Edla van Steen, atriz, escritora e dramaturga, foi uma das principais escritoras e intelectuais do Brasil

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Escritora e dramaturga Edla Van Steen, viúva do dramaturgo Sabato Magaldi

 

A autora Edla Van Steen – (Foto: Marco Antonio Teixeira/18-01-1996 / Agência O Globo)

 

Ela foi editora, autora ou organizadora de mais de 100 livros e venceu premiações como o Prêmio Molière e o Prêmio Mambembe.

Edla van Steen (Florianópolis, 12 de julho de 1936 – São Paulo, 6 de abril de 2018), atriz, escritora e dramaturga, foi uma das principais escritoras e intelectuais do Brasil.

Foi musa de cineastas como Glauber Rocha e atuou em “Na Garganta do Diabo” (1958), de Walter Hugo Khouri. Mas deixou de lado a carreira de atriz para seguir escrevendo.

No teatro, sua peça “O Último Encontro” (1989) recebeu os prêmios Molière e Mambembe de melhor autor e o troféu APCA de revelação de autor. Já seu romance “Madrugada” (1992) levou o Prêmio Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras.

É lembrada pelo vigor, magnificamente regava seus eventos com a erudição e a atualização de quem marcou a história da arte do Brasil por meio de suas obras.

Após um breve período como atriz no início da carreira, Edla enveredou pela literatura e a dramaturgia. Ela foi editora, autora ou organizadora de mais de cem livros. Foram contos, romances, peças teatrais e publicações de arte.

Seu legado cultural compreende mais de 20 livros, entre contos, romances, entrevistas, peças de teatro e livros de arte. Entre suas obras, destacam-se “O último encontro”, “Madrugada” e “Cheiro de amor”, que receberam importantes prêmios na área do cinema, teatro e literatura.

Nascida em Florianópolis, ela foi editora, autora ou organizadora de mais de 100 livros. Também venceu premiações como o Prêmio Molière e o Prêmio Mambembe de melhor autor. Era viúva do dramaturgo e crítico de teatro Sabato Magaldi (1927-2016).

Em uma resenha do livro “O Silêncio das Nuvens” (Global Editora) para O GLOBO, o também autor Marcos Santarrita escreveu: “Musa de uma geração de cinéfilos (Glauber Rocha estava entre eles), a bela catarinense nem por isso se deixou acalentar nesse fugidio leito de diva, que dura o brevíssimo tempo de uma juventude; no auge do sucesso nas telas, já estreava na literatura, com os contos de Cio, que nada tinham das incertezas da principiante”.

 

Em 2004, A diretora Edla Van Steen oferece vinho à atriz Eva Wilma na estreia da peça ‘Primeira pessoa’ – (Foto: Marcos Ramos / Marcos Ramos)

 

Ela ganhou o Molière e o Mambembe de melhor autor e Troféu APCA de revelação de autor por “O último encontro”.

Seu primeiro livro publicado foi Cio, em 1965, de contos brasileiros, um dos principais marcos de sua produção, que também se caracterizou pela presença da mulher. De uma beleza ímpar, Edla foi convidada para ser uma das protagonistas do longa “Na garganta do diabo”, pelo qual recebeu diversos prêmios. Mesmo com o talento como atriz, decidiu por seguir pela literatura e foi durante muito tempo colaboradora do jornal O Estado de S. Paulo.

Nasceu em Florianópolis em 12 de julho de 1936, depois se mudou para o Rio de Janeiro, onde teve o primeiro filho, Ricardo Van Steen, com o pintor Loio Pérsio, marco do modernismo brasileiro. Quando nasceram as duas filhas de seu segundo casamento, com Ennes Silveira de Mello, Edla já vivia em São Paulo, onde se estabeleceu por mais de 40 anos. Seu terceiro e último marido, Sábato Magaldi, crítico teatral, jornalista, ensaísta e historiador brasileiro.

Edla van Steen morreu aos 81 anos, em 6 de abril de 2018. Ela vivia em São Paulo. O corpo foi velado em São Paulo, e foi cremado no Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes.

Edla estava internada no Hospital Samaritano e sofreu um ataque cardíaco.

O crítico de teatro Aimar Labaki escreveu em sua página no Facebook: “Foi musa de Glauber e outros cineastas à época, e só não seguiu carreira de atriz por que as circunstâncias de vida não permitiram. Mas está lá, imortalizada, nas cenas de ‘Na Garganta do Diabo’, de Walter Hugo Khoury. Sua memória perdurará em sua obra e na lembrança dos que tivemos a sorte de entrar em sua órbita”.

“Edla é a grande colaboradora, o principal eixo cultural, na implantação desde o início da década de 1980 da linha editorial da Global Editora, hoje com suas bases totalmente fincadas na Literatura brasileira. Uma vida dedicada a promover e valorizar a intelectualidade do país. A qualidade da editora se confunde com a qualidade do trabalho dela”, diz Luiz Alves Júnior, fundador da Global Editora.

(Fonte: Zero Hora – Ano 54 – N° 19.057 – 9 de abril de 2018 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 30)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/teatro – CULTURA – TEATRO E DANÇA / POR O GLOBO – 06/04/2018)

(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2519 – CULTURA / Por Luisa Purchio – 06/04/18)

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