Valentin Rasputin, foi inimigo declarado das reformas liberais e considerado um clássico da literatura russa

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Valentin Rasputin, representante da prosa rural russa (Foto: Misha Japaridze/AP)

Valentin Rasputin, representante da prosa rural russa (Foto: Misha Japaridze/AP)

 

Ele era inimigo declarado das reformas liberais após fim da União Soviética.

Ativista contra a perestroika, autor escrevia obra com temática rural.

Valentin Rasputin (Oblast de Irkutsk, Rússia, 15 de março de 1937 – Moscou, Rússia, 14 de março de 2015), escritor russo, inimigo declarado das reformas liberais e considerado um clássico da literatura russa, ícone da “prosa rural”, movimento literário desenvolvido nas décadas de 1960 e 1970 na então União Soviética.

Artista foi um crítico ferrenho da abertura política da União Soviética e da consequente desintegração do bloco comunista. O escritor Valentin Rasputin, foi representante da prosa rural russa.

Em seu discurso no I Congresso de Deputatos Populares da URSS, em 1989, Rasputin usou as palavras do primeiro-ministro russo do começo do século XX Piotr Stolypin (1862-1911): “Você precisa de grandes convulsões, precisamos de um grande país”.

Rasputin tem como obra de maior repercussão Adeus a Matiora, relato de um pequeno vilarejo destruído pela construção de uma hidroelétrica, de 1979. O cotidiano da vida no campo era a principal fonte de inspiração do autor.

Rasputin, que publicou suas principais obras – ‘Lições de francês”, “Vive e lembra” e “Adeus a Matiora” nas décadas de 1970 e 80, foi um dos principais ativistas contra a Perestroika de Mikhail Gorbachev.

Rasputin também se tornou conhecido pelo posicionamento contra a Perestroika, a abertura da União Soviética que resultou no fim do regime comunista na Rússia. Recentemente, ele apoiou ações do governo de Vladimir Putin (ao dele na foto acima) contra o grupo feminista Pussy Riot, além das ações contra a Ucrânia pela anexação da região da Crimeia.

Em 1990 assinou, junto com outros 73 escritores, a “Carta dos escritores da Rússia”, texto que denunciava que a “democratização” e a edificação de um “estado de direito” tinha suscitado as “forças da desestabilização social”.

Rasputin nasceu em 15 março de 1937 em uma família camponesa no extremo oriente da Rússia, no Sul da Sibéria. Seus méritos literários foram amplamente reconhecidos tanto em tempos soviéticos como após o fim da URSS.

O escritor recebeu o título de Herói do Trabalho Socialista (1987) e com as ordens “Por méritos à Pátria” de terceiro e quarto grau (2007 e 2002, respectivamente), entre outras distinções.

Valentin Rasputin morreu em 14 de março de 2015 aos 77 anos, após uma prolongada doença.

“A literatura teria sido muito diferente sem seus marcantes heróis, que permaneciam humanos sob qualquer circunstância. Pelos livros dele, muitas gerações aprenderam como viver, como apreciar a beleza desse mundo, como amar”, escreveu pelo Facebook o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev.

 

 

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2015/03 – POP & ARTE – Da EFE – 16/03/2015)

(Fonte: http://rollingstone.uol.com.br/noticia – por REDAÇÃO – 16 de Março de 2015)

 

 

 

 

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