Alfredo Colosimo, foi um dos grandes cantores líricos do país nos anos 50, 60 e 70

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Alfredo Colosimo (Rio de Janeiro, 30 de setembro de 1923 – 27 de agosto de 2009), cantor-tenor e professor de canto

Foi um dos grandes cantores líricos do país nos anos 50, 60 e 70. Além do grande repertório italiano, que interpretou em especial no Municipal do Rio de Janeiro, incluindo aí algumas turnês da companhia pela América Latina, participou de momentos históricos, como as estreias de “Izhat”, de Villa-Lobos, “O Contratador de Diamantes”, de Mignone, e “A Compadecida”, de José Siqueira. 

Dos anos 80 em diante reduziu bastante suas aparições no palco, apesar de continuar cantando até em 2008, em recitais com seus alunos, e passou a dedicar a maior parte de seu tempo ao ensino de canto (entre seus alunos está, por exemplo, o barítono Rodrigo Esteves).

A primeira apresentação do tenor foi em 1949, no Teatro do Estudante, no Rio de Janeiro, cantando “Madama Butterfly”. Logo no ano seguinte, estava nos palcos do Theatro Municipal do Rio, no papel principal da ópera “O Trovador”.

Nas décadas de 1950 e 1960, cantava em média 30 óperas por ano -incluindo apresentações na Argentina, Itália e Alemanha. “Cantou sem parar por 21 anos” até que as óperas começaram a rarear no Municipal.

Em um quarteto do Rigoletto do início dos anos 60, com a soprano Zilda Lourenço, o barítono Ricardo Villas e a mezzo Gesuína Pinheiro, Colosimo gravou no Teatro Francisco Nunes, em Belo Horizonte.

Passou a dar aulas, aos 48 anos. Dizia que todos têm um potencial artístico inato.

Ele mesmo descobriu o seu por acaso: criança, cantava a plenos pulmões, para descontentamento dos vizinhos, enquanto pegava água no poço perto da casa onde nasceu.

Alfredo Colosimo morreu dia 27 de agosto de 2009, aos 85 anos, após ter sofrido um enfarto na noite de 25. 

Foi aos versos de “Non ti scortar di me” (“Não te esqueças de mim”) que Alfredo Colosimo se despediu do público no último 1º de agosto. Menos de um mês após a apresentação, o tenor morreu, vítima de um infarto.

Homenageava Maria Teresa Pérez, “a mulher que ele mais amava”, sua ex-aluna, com quem casara havia 15 anos. Sua última apresentação pública foi na Academia de Música Lourenço Fernandes, onde lecionava.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0509200914 – TALITA BEDINELLI DA REPORTAGEM LOCAL – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA – 5 de setembro de 2009)

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(Fonte: http://blogs.estadao.com.br – JOÃO LUIZ SAMPAIO – 29/09/09)

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