Stefano Rodotà, foi um dos mais célebres juristas da Itália e teve uma intensa vida política, foi candidato a presidente da República, acabou derrotado por Giorgio Napolitano

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Stefano Rodotà, um dos mais célebres juristas da Itália

 

Stefano Rodotà com Nilde Iotti durante o Conselho Nacional do PDS em 4 de julho de 1991. (Ansa

 

 

Stefano Rodotà (Cosença, 30 de maio de 1933 – Roma, 23 de junho de 2017), político, intelectual e jurista italiano candidato a presidente da República em 2013.

Nascido em 30 de maio de 1933, em Cosenza, o magistrado teve uma intensa vida política, principalmente a partir do fim da década de 1970, quando foi eleito deputado pela primeira vez. De lá para cá, renovou seu mandato em mais três ocasiões e foi vice-presidente da Câmara, entre abril e junho de 1992.

Como político, integrou as filas do libertário Partido Radical (PR) e do Partido Democrático da Esquerda (PDS). Seu último cargo público foi o de chefe da Autoridade Garantidora da Proteção dos Dados Pessoais, entre 1997 e 2005.

Em 2013, foi o candidato do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) a presidente da República e chegou a liderar a disputa no Parlamento, mas sem obter a maioria necessária para se eleger.

Na quinta votação, acabou derrotado por Giorgio Napolitano, que já ocupava o cargo de chefe de Estado e só aceitou se candidatar novamente após pressões do centro-esquerdista Partido Democrático (PD), maior força no Congresso e que não conseguia entrar em acordo em torno de um nome.

Depois da eleição presidencial, criticou publicamente os dirigentes do M5S e recebeu uma resposta de seu fundador, o comediante Beppe Grillo, que o chamou de “octogenário tornado um milagre pelas redes”.

No pleito seguinte para presidente, em janeiro de 2015, mesmo sem o apoio explícito de nenhum partido, Rodotà foi lembrado por cerca de 20 parlamentares. A disputa foi vencida pelo também jurista Sergio Mattarella.

Como magistrado, Rodotà construiu uma trajetória de luta pelos direitos civis e era defensor da descriminalização da eutanásia e do casamento gay. Além disso, era crítico da influência da Igreja Católica na Itália, algo que chamava de “um laboratório do totalitarismo moderno”.

Estefano Rodotà faleceu em 23 de junho de 2017, aos 84 anos, em Roma.

(Fonte: https://istoe.com.br – Edição nº 2516 – MUNDO – ANSA – ROMA – 23.06.17)

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