Andrea Branzi, arquiteto, designer e professor, junto a Paolo Deganello, Gilberto Corretti e Massimo Morozzi fundou a Archizoom Associati, estúdio de design experimental

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Andrea Branzi, arquiteto, designer e professor

 

 

Andrea Branzi (nasceu em 30 de novembro de 1938, em Florença, na Itália – 9 de outubro de 2023), considerado uma referência do design, da arquitetura e do planejamento urbano.

Andrea Branzi nasceu em 1938, em Florença, na Itália. O artista se formou, em 1966, na Escola de Arquitetura de Florença. Nos anos seguintes, fundou, junto a Gilberto Corretti, Paolo Deganello e Massimo Morozzi, o estúdio de design experimental Archizoom Associati. Com eles, desenvolveu a No-Stop-City – em que aplicou seus conhecimentos a respeito do planejamento urbano para um projeto acerca da utopia urbana.

 

Branzi é conhecido por criações como o sofá Superonda, de 1966, a cadeira Mies, de 1968, e o sofá modular Safari, de 1968. O artista buscava desafiar o entendimento comum de como os móveis devem ser utilizados.

Em 1973, o arquiteto e designer mudou-se para Milão, onde integrou a CDM (Consulenti Design Milano) ao lado de nomes como Clino Trini Castelli, Massimo Morozzi, Ettore Sottsass, Alessandro Mendini e Gianni Cutolo.

Entre os prêmios e homenagens conquistados pelo italiano, estão três Compasso d’Oro – prestigiado prêmio italiano de design industrial, em 1979, 1987 e 1995, respectivamente. Em 2008, foi nomeado Designer Real Honorário para a Indústria pela Royal Society para o Incentivo às Artes, Manufaturas e Comércio (RSA) no Reino Unido.

Andrea Branzi nasceu em 1938, em Florença, na Itália. Em 1966, se formou na Escola de Arquitetura de Florença. Junto a Paolo Deganello, Gilberto Corretti e Massimo Morozzi (1941-2014) fundou a Archizoom Associati, estúdio de design experimental. Com o grupo, projetou a No Stop City, utopia urbana pensada para ser fluida e abraçar a diversidade e a complexidade do mundo.

Entre as criações mais conhecidas de Branzi está o sofá Superonda, desenhado em 1967, para a Poltronova. A peça foi criada como uma forma de “provocar a forma como usamos os móveis”. Além desse, outros designs também têm destaque em sua carreira, como a cadeira Mies e o sofá modular Safari, ambos de 1968.

Como educador, o italiano ajudou a fundar a Domus Academy, em 1982, e foi professor titular da Faculdade de Design da Politécnica de Milão até 2009. Foi vencedor de três Compasso d’Oro, prêmio italiano de design industrial. Há 15 anos, foi nomeado designer real honorário para a indústria pela Royal Society para o Incentivo às Artes, Manufaturas e Comércio, a RSA, no Reino Unido.

Mais recentemente, em 2022, criou a luminária Maple Leaves.

Andrea Branzi faleceu aos 84 anos.

Em sua conta do Twitter, Stefano Boeri, que também é arquiteto e professor, homenageou o amigo, que descreve como um gigante do pensamento radical sobre espaços humanos.

“Andrea Branzi nos deixa um legado poderoso e inspirador de obras e textos “e um filme produzido há um ano pela Triennale [museu italiano]que em todos os aspectos é o seu testamento intelectual. Ele nos deixou pensando e planejando.”

Na homenagem publicada, Boeri ressalta ainda o legado deixado por Branzi em suas obras e textos, além de destacar o filme produzido há um ano pela Triennale “que é o seu testamento intelectual”, escreveu. “Ele nos deixou pensando e sonhando. Há poucas horas falamos com ele, Nicoletta e Emanuele Coccia para retomar o projeto de uma ‘Grande Paris’ atravessada por 50 mil grandes vacas sagradas – para que pudessem ‘reduzir o estresse metropolitano’. Ciao Andrea, continue sonhando conosco”, concluiu.

“É uma perda inestimável para o design. Participei de uma mostra onde ele foi o curador em 2011 na Triennale di Milano, The New Italian Design, quando ainda morava na Itália. O trabalho de Branzi é sem dúvida poético, e permanecerá eterno”, lamentou o designer carioca Brunno Jahara. “Andrea Branzi foi um dos pais do design italiano. Ele sempre foi muito visionário como artista e criativo, porque foi um dos primeiros a criar o conceito do design e arquitetura como um storytelling. Para contar uma história, explicar e, muitas vezes, provocar”, corrobora Giorgio Bonaguro.

Nas palavras, do artista visual e designer Rodrigo Almeida, “aos poucos perdemos as verdadeiras almas do design italiano. Os que entendiam que não existe design arte mas a arte do design”. Ele também citou uma das criações de Branzi que considera relevante: “Destacaria a série de objetos Animali Domestici, de 1985. Neste trabalho ele resgata uma série de códigos ancestrais unindo potência e rigor estético que é em minha opinião suas maiores marcas”.

Nas redes sociais, Humberto Campana, do Estúdio Campana, também lamentou a morte do italiano. “Andrea foi uma das pessoas que despertaram o artista que existia em mim através do seu trabalho inspirador. Ele me libertou dos meus medos e me estimulou a sair da minha zona de segurança. Me ensinou o direito de ousar”, escreveu o designer.

(Direitos autorais: https://www.msn.com/pt-br/estilo-de-vida/lifestylegeneral – Folha de S.Paulo/ ESTILO DE VIDA/ por (FOLHAPRESS) – SÃO PAULO, SP – 09/10/2023)

(Direitos autorais: https://www.casavogue.globo.com/design/gente/noticia/2023/10 – DESIGN/ GENTE/ NOTÍCIA/ Por Redação – 

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