Alberto Giacometti, um dos maiores expoentes da arte do século XX.

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Alberto Giacometti (Borgonovo di Stampa, 10 de outubro de 1901 – Coira, 11 de janeiro de 1966), artista suíço, um dos maiores expoentes da arte do século 20.

Biografia

Alberto Giacometti nasceu na Suíça, em 10 de outubro de 1901. Era o mais velho de quatro filhos do pintor impressionista Giovanni Giacometti, de quem o menino Alberto recebeu todo o incentivo para se tornar artista. Pintou seus primeiros trabalhos usando como modelos as pessoas de sua família ou seus colegas de escola. Depois da educação mais formal, ele foi estudar na École des Beaux Arts de Genebra, antes de ir para Paris em janeiro de 1922.

Logo no início, Giacometti participou de uma oficina com Antoine Bourdelle, na Académie de la Grande Chaumière, em Montparnasse, onde eu estive fazendo aulas de modelo vivo, em outubro de 2011. Alberto Giacometti descobriu o cubismo, a arte africana e a estatuária grega, que foram fundamentais para influenciar seu trabalho no futuro. Em dezembro de 1926, Giacometti foi morar na rua Hippolyte-Maindron número 46, em Paris, de onde nunca mais se mudou, apesar de ser um lugar pequeno e desconfortável. Embora a maior parte de sua produção tenha sido feita em Paris, Giacometti retornou frequentemente à Suíça, onde trabalhava na oficina de seu pai. Em 1927, expôs seus primeiros trabalhos no Salon des Tuileries.

Em sua vida parisiense das primeiras décadas do século XX, Giacometti se aproxima dos surrealistas e expõe com o pintor espanhol Joan Miró em 1930. Convive com intelectuais e artistas como Tristan Tzara, René Crevel, Louis Aragon, André Breton, Salvador Dali e André Masson, juntando-se oficialmente aos surrealistas de Paris em 1931. Ele também ilustrou livros de René Crevel, Tristan Tzara e André Breton.

A partir de 1935, Giacometti prefere voltar à realidade, e aos retratos e naturezas-mortas. Quando ele ainda tinha 20 anos, havia feito uma viagem à Itália com seu pai, e a pintura de Tintoretto e Giotto foram uma grande revelação para ele. Deve ser por isso que ele resolveu abandonar o surrealismo e se voltar para a figura mais real. Foi nesse período, em 1935, que ele fez inúmeros desenhos da cabeça, usando seu irmão como modelo. Em seu atelier apertado da rua Hippolyte-Maindron onde também morava, era difícil pintar seus modelos: sua esposa Annette, seu irmão Diego e seus amigos, entre os quais Jean Genet (que escreveu o livro “O Atelier de Giacometti”).

Nesses estudos, ele se martirizava muito, apagava tudo o que fazia, corrigia, repetia tudo e sempre se angustiava ao ver que os anos em que ficou longe dos estudos agora lhe traziam dificuldades no desenho.

Durante o período em que durou a segunda guerra mundial, dizem, tudo o que Alberto Giacometti produziu caberia “em poucas caixas de fósforos”. Em dezembro de 1941 ele sai de Paris e vai para Genebra, onde continua a produção das esculturas minúsculas que havia iniciado em Paris. Ele sentia dificuldade em fazer esculturas grandes, e isso o incomodava. Mas só depois do fim da guerra é que ele consegue moldar cabeças e figuras como se tivessem sido esmagadas pelo espaço a seu redor. Suas figuras quase reduzem-se a esqueletos em movimento.

A partir de 1945, com a prática do desenho, Giacometti consegue criar figuras de tamanho grande, mas com esse aspecto de esqueletos compridos, alongados. São bustos, figuras em pé, imóveis, figuras em movimento. Em setembro de 1945, Giacometti retornou a Paris, e em 1949 se casa com Annette Arm. Somente em junho de 1951 realiza sua primeira exposição após a segunda guerra, em Paris.

Em 1948, Jean-Paul Sartre assinou o prefácio da primeira exposição de Giacometti em Nova York, “A busca do absoluto”. Após a metade da década de 1950, Giacometti volta-se para fazer cabeças, bustos e figuras. Representando a França na Bienal de Veneza em 1956, Giacometti exibiu uma série de figuras femininas. No final de 1958, ele recebeu um pedido para criar esculturas para onde hoje é o Chase Manhattan Bank, em Nova Iorque. Para este monumento, ele cria três elementos: uma grande mulher, um homem andando e uma grande cabeça.

No final de sua vida, Giacometti foi um artista bastante reconhecido e ganhou diversos prêmios, como o Internacional Carnegie da Bienal de Veneza, em 1962.

Alberto Giacometti morreu em Chur, Suíça, no dia 11 de janeiro de 1966. Seu corpo foi transferido para Borgonovo, onde nasceu, e foi sepultado junto ao túmulo de seus pais. Sua viúva se dedicou a cuidar de sua obra, lançando as primeiras sementes da futura Fundation Alberto e Annette Giacometti Foundation, que abriga um grande número de pinturas e esculturas do artista, e um centro de pesquisa e documentação.

O ano de 2012 foi contemplado com uma grande retrospectiva do artista Alberto Giacometti (1901-1966) realizada em três grandes capitais da América do Sul: São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires.

A primeira grande exposição de Giacometti na América do Sul buscou traçar o percurso artístico ao longo de 50 anos de um dos maiores expoentes da arte do século XX, desde a formação na oficina de seu pai na Suíça até as últimas produções monumentais projetadas para as ruas de Nova York.

A mostra contou com mais de 200 obras – entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e arte decorativa, o conjunto pertence essencialmente ao acervo da Fundação Alberto e Annette, legatário de Annette Giacometti, viúva do artista e sua principal modelo entre os anos de 1946 e 1966.

O público teve oportunidade de apreciar os principais temas abordados pelo artista: a lição de Cézanne, a influência do cubismo, a descoberta da arte africana, a marca do pensamento surrealista, a invenção de uma nova representação do ser humano.

A busca intelectual de Giacometti o aproximou de grandes pensadores de seu tempo, como André Breton, Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Jean Genet, cujas trocas foram igualmente expostas por meio de retratos e textos. Uma rica documentação fotográfica completou a apresentação.
Paralelamente à exposição, o projeto contou com a edição de uma publicação dedicada ao artista, com textos inéditos em língua portuguesa, cuja edição ficou a cargo da editora Cosac Naify.

(Fonte: http://www.base7.com.br/portfolio/ver/145 – 2012)
Pinacoteca do Estado de São Paulo
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM RJ
Fundación PROA

(Fonte: http://mazeleite.com.br/?p=416)

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