André Courrèges, símbolo da revolução indumentária dos anos 1960 e autoproclamado pai da mini-saia

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Courrèges foi símbolo da revolução indumentária dos anos 1960.

Modelo Vestindo Nova em 1968 - (Foto: Divulgação)

Modelo Vestindo Nova em 1968 – (Foto: Divulgação)

André Courrèges (Pau (sudoeste da França) em 9 de março de 1923 – Paris, 7 de janeiro de 2016), estilista francês símbolo da revolução indumentária dos anos 1960,  e autoproclamado pai da mini-saia

André Courréges, foi um dos ícones da moda francesa do século XX, que popularizou a minissaia na década de 70, abriu sua própria companhia 11 anos depois, de onde lançou as minissaias e a calças para uma mulher até então nada habituada à peça.

As “pantacourt” (calças cropped larguinhas, tendência agora em 2016) foram outra das inovações apresentadas por um Courrèges cada vez mais futurista numa época em que o homem acabava de pisar na superfície lunar.

A assinatura fez grande sucesso durante várias décadas, mas foi perdendo o brilho até que em 1994 ele se retirou das passarelas, com uma breve volta de cinco anos à Alta Costura, que se encerrou completamente em 2002.

Entre vestidos curtos com linhas limpas, botas, toques de vinil e a onipresença do branco, sua cor favorita, Courrèges, que parou de trabalhar na década de 1990, captou o espírito da época e marcou seu tempo, soprando um vento de juventude e futurismo à moda.

Uma de suas musas foi a cantora Françoise Hardy, vedete dos anos 1960.

André Courrèges criou sua própria marca em 1961 com o apoio de Cristóbal Balenciaga, seu antigo mestre, e revolucionou o mundo da moda com propostas que, em sua época, chocaram os princípios conservadores da sociedade.

Nascido em Pau (sudoeste da França) em 9 de março de 1923, filho de um mordomo apaixonado por arquitetura e pintura, a década de 1960 foi, com certeza, a época mais efervescente da carreira do costureiro que, na verdade, era formado em engenharia civil. Começou a trabalhar no final da década de 1940 com o estilista Cristobal Balenciaga, que lhe ensinou o métier e com quem permaneceu 11 anos.

Não demorou para que seu talento fosse reconhecido no reduto fashion da época. Três anos depois de ter aberto as portas, ele lançou a coleção Space Age que foi muito importante para definir o futurismo tão característico da década.

Além disso, ao lado de Mary Quant, o estilista é creditado por ter popularizado a minissaia – criação que refletiu a revolução sexual e a emancipação da mulher. O intuito de Courrèges na moda era o de criar roupas que fosses libertadoras e funcionais. De acordo com ele, era visível que o mundo tinha mudado e que sua cliente tinha agora novos desejos mais ligados a conforto e a praticidade.

Por isso a sua insistência nos shapes retos e no branco, seu tom predileto. Democrático, o designer queria criar algo como um uniforme que pudesse valorizar todos os corpos. Como se isso não bastasse, ele também foi um dos grandes entusiastas do prêt-à-porter. Sua primeira loja em Paris foi aberta em 1967.

Jacqueline Kennedy, Gloria Guinness, Paulette Goddard, Françoise Hardy e a Duquesa de Windsor estão entre as notáveis mulheres que ousaram vestir as roupas criadas por ele.

Lá conheceu sua futura esposa, com quem abriu em 1961 a sua própria casa de moda que logo se tornou um sucesso fenomenal.

Seus desfiles eram impregnados de conceitos, com a instalação de uma enorme bolha transparente no Jardin des Plantes, em Paris, em 1980. Em 1985, investiu em um grande hotel de Tóquio para um evento de moda e música, durante o qual as maiores canções da música francesa foram interpretadas por 130 músicos.

Ele se aposentou na década de 90, mas sua grife protagonizou um famoso retorno na última Semana da Moda parisiense, pelas mãos dos jovens criadores Arnaud Vaillant e Sébastien Meyer.

Aposentou-se em 1994, passando a se dedicar à pintura e à escultura, e deixando sua esposa à frente da casa, finalmente vendida em 2011 para a dupla Frédéric Torloting e Jacques Bungert.

André Courrèges morreu aos 92 anos, em sua casa de Neuilly-sul-Seine, perto de Paris, após uma batalha de 30 anos contra a doença de Parkinson.

“Ao longo de sua vida, André Courrèges, com (sua esposa) Coqueline, não parou de avançar, de inventar para estar sempre à frente. Um criador visionário que anteviu o que seria o século 21 e que acreditava no progresso. E isso é o que torna Courrèges tão moderno hoje”, declararam Jacques Bungert e Frédéric Torloting, copresidentes do grupo Courrèges.

O presidente francês, François Hollande, afirmou, após saber da morte do estilista, que “André Courrèges marcou com sua digital a alta costura francesa”.

“Criador revolucionário, utilizou formas geométricas e materiais novos. Courrèges era um estilo e uma época”, ressaltou Hollande, ao enviar suas condolências a sua família e a sua casa de moda.

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/01 – POP & ARTE – Da France Presse – 08/01/2016)

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/europa – MUNDO – EUROPA – EFE – 8 JAN 2016)

(Fonte: Zero Hora – ANO 52 – Nº18.348 – 9 de janeiro de 2016 – TRIBUTO – Pág: 28)

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