Alexandre Marcondes Filho, ex-ministro do Trabalho, ex-ministro da Justiça, ex-ministro do Interior.

0
Powered by Rock Convert

Alexandre Marcondes Filho (São Paulo, 31 de agosto de 1892 – São Paulo, 15 de outubro de 1974), advogado, jornalista, ex-ministro do Trabalho, ex-ministro da Justiça, ex-ministro do Interior do governo Getúlio Vargas, ex-deputado federal, ex-senador, fundador do PTB, criador da “Hora do Brasil”, autor da Consolidação das Leis do Trabalho e numerosos trabalhos jurídicos. Marcondes Filho faleceu dia 15 de outubro de 1974, aos 82 anos, de insuficiência cardíaca, em São Paulo.
(Fonte: Veja, 23 de outubro de 1974 – Edição 320 – DATAS – Pág; 89)

Alexandre Marcondes Machado Filho nasceu em São Paulo, em 1892.

Advogado, diplomou-se em 1914 pela Faculdade de Direito de São Paulo. Após formar-se, exerceu o cargo de promotor público na capital paulista e tomou parte na fundação do Instituto dos Advogados de São Paulo. m 1926, elegeu-se vereador em São Paulo pelo Partido Republicano Paulista (PRP). No ano seguinte, obteve uma vaga de deputado por seu estado no Congresso Nacional. Como membro da bancada do PRP, foi partidário da candidatura presidencial de Júlio Prestes nas eleições de março de 1930. Apesar de vitorioso no pleito, Júlio Prestes foi impedido de assumir a presidência em função do movimento armado deflagrado em outubro daquele ano, que levou Getúlio Vargas ao poder.
Em 1932, deu apoio ao Movimento Constitucionalista, deflagrado em São Paulo contra o governo de Vargas. Com a derrota do movimento, afastou-se por alguns anos das atividades políticas. Após a instalação da ditadura do Estado Novo em novembro de 1937, foi nomeado vice-presidente do Departamento Administrativo do Estado de São Paulo (DAESP), órgão cuja finalidade era garantir o controle do governo federal sobre o estado de São Paulo, da mesma forma que se dava nos demais estados.
Em dezembro de 1941, foi nomeado ministro do Trabalho por Vargas. Em sua gestão no ministério, deu sequência e intensificou a implementação do controle estatal sobre as organizações sindicais. Em julho de 1942, assumiu também a pasta da Justiça, passando a acumulá-la com a do Trabalho. Em maio de 1943, foi decretada pelo governo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que efetivava e, em alguns casos ampliava, a legislação social e trabalhista implementada desde a subida de Vargas ao governo, em 1930.
Em 1945, com a crescente pressão social pela democratização do país, foi encarregado por Vargas de elaborar um projeto que garantisse ao próprio regime a condução do processo de abertura política. Elaborou, então, um documento que serviu de base à Lei Constitucional que convocava eleições para o executivo e legislativo, em âmbito federal e estadual. Dando sequência à readaptação das forças políticas governistas à nova realidade democrática, dedicou-se à organização do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), que buscava arregimentar o apoio obtido pelo regime entre os trabalhadores. Deixou o Ministério da Justiça em março de 1945, permanecendo na pasta do Trabalho até a deposição de Vargas, em outubro daquele ano.
Em dezembro seguinte, elegeu-se senador por São Paulo na legenda do PTB. Não pôde, porém, por motivos de saúde, participar dos trabalhos de elaboração da nova Carta constitucional, assumindo seu mandato somente após a sua promulgação. Em 1954, assumiu a presidência do Senado. Entre fevereiro e abril de 1955, durante o governo de Café Filho, voltou a ocupar o Ministério da Justiça. Em seguida, retirou-se da vida pública.
Morreu em São Paulo, em 1974.
(Fonte: www.cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/biografias – A era Vargas: dos anos 20 a 45 – CPDOC – FGV – Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil)

Powered by Rock Convert
Share.