SAMUEL COLEMAN, ADVOGADO E EX-JUIZ DE NOVA YORK
Samuel C. Coleman, foi juiz interino aposentado da Suprema Corte do Estado e procurador-assistente dos Estados Unidos que liderou a tentativa frustrada do governo de proibir “Ulisses”, de James Joyce, nos Estados Unidos.
Um importante árbitro e mediador de disputas jurídicas nacionais e internacionais desde sua aposentadoria da Suprema Corte Estadual em 1970, o Sr. Coleman desmaiou em uma mesa de conferência enquanto tentava resolver um caso envolvendo interesses industriais britânicos e alemães, de acordo com sua filha, Jane Coleman, de Manhattan.
Como chefe da divisão civil do gabinete do procurador dos Estados Unidos em Manhattan no início da década de 1930, o Sr. Coleman defendeu a tese do governo de que ”Ulisses” era obsceno e impróprio para publicação e venda nos Estados Unidos.
Mas foi um papel que ele não gostou, afirmando durante uma audiência que havia lido e gostado do livro.
Proibição de “Ulisses” suspensa
Em 6 de dezembro de 1933, um juiz federal suspendeu a proibição, determinando que “Ulisses” não só não era obsceno no sentido legal, mas também era uma obra de mérito literário.
O Sr. Coleman disse que considerou a decisão uma obra-prima e “completamente saudável”. Ele reconheceu no dia seguinte que havia sido “ambivalente” sobre como lidar com o caso e era contra uma apelação da decisão.
“A decisão é justa e não tenho intenção de ser um censor”, disse ele. O Sr. Coleman nasceu na cidade de Nova York e se formou na Universidade de Columbia e na Faculdade de Direito de Columbia. Foi associado do escritório de advocacia nova-iorquino Burlingham, Veeder, Masten & Fearey de 1917 a 1925, quando foi nomeado procurador-assistente dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York.
Retornando à prática privada em 1934, o Sr. Coleman foi eleito juiz municipal em 1937 como um republicano apoiado pelos Partidos Liberal e Fusion. Foi nomeado juiz interino na Suprema Corte Estadual em 1960 e serviu até se aposentar em 1970.
Samuel Coleman morreu na segunda-feira em Basileia, Suíça, aparentemente de ataque cardíaco. Ele tinha 88 anos e morava em Manhattan.
Além da filha, o Sr. Coleman deixa a esposa, a ex-Augusta Singer; uma irmã, Ruth C. Bilchick, de Manhattan; um irmão, Isadore, de Long Beach, LI; um filho, Roy, de McLean, Virgínia, e dois netos.
O funeral foi realizado na Capela Funerária Frank E. Campbell, na 81st Street e Madison Avenue.
(Direitos autorais reservados: https://www.nytimes.com/1982/07/22/archives – New York Times/ ARQUIVOS/ Arquivos do New York Times/ Por Walter H. Waggoner –
Uma versão deste artigo foi publicada em 22 de julho de 1982, Seção D, Página 19 da edição nacional, com o título: SAMUEL COLEMAN, FOI ADVOGADO E EX-JUIZ DE NOVA YORK.