Sebastião do Rego Barros, embaixador que deixou uma marca importante no Itamaraty, foi diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP)

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Embaixador Sebastião do Rego deixou uma marca importante no Itamaraty, caracterizou-se pela defesa dos nossos interesses, brigava com firmeza por suas posições.

 

Sebastião do Rego Barros (primeiro à esquerda) durante negociação sobre a disputa pela fronteira de Peru Equador, no Palácio Itamaraty, em fevereiro de 1995 (Foto: Antonio Scorza / AFP)

 

 

Ex-diretor da ANP, foi embaixador do Brasil na Rússia e na Argentina.

 

Sebastião do Rego Barros Netto (Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1940 – Copacabana, Rio de Janeiro, 9 de novembro de 2015), advogado, diplomata e embaixador, carioca formado em Direito pela PUC-Rio.

 

Sebastião foi diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), de 2001 a 2005, e embaixador do Brasil em países como a extinta União Soviética (depois também na Rússia e na Ucrânia), nos anos 1990, e a Argentina (entre 26 de janeiro de 1999 e 27 de dezembro de 2001), tendo participado de dezenas de missões. Foi também secretário-geral das Relações Exteriores, em Brasília, entre 1995 e 1998, no governo de Fernando Henrique Cardoso.

 

Ele foi diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e embaixador do Brasil na União Soviética à época de sua extinção, em 1991.

 

Ele chefiou a delegação do Brasil nas seções da comissão de energia da Conferência sobre Cooperação Econômica Internacional, em Paris, de 1975 a 1976.

 

Descendente de um ministro da Guerra do Império, seu homônimo, o embaixador também dirigiu o departamento econômico do Itamaraty, em 1986, e foi subchefe da delegação brasileira na Reunião Ministerial das Partes Contratantes do Gatt (atual Organização Mundial do Comércio, OMC), que lançou a Rodada Uruguai para liberalização do comércio.

 

De 26 de janeiro de 1990 até dezembro de 1994, ele foi o embaixador do Brasil na Rússia. nos cinco anos seguintes, exerceu o cargo de secretário-geral das Relações Exteriores. Seu último posto na diplomacia foi como embaixador do Brasil na Argentina, entre 1999 e 2001.

 

 

Assumiu a direção-geral da ANP em 2002, onde ficou até 2005.

 

Atualmente, trabalhava como consultor e atuava no conselho de algumas empresas.

 

O embaixador Sebastião do Rego, de 75 anos, caiu do 11º andar em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

 

Como noticiou o colunista Ancelmo Gois, do “Globo”, ele foi encontrado ao lado de um livro aberto. Segundo policiais militares no local, tratava-se de um livro sobre o ex-presidente Getúlio Vargas, escrito por Lira Neto. Sebastião vestia terno, gravata e meia.

 

Ainda de acordo com PMs, o embaixador ia sair de casa para almoçar com a mulher, Maria Cristina (Tite) de Lamare Rego Barros. Apenas o casal e a empregada estavam no apartamento 1104, onde moravam.

 

O Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil também foram para o prédio, que fica na Avenida Atlântica, 1.782. Ele morava no Prelúdio, um dos três que compõem o tradicional condomínio Chopin, que fica ao lado do Copacabana Palace. Segundo um funcionário do prédio, que não quis se identificar, Sebastião havia ido à academia no hotel nesta segunda pela manhã.

 

Dilma envia nota
A presidente Dilma Rousseff lamentou a morte do embaixador através de nota. “Recebi com grande tristeza a notícia do falecimento do embaixador Sebastião do Rêgo Barros Netto. Ex-secretário-geral das Relações Exteriores, ex-embaixador em Moscou e em Buenos Aires, Rêgo Barros também foi Diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, quando tivemos a oportunidade de trabalhar juntos. Neste momento de dor profunda, transmito minhas condolências aos familiares e amigos do diplomata exemplar, que dedicou mais de 40 anos de serviços ao País.”

Ministério lamenta
O Ministério das Relações Exteriores enviou nota de pesar sobre a morte de Sebastião, a quem foi creditada uma “carreira diplomática de mais de 40 anos de exemplares serviços prestados ao país e ao Itamaraty”.

“Os funcionários do Ministério, que sempre admiraram as qualidades pessoais e profissionais do embaixador Rêgo Barros, unem-se no sentimento de dor e tristeza pela perda do ex-chefe e colega e transmitem à sua mulher, embaixatriz Tite do Rêgo Barros, aos seus filhos e à sua família, os seus mais sentidos pêsames e a certeza de que o exemplo e a memória do embaixador seguirão vivos, inspirando-os e guiando-os no cumprimento do seu dever”, diz o texto.

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/11 – MUNDO / Por Patricia Campos Mello – 09/11/2015)

(Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/11 – RIO DE JANEIRO / NOTÍCIA / Por Lívia Torres Do G1 Rio – 09/11/2015)

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