Ricardo Brennand, criou grandes indústrias: de aço, cimento, vidro e açúcar, foi um colecionador obstinado, fundou no Recife um dos museus mais conceituados do Brasil

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Empresário, engenheiro, incentivador das artes e colecionador pernambucano

 

A partir de um sonho de infância, fundou no Recife um dos museus mais conceituados do Brasil. O empresário deixa um legado de preservação e apreciação da arte

 

Brennand é o fundador do Instituto Ricardo Brennand (IRB), museu no Recife que abriga a maior coleção mundial do pintor holandês Frans Post.

 

 

Ricardo Coimbra de Almeida Brennand (Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, 27 de maio de 1927 – Recife, 25 de abril de 2020), empresário e engenheiro pernambucano.

 

Brennand se dedicou aos negócios da família, que incluí a marca Nacional de cimentos e investimentos nas áreas de energia eólica e hidráulica. Ficou bastante conhecido por ter fundado o Instituto Ricardo Brennand (IRB), uma sociedade sem fins lucrativos e presidida pelo empresário desde 2002. O espaço agrega a maior coleção mundial do pintor holandês Frans Post, primeiro paisagista das Américas e primeiro pintor da paisagem brasileira.

 

O fundador do instituto homônimo, que detém a maior coleção privada de pinturas do holandês Frans Post, era Graduado em Engenharia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), um canivete dado pelo pai ainda durante a infância, estimulou seu apreço pela arte e deu início a uma paixão por colecionar objetos antigos. Por mais de meio século, reuniu os mais diversos exemplares de arma branca, que também passaram a integrar o acervo do instituto.

 

Inaugurado em setembro 2002, o Instituto Ricardo Brennand (IRB), localizado no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, é uma homenagem ao tio Ricardo, pai do ceramista Francisco Brennand, falecido em dezembro de 2019 após complicações de uma infecção respiratória. Divido pelo Museu Castelo São João (museu de armas brancas), Pinacoteca, Biblioteca, Auditório, Jardins das Esculturas e uma Galeria para exposições temporárias, o espaço reúne obras de arte decorativas de diferentes culturas do mundo e tornou-se um dos maiores pontos de visitação de turistas de Pernambuco.

 

Colecionador e incentivador das artes, Ricardo Brennand nasceu no município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, criou grandes indústrias: de aço, cimento, vidro e açúcar. Ele criou um instituto cultural reconhecido mundialmente nas terras do antigo Engenho São João, no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife.

Em uma área de 180 mil metros quadrados recortados por jardins, lagos, obras de arte e um castelo medieval, o complexo cultural reúne um acervo da história e da arte que fica de legado para as futuras gerações. A inauguração, ocorrida há 18 anos, contou com a presença do príncipe herdeiro da Dinamarca, Frederick Terceiro.

 

 

Instituto Ricardo Brennand fica no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife — (Foto: Paloma Amorim/Divulgação)

 

 

O castelo também recebeu a visita da Rainha Beatrix, da Holanda, acompanhada do filho William Alexander e da noiva Máxima, que se tornariam rei e rainha dos Países Baixos. Na ocasião, foi inaugurada a maior coleção particular de quadros de Frans Post no mundo, composta de 15 pinturas. O pintor, da comitiva de Maurício de Nassau, transferiu para as telas as primeiras paisagens do Brasil do Século XVII. O instituto reúne o maior acervo do período da ocupação holandesa no país.

Ricardo Brennand também era conhecido por ser um colecionador obstinado. O castelo foi construído pra abrigar a coleção de mais de 5 mil armas brancas de todos os continentes. Entre elas, estão espadas, armaduras, miniaturas, canhões, chaves, relógios e armas modernas automáticas. Para a esposa, ele construiu a Igreja de Nossa Senhora das Graças em estilo gótico.

 

Ricardo Brennand construiu a Igreja de Nossa Senhora das Graças em estilo gótico para a esposa — (Foto: IRB/Divulgação)

 

Como herança, além de um extenso acervo que retrata parte da história Brasil, Ricardo deixa um legado de paixão pela cultura, preservação da memória e um exemplo de investimento na arte.

 

Ricardo Brennand faleceu aos 92 anos em 25 de abril de 2020 no Recife. Ele testou positivo para a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Real Hospital Português, no Paissandu, na área central da cidade, do domingo (19).

(Fonte: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2020/04/25 – PERNAMBUCO / NOTÍCIA / Por G1 PE – 25/04/2020)

(Fonte: https://m.leiaja.com/noticias/2020/04/25 – LEIA JÁ / NOTÍCIAS / POR VICTOR GOUVEIA – 25/04/2020)

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