Cantor, foi uma das vozes mais conhecidas da música romântica brasileira
Agnaldo Timóteo Pereira (Caratinga, 16 de outubro de 1936 – Rio de Janeiro, 3 de abril de 2021), cantor, compositor e político, foi um dos grandes astros da música romântica brasileira, gravou mais de 50 discos ao longo da carreira.
Em 52 anos de carreira, o cantor e político gravou dezenas de discos, que venderam cerca de 50 milhões de cópias no Brasil e no mundo.
O cantor iniciou a carreira na década de 1960 e se consolidou com canções românticas. Na política, teve mandatos como deputado federal e vereador em São Paulo e no Rio de Janeiro.
“O Cauby Mineiro”
Trajetória
Agnaldo Timóteo Pereira, mais conhecido como Agnaldo Timóteo, nasceu em Caratinga, no interior de Minas Gerais, em 16 de outubro de 1936.
Apaixonado por música desde cedo, se apresentava em circos itinerantes que chegavam à cidade.
Timóteo passou a cantar em programas de calouro em rádios de Caratinga, Governador Valadares e Belo Horizonte. Ele conciliava as apresentações com o trabalho de torneiro mecânico. Em Minas, interpretava canções de Cauby Peixoto e ficou conhecido como “Cauby mineiro”.
Na década de 1960, se mudou para o Rio de Janeiro atrás de oportunidades na música e começou a trabalhar como motorista da cantora Ângela Maria.
Timóteo gravou seu primeiro disco após indicação da cantora em 1961, mas demorou a estourar.
A projeção veio após participação no programa de Jair de Taumaturgo na TV Rio, quando ganhou todos os prêmios do programa e foi contratado pela gravadora EMI-Odeon.
Com o LP “Surge um Astro”, emplacou o hit “Mamãe” (versão de “La Mamma”, de Charles Aznavour) e passou a participar do programa “Jovem Guarda”. O início da carreira foi todo focado em versões de sucessos internacionais.
Com o álbum “Obrigado Querida”, lançado em 1967, alcançou o primeiro lugar nas gravadoras do país e seu primeiro grande hit foi “Meu grito”, canção de Roberto Carlos.
A partir de então, se consolida como cantor romântico e lança outros sucessos como “Ave-Maria”, “Verdes campos” e “A galeria do amor”. Agnaldo Timóteo gravou mais de 50 discos, alternando entre o romântico e o brega.
Trajetória política
Timóteo iniciou sua atuação como político em 1982, quando foi eleito deputado federal no Rio de Janeiro pelo PDT.
Durante o mandato, brigou com Leonel Brizola e transferiu-se para o extinto PDS.
Candidatou-se ao governo do Estado em 1986, mas foi derrotado por Moreira Franco.
Foi eleito novamente deputado federal em 1994, e renunciou dois anos depois para assumir como vereador na cidade do Rio de Janeiro.
Em 2005, assumiu como vereador em São Paulo pelo Partido Progressista, e foi reeleito em 2008.
Do malufismo ao lulismo
Na política, Agnaldo foi deputado federal em dois mandatos, vereador pelo Rio de Janeiro por quatro anos e em São Paulo por mais oito — marcadamente em partidos diferentes.
Grande admirador do ex-governador Paulo Maluf (PP) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Timóteo criou vínculos políticos à esquerda e à direita. Cresceu na Câmara dos Deputados nos anos 1980 com discurso trabalhista, mas também fazia acenos conservadores, com ponderações sobre o período da ditadura militar (1964-1985).
Agnaldo Timóteo faleceu de Covid, após 18 dias de internação, neste sábado (3) no Rio. Ele tinha 84 anos.
Agnaldo estava internado desde o dia 17 de março na UTI do Hospital Casa São Bernardo, na Zona Oeste do Rio. Médicos acreditam que o artista de 84 anos contraiu o coronavírus no intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina. Ele chegou a tomar a segunda dose, no dia 15, dois dias antes da internação.
(Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/04/03 – RIO DE JANEIRO / NOTÍCIA / Por G1 Rio – 03/04/2021)
(Fonte: https://www.uol.com.br/splash/noticias/2021/04/03 – MÚSICA / De Splash, em São Paulo – 03/04/2021)