Sally Forrest, atriz e dançarina americana, estrela dos filmes de Ida Lupino

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Artista atuou em filmes como “Not Wanted” e “Quem Ama Não Teme”

Sally Forrest em Bannerline, 1951.

Sally Forrest em Bannerline, 1951.

Sally Forrest (San Diego, Califórnia, 28 de maio de 1928 – Beverly Hills, Califórnia, 15 de março de 2015), atriz e dançarina americana, que estrelou filmes da diretora Ida Lupino.

A atriz Sally fez carreira dançando em musicais da MGM, flertando com as sombras do noir e sofrendo como estrela de melodramas dirigidos por Ida Lupino. 

Graças aos dois filmes de Lupino em 1949, Sally foi nomeada pela colunista Hedda Hopper, uma das mais importantes da época, como a estrela do ano. E isto mudou sua carreira.

Nascida Katherine Feeney em San Diego, na Califórnia, em 28 de maio de 1928 com o nome de batismo Katherine Sally Feeney. Ainda criança, trabalhou como modelo e frequentava aulas de dança, o que lhe ajudaria na vindoura carreira de atriz. Forrest e a família se mudaram para Los Angeles e lá a jovem foi contratada por um coreógrafo para dançar em alguns musicais do estúdio MGM.

Sally Forrest

Sally Forrest

Na juventude, trabalhou como modelo e professora de dança, até ser contratada como coreógrafa e principal dançarina do filme “Quando as Nuvens Passam” (1946).

A partir daí, participou de vários musicais e programas de televisão.

Alguns de seus trabalhos mais importantes foram com Ida Lupino, pioneira das mulheres na direção. Forrest atuou, por exemplo, nos dramas “Not Wanted” e “Quem Ama Não Teme”, ambos de 1949, o que levou a colunista Hedda Hopper a chamá-la de “estrela do ano”.

O seu primeiro musical foi “Quando as Nuvens Passam” (Till the Clouds Roll By, 1946), numa participação não creditada, seguindo outras figurações em vários musicais como “Desfile de Páscoa” (Easter Parade, 1948), “Beijou-me um Bandido” (The Kissing Bandit, 1948), “O Gênio Vai para a Escola” (Mr. Belvedere Goes to College, 1949) e “A Bela Ditadora” (Take Me Out to the Ball Game, 1949).

Ela só foi conseguir mostrar seu talento longe do gênero musical, finalmente conseguindo um papel de protagonista no melodrama barato “Not Wanted” (1949). O diretor original da produção era Elmer Clifton (“7 Portas do Destino”), que morreu de ataque cardíaco durante as filmagens e acabou sendo substituído pela atriz Ida Lupino (“Mulheres Condenadas”), que assinava o roteiro e a produção do filme.

Com Leo Penn em Not Wanted

Com Leo Penn em Not Wanted

Trama ousado para a época, o filme mostrava Forrest como uma jovem grávida de um pianista que a abandonava. Assustada, ela entrega o filho para a adoção e acaba se arrependendo. A produção entrou na história como uma das primeiras dirigidas por uma mulher em Hollywood. Mesmo assim, Ida Lupino não foi creditada pelo estúdio, que manteve postumamente o nome de Clifton como diretor.

O trabalho no melodrama lhe abriu as portas para atuar nos filmes noir “A Cena do Crime” (Scene of the Crime, 1949), com Van Johnson (“A Nave da Revolta”), e “A Ladra” (Whirlpool, 1949), de Otto Preminger (“Anatomia de um Crime”), no drama “Sombras da Ambição” (Flame of Youth, 1949) e na comédia musical “Dancing in the Dark” (1949). Mas eram novamente pequenos papéis, a ponto de a personagem de “A Cena do Crime” ser descrita nos créditos do filme, literalmente, como “Minor Role”.

Com Hugh O’Brian em Quem Ama Não Teme

Com Hugh O’Brian em Quem Ama Não Teme

Ao mesmo tempo, Ida Lupino conquistou a confiança do estúdio para voltar a dirigir, desta vez creditada, um novo melodrama B, “Quem Ama Não Teme” (Never Fear, 1949), buscando Sally para repetir a parceria. Desta vez, a atriz viveu uma dançarina que precisava desistir da carreira após contrair poliomielite.

Com Ricardo Montalban em A Noite de 23 de Maio

Com Ricardo Montalban em A Noite de 23 de Maio

A seguir, ela apareceu com destaque em “A Noite de 23 de Maio” (Mystery Street, 1950), filme noir de um diretor do primeiro time, John Sturges (“Fugindo do Inferno”). Na trama, Forrest interpretou a esposa de um bêbado, cujo carro é roubado por uma prostituta grávida em busca do pai rico do bebê. A história é investigada pela polícia, após o cadáver da prostituta ser encontrado numa praia. Sally está entre as suspeitas do crime.

Após voltar a participar como figurante de um musical, “A Cegonha Demora-se” (My Blue Heaven, 1950), ela coestrelou o western “Ousadia” (Vengeance Valley, 1951) com Burt Lancaster (“A um Passo da Eternidades”), no papel de uma jovem que engravida e, ao se recusar a revelar de quem é a criança, leva seus irmãos a buscarem vingança.

Laços de Sangue

Laços de Sangue

 

Ela ainda voltou a fazer uma terceira e última colaboração com a diretora Ida Lupino em novo melodrama, “Laços de Sangue” (Hard, Fast and Beautiful, 1951), no qual interpretou uma tenista que sonha em ter uma família e se tornar dona de casa, enquanto a mãe lhe força a seguir na carreira de sucesso.

Na comédia musical “Desculpe a Poeira” (Excuse My Dust, 1951), Forrest era a única a apoiar o namorado, vivido pelo comediante Red Skelton (“A Filha de Netuno”), que, no final do século 19, enfrentava a ridicularização de sua comunidade ao apresentar sua última invenção, um automóvel movido a gasolina.

Com Red Skelton em Desculpe a Poeira

Com Red Skelton em Desculpe a Poeira

Em seguida, ela atuou no noir “Amei e Errei” (The Strip, 1951), vivendo a funcionária de um clube de jazz, pela qual o personagem de Mickey Rooney (“Sangue de Artistas”) é apaixonado. Uma cena famosa a traz dançando enquanto Louis Armstrong canta “A Kiss to Build a Dream On”.

Ela ainda foi vista no terror “O Tirano” (The Strange Door, 1951) em que deu vida à sobrinha de um sádico (Charles Laughton, de “Spartacus”) que a obriga se casar com um homem que não ama. Tudo porque o irmão dele lhe roubou sua namorada de infância, mãe da personagem da atriz, que morreu no parto. O elenco também incluía Boris Karloff (“A Múmia”) como servo do tio, que ajuda a jovem a escapar.

Com Mickey Rooney em Amei e Errei

Com Mickey Rooney em Amei e Errei

 

No mesmo ano, Forrest se casou com o roteirista e produtor Milo O. Frank Jr. (“Amor Também Subiu de Preço”) em Los Angeles. Ela seguiu na carreira com o drama criminal “A Gota de Sangue” (Code Two, 1953) e com participações nas atrações televisivas “Lux Video Theatre”, “Studio One” e “Suspense”. Dois anos depois, ela e o marido se mudaram para Nova York, onde fez diversos musicais no teatro, com destaque para “O Pecado Mora ao Lado” (The Seven Year Itch), interpretando o papel que Marilyn Monroe viveu na adaptação cinematográfica.

De volta ao cinema, ela teve um último papel de impacto em “O Filho de Sinbad” (Son of Sinbad, 1955), ao lado de Vincent Price (“O Solar Maldito”), vivendo uma escrava de harém. Na época, a cena em que ela protagoniza uma dança exótica foi considerada tão sensual que os censores exigiram que fosse cortada da produção. Por sinal, este foi um dos últimos filmes produzidos por Howard Hughes (“O Proscrito”), conhecido por escandalizar a censura americana.

Com Boris Karloff e Charles Laughton em O Tirano

Com Boris Karloff e Charles Laughton em O Tirano

Sua despedida do cinema veio logo a seguir, no filme noir “No Silêncio de uma Cidade” (While the City Sleeps, 1956), do grande mestre Fritz Lang (“Metrópolis”). A tramava gira em torno do herdeiro (novamente Vincent Price) de uma empresa de comunicação e a luta de seus repórteres para desvendar um crime, enquanto a cidade de Nova York era abalada pelo rastro de sangue do assassino do batom, um serial killer que só matava belas mulheres.

Sally Forrest ainda seguiu trabalhando na televisão nos anos 1960, com aparições em séries como “The Red Skelton Show” (de seu colega de cena de ‘Desculpe a Poeira’), “Climax!”, “General Electric Theater”, “Couro Cru” (Rawhide, estrelada por Clint Eastwood) e “Family Affair”. Após 1967, a atriz deixou a televisão para se dedicar exclusivamente aos musicais da Broadway, aposentando-se definitivamente em 1984, aos 56 anos de idade.

 

O Filho de Sinbad

O Filho de Sinbad

Seu último trabalho como atriz foi na série “Family Affair”, em 1967.

Sally Forrest morreu de câncer aos 86 anos, em 15 de março de 2015, em Beverly Hills, Califórnia.

 

(Fonte: http://on.ig.com.br/imagem/2015-03-26 – IMAGEM/ Por iG São Paulo | 26/03/2015)

(Fonte: http://pipocamoderna.virgula.uol.com.br/sally-forrest-1928-2015/416043 – Chloé Monteiro – Publicado em 07 abr 2015)

 

 

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