Brunhilde Pomsel, ex-secretária pessoal e estenógrafa de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler

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Ex-secretária de Goebbels

Brunhilde Pomsel foi funcionária do ministro da Propaganda de Adolf Hitler de 1942 até o fim da Segunda Guerra Mundial. Ela é protagonista de um documentário lançado em 2016.

Brunhilde Pomsel em foto de 2016

Brunhilde Pomsel em foto de 2016

 

 

Brunhilde Pomsel afirmou que só ficou sabendo dos horrores do holocausto depois do final da , em 1945

 

Brunhilde Pomsel, ex-secretária da Goebbels (Veja.com/Getty Images)

Brunhilde Pomsel, ex-secretária da Goebbels (Veja.com/Getty Images)

 

Brunhilde Pomsel (Berlim, 11 de janeiro de 1911 – Munique, 27 de janeiro de 2017), foi ex-secretária pessoal e estenógrafa de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler

Pomsel filiou-se ao Partida Nazista em 1933, o ano de sua chegada ao poder na Alemanha. “Por que não? Todo o mundo fazia isto”, justificou ela em entrevista no documentário. Em 1942, a secretária conseguiu uma transferência para o escritório de Goebbels como uma de suas seis assistentes.

No filme, Pomsel relata, como uma das últimas testemunhas vivas do círculo de comando do regime nazista, sobre seu trabalho para Goebbels. Ela atuou de 1942 até o fim da Segunda Guerra Mundial no Ministério da Propaganda. A então secretária vivenciou o fim do conflito no bunker de Hitler, em Berlim, onde permaneceu até o suicídio do chanceler, em 30 de abril de 1945.

Brunhilde Pomsel, ex-secretária da Goebbels (The New York Times/Divulgação)

Brunhilde Pomsel, ex-secretária da Goebbels (The New York Times/Divulgação)

 

Pomsel trabalhou como secretária e datilógrafa do ministro da Propaganda, a quem lembrou no documentário como uma pessoa carismática e incrivelmente vaidosa, que cuidava de cada detalhe de sua aparência. Apesar de ter trabalhado de forma muito próxima com um dos principais nomes do primeiro escalão do nazismo, Pomsel garantiu no documentário que não sabia dos assassinatos maciços cometidos pelo regime.

“Não soubemos de nada”, disse ela em uma entrevista que faz parte do documentário. Pomsel passou os últimos dias da guerra em 1945 no bunker situado no subsolo da Chancelaria, onde viveu as últimas horas de Adolf Hitler e de Goebbels, que se suicidou junto com sua esposa, Magda, após envenenar seus seis filhos.

Até seus últimos anos de vida, Pomsel classificou seu próprio papel no regime nazista como insignificante e disse que, apesar de seu cargo, não tinha conhecimento sobre o extermínio de judeus.

“Não sabíamos de nada”, relatou no documentário. “Éramos nós mesmos um grande campo de concentração.” Ela disse que era “covarde” e, por isso, não foi capaz de impor resistência ao regime.

Pomsel em cena do documentário "Ein deutsche Leben", de 2016

Pomsel em cena do documentário “Ein deutsche Leben”, de 2016

 

Após o fim da guerra, Pomsel passou cinco anos numa prisão soviética e depois trabalhou como secretária da emissora pública alemã ARD.

Ela viveu a maior parte de sua vida na obscuridade, até que um jornal alemão publicou uma entrevista com ela em 2011, desencadeando uma onda de interesse por uma das últimas sobreviventes do círculo do comando nazista.

Até o momento, o documentário que tem Pomsel como protagonista foi exibido apenas em festivais. Ein deutsches Leben chega aos cinemas alemães em abril deste ano.

Segundo Krönes, que teve contato com a centenária pela última vez no aniversário dela, em 11 de janeiro, Pomsel foi “uma observadora política aguçada” até o fim da vida. Diante do crescente nacionalismo na Europa, da ascensão do populismo de direita mundo afora e da eleição de Donald Trump à presidência dos EUA, ela teria classificado suas vivências como um “alerta às gerações atual e futura”.

Brunhilde morreu aos 106 anos, na casa de repouso em que vivia em Munique, no sul da Alemanha, confirmou o cineasta Christian Krönes. Ao lado de outros três diretores, Krönes produziu um documentário sobre a centenária, intitulado Ein deutsches Leben (Uma Vida Alemã) e lançado em 2016.

(Fonte: http://www.dw.com/pt-br – NOTÍCIAS – ALEMANHA – 30.01.2017)

(Fonte: http://veja.abril.com.br/mundo – MUNDO/ Por Da redação – 30 jan 2017)

(Com agência EFE)

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