Ambientalista, político, jornalista e escritor, Sirkis foi um dos pioneiros na luta pela preservação do meio ambiente no Brasil, e um dos fundadores do Partido Verde.
Alfredo Hélio Sirkis (Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1950 – Baixada Fluminense, 10 de julho de 2020), ex-deputado federal (PV), ambientalista, político, jornalista e escritor.
Ele teve uma longa trajetória de militância política, iniciada no movimento estudantil, que passou pelo combate à ditadura, inclusive com participação em sequestro que resultou na libertação de presos políticos. Viveu exilado na França, no Chile, na Argentina e em Portugal durante a ditadura.
Jornalista, roteirista, gestor ambiental e escritor, Sirkis lançou um novo capítulo de O Descarbonário em 7 de julho, no Distrito Federal. No início do mês, o ex-parlamentar escreveu seu último artigo para o Congresso em Foco, em que descreveu um episódio com Jair Bolsonaro, no qual ele dizia que que “o maior problema da humanidade é a superpopulação”. “Na época fiz uma piada. Hoje com a atitude negligente e acintosa dele em relação à pandemia de covid, deixou de ser engraçado”, disse.
Biografia
Alfredo Hélio Sirkis nasceu no Rio de Janeiro em 8 de dezembro de 1950, filho dos imigrantes judeus-poloneses Herman Syrkis e Liliana Syrkis.
Estudou em escolas particulares tradicionais da cidade até passar para o Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAp/UFRJ), onde se iniciou na política estudantil, na coordenação do grêmio.
Participou das manifestações contra a ditadura civil-militar de 1964, incluindo a Passeata dos Cem Mil, em junho de 1968.
Integrou grupos que praticavam ações de guerrilha urbana contra o regime, incluindo sequestros de diplomatas. Em 1971, se exilou no Chile, Argentina e Portugal, regressando ao Brasil em 1979.
Como jornalista, atuou nas revistas “Isto É” e “Veja”, além de colaborar para vários outros jornais. Foi ainda roteirista na TV Globo, na série “Tele-tema”.
Autor de nove livros, ganhou o Prêmio Jabuti de 1981 por “Os Carbonários” (1980). Havia acabado de lançar seu último livro, “Descarbonário”.
Sirkis foi um dos pioneiros na luta pela preservação do meio ambiente no Brasil, e um dos fundadores do Partido Verde, em janeiro de 1986. Em 1991, assumiu a presidência nacional do partido.
Entre outubro de 2016 e maio de 2019, foi o coordenador Executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC). Atualmente, era diretor executivo do Centro Brasil no Clima.
Sirkis foi também deputado federal, vereador por quatro mandatos no Rio de Janeiro, secretário municipal de Urbanismo, secretário municipal de Meio Ambiente e presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP).
Alfredo Sirkis faleceu em 10 de julho de 2020, em um acidente de carro no no Arco Metropolitano (BR-493), na Baixada Fluminense. Sirkis morreu no local, aos 69 anos.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, Sirkis estava sozinho no veículo, um Volkswagem Polo, e seguia em direção à Via Dutra. Na altura do km 74, saiu da pista, bateu em um poste e capotou.
De acordo com pessoas ligadas à família, Sirkis estava indo para um sítio perto de Vassouras, onde iria encontrar a mãe dele e um filho.
(Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/07/10 – RIO DE JANEIRO / NOTÍCIA / ECOLOGIA / Por Gabriela Moreira e Larissa Caetano*, TV Globo e G1 Rio – 10/07/2020)
*Estagiária sob supervisão de José Raphael Berrêdo
(Fonte: https://oglobo.globo.com/brasil – BRASIL / Por Felipe Grinberg – 10/07/2020)
(Fonte: https://congressoemfoco.uol.com.br/legislativo – LEGISLATIVO / Por Marina Oliveira – 10 jul, 2020)