Powered by Rock ConvertProfessor francês que promovia negação do Holocausto
Robert Faurisson dizia que câmaras de gás eram usadas para desinfestação de germes em campos de concentração
O professor negacionista Robert Faurisson em 1998: francês ficou famoso na década de 70 após publicar carta em que duvidava de genocídio judeu durante Segunda Guerra (Foto: MICHEL GANGNE / AFP)
Historiador Robert Faurisson, negacionista do holocausto
Ele afirmava que o assassinato em massa dos judeus pelos nazistas era uma mentira para obter subvenções.
Robert Faurisson (Shepperton, Reino Unido, 25 de janeiro de 1929 – Vichy, França, 21 de outubro de 2018), foi um ex-professor negacionista francês de literatura na Universidade de Lyon e um negador do Holocausto.
O ex-professor de Literatura da Universidade de Lyon, o francês Robert Faurisson, conhecido por negar a existência do genocídio dos judeus na Segunda Guerra, foi condenado pela justiça diversas vezes, entre 1981 e 2007, por negar o Holocausto.
Faurisson afirmava que os fornos crematórios dos campos de concentração de Auschwitz e Birkenau, na Polônia, eram “a maior mentira do século XX.
Ele afirmava que o assassinato em massa dos judeus pelos nazistas era uma mentira para obter subvenções e que os deportados morreram por causa da desnutrição e das doenças.
O ex-professor também questionava a veracidade do diário de Anne Frank, adolescente judia, que viveu por dois anos em um esconderijo em Amsterdã, na Holanda, para tentar escapar dos nazistas que ocuparam o seu país na 2ª Guerra Mundial.
Anne morreu de tifo no campo de concentração nazista de Bergen-Belsen, em março de 1945 – mesmo ano em que a guerra terminou. Seu pai, o único membro da família a sobreviver, publicou o diário da filha em 1947.
O historiador francês Robert Faurisson, que negava o holocausto, afirmava que as câmaras de gás serviam, na realidade, para erradicar os piolhos em tempos de guerra.
Nascido em 25 de janeiro de 1929 na cidade britânica de Shepperton, de mãe escocesa e pai francês, o historiador defendeu esses argumentos durante boa parte de sua carreira, que começou como professor de ensino médio, antes de lecionar no início da década de 1970 na universidade, primeiro em Paris e depois em Lyon, de onde foi demitido em 1978 após publicar um artigo intitulado “O problema das câmaras de gás ou o rumor de Auschwitz”.
Para ele, o holocausto não era mais do que uma mentira que tinha como objetivo a obtenção de indenizações de guerra e que os deportados morreram por doença ou desnutrição, ao mesmo tempo em que negava a veracidade do diário de Anne Frank.
Relegado ao ensino à distância, Faurisson continuou defendendo sua tese, o que o transformou no primeiro condenado pela lei francesa de 1990 que proíbe a negação do holocausto.
Esta foi só a primeira de uma lista de condenações. Na próxima quinta-feira, o historiador tinha uma audiência marcada para responder à acusação de negação de crimes contra a humanidade por textos publicados em seu site em 2013 e 2014.
Tido como um pária pela comunidade científica francesa, ele foi tratado como um herói no Irã e condecorado pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad em 2012 por sua “coragem, resistência e combatividade”.
Desde a morte do filósofo e escritor francês Roger Garaudy em 2012, Faurisson permanecia como a grande referência do negacionismo.
Robert Faurisson morreu em 21 de outubro de 2018, aos 89 anos em Vichy, cidade no sul da França que foi a capital do regime colaboracionista durante a invasão alemã.
A ministra de Assuntos Europeus da França, Nathalie Loiseau, afirmou através do Twitter que, com o falecimento de Faurisson, é hora de “enterrar de uma vez por todas o negacionismo odioso, sem flores nem coroas”.
(Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo – MUNDO / Por O Globo e AFP – 22/10/2018)
(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/10/22 – MUNDO / NOTÍCIA / Por France Presse – 22/10/2018)
(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/efe/2018/10/22 – CIÊNCIA / ÚLTIMAS NOTÍCIAS / Paris (EFE).- 22 out 2018)
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