz francesa, a heroína do filme Rocco e Seus Irmãos (1960), clássico absoluto do cinema mundial.
Annie estreou no cinema em Treize à Table (1955), de André Hunebelle, e fez uma dúzia de filmes franceses antes de ser selecionada por Luchino Visconti, em 1960, no seu primeiro grande papel dramático, ao lado do mito francês Alain Delon e do ator italiano Renato Salvatori, seu futuro marido.
Visconti tinha escrito a personagem Nadia para Jeanne Moreau, musa da novelle vague, mas ela não estava disponível. Como queria muito uma atriz francesa, Annie Girardot teve a grande chance de sua carreira. E agarrou com unhas e dentes. Não faltam críticos que sustentam que a atuação de Annie em Rocco e Seus Irmãos é simplesmente a maior interpretação feminina da história do cinema.
Destacou-se também em O Vício e a Virtude (1963), de Roger Vadim, Os Companheiros (1963), de Mario Monicelli, La Donna Scimmia (1964) e Dillinger Morreu (1969), ambos de Marco Ferreri, em Viver por Viver (1967), de Claude Lelouch, e Morrer de Amar (1971), de André Cayatte (1909-1989). Mas só veio a ganhar o seu primeiro prêmio francês em 1976: o César (o Oscar francês) de Melhor Atriz por seu papel em Docteur Françoise Gailland, de Jean-Louis Bertucelli (1942-2014), como uma médica sobrecarregada de trabalho, que negligencia a família, é traída pelo marido e abandonada pelo amante.
Após um começo de carreira marcado por papéis sensuais foi uma prostituta em Rocco e representou O Vício para Roger Vadim Annie se reinventou como a mulher oprimida do imaginário francês. Em seu auge, na década de 70, suas personagens frágeis e sem glamour lhe valeram a fama de anti-Brigitte Bardot do cinema francês curiosamente, as duas chegaram a contracenar em 1970, no filme A Noviça.
Destacou-se também em O Vício e a Virtude (1963), de Roger Vadim, Os Companheiros (1963), de Mario Monicelli, La Donna Scimmia (1964) e Dillinger Morreu (1969), ambos de Marco Ferreri, em Viver por Viver (1967), de Claude Lelouch, e Morrer de Amar (1971), de André Cayatte. Mas só veio a ganhar o seu primeiro prêmio francês em 1976: o César (o Oscar francês) de Melhor Atriz por seu papel em Docteur Françoise Gailland, de Jean-Louis Bertucelli, como uma médica sobrecarregada de trabalho, que negligencia a família, é traída pelo marido e abandonada pelo amante.
Após um começo de carreira marcado por papéis sensuais foi uma prostituta em Rocco e representou O Vício para Roger Vadim Annie se reinventou como a mulher oprimida do imaginário francês. Em seu auge, na década de 70, suas personagens frágeis e sem glamour lhe valeram a fama de anti-Brigitte Bardot do cinema francês curiosamente, as duas chegaram a contracenar em 1970, no filme A Noviça.
Annie se tornou a imagem idealizada da mulher comum, num contraste notável com a sexualidade exuberante das estrelas de sua época, criando uma identificação quase instantânea entre seus filmes e o público feminino.
Depois de algum tempo fora das telas na década de 80, ela retornou para viver nova fase de consagração e protagonizou um dos momentos mais emocionantes da história do César, quando recebeu o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante em 1996, por Os Miseráveis, de Claude Lelouch. Emocionada, disse na ocasião: Eu não sei se fiz falta ao cinema, mas senti uma falta louca e dolorosa do cinema francês.
Lelouch, por sinal, foi um dos cineastas que soube tirar o melhor da atriz. A cena final, sem diálogos, de Viver por Viver, sintetiza todo o filme em seu rosto. Ao ser informado da morte de Anne Girardot, o diretor a chamou de talvez a maior atriz do cinema francês do após-guerra. Ela permanecerá minha mais bela lembrança como realizador e como homem, completou.
Suas últimas interpretações importantes foram em dois filmes do austríaco Michael Haneke, A Professora de Piano (2002), em que viveu a mãe de Isabelle Huppert e pelo qual ganhou o seu terceiro César, e Caché, (2005), com Juliette Binoche. Mas ela filmou até 2007, cada vez com mais dificuldades.
A atriz sofria há vários anos do Mal de Alzheimer e se converteu num símbolo da doença depois de aceitar filmar o documentário E Assim Vai a Vida, de Nicolas Baulieu, que a acompanhou durante oito meses em 2007, retratando sua perda de memória. Agora, a Annie já não sabe nada de Annie Girardot, resumiu o cineasta no fim da obra.
Fez mais de 100 filmes e jamais será esquecida.
A atriz francesa Annie Girardot morreu em 28 de fevereiro de 2011, em um hospital de Paris, aos 79 anos que nos últimos anos enfrentou com coragem uma luta pública contra o Mal de Alzheimer.
O presidente francês Nicolas Sarkozy lamentou sua morte em nota oficial: Não é apenas uma das figuras mais inesquecíveis do cinema francês dos últimos 50 anos que nos deixa, mas uma atriz que brilhou em toda a Europa depois de ter encarnado o papel de Nadia, a heroína de Rocco e Seus Irmãos.
(Fonte: www.pipocamoderna.mtv.uol.com.br)