“Alguns poucos cidadãos adquirem o poder de fazer políticas públicas. Todos, porém, têm o direito de criticá-las.” – em sua Ética a Nicômaco, o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.)

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Aristóteles: uns governam, outros criticam

Em sua Ética a Nicômaco, o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) produziu a definição clássica do papel da imprensa. “Alguns poucos cidadãos adquirem o poder de fazer políticas públicas. Todos, porém, têm o direito de criticá-las”, escreveu o famoso discípulo de Platão. A sabedoria de Aristóteles está principalmente em ter estabelecido que os governos e seus críticos, embora façam parte da mesma sociedade, ocupam nela esferas inteiramente diferentes.

 

Ética A Nicômaco - Aristóteles - (FOTO MERAMENTE ILUSTRATIVA)

Ética A Nicômaco – Aristóteles – (FOTO MERAMENTE ILUSTRATIVA)

 

Os primeiros têm o poder. Os segundos, o direito. Por essa razão, a qualidade da imprensa deve ser sempre medida por seu grau de independência nas relações com os governos. Estes são tanto melhores quanto mais preservam a liberdade de seus críticos. Quem entendeu essa diferença de papéis com maior clareza foram os autores da Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, em 1791.

Os legisladores americanos escreveram simplesmente que é vedado ao Congresso fazer leis impondo uma religião ou restringindo a liberdade de expressão e a de imprensa. Ponto. Sem adjetivos. Sem vacilação.

(Fonte: Veja, 18 de agosto de 2004 – ANO 37 – N° 33 – Edição 1867 – Carta ao leitor – Pág: 9)

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